Vós, Senhor, me perscruta e me conheceis,
Sabeis quando em sento e quando me levanto.
De longe penetrais os meus pensamentos;
Quando ando e quando me deito, Vós o vedes,
E todos os meus caminhos Vos são familiares.
Ainda que não chegou a língua uma palavra,
E já, Senhor, a conheceis toda.
Por trás e pela frente, Vós me envolveis,
E sobre mim colocais a vossa mão.
Ciência maravilhosa, não me é acessível;
Muito elevada: não chego a alcançá-la.
Para onde irei, longe de vosso espírito?
Para onde fugirei, fora de vossa face?
Se subo aos céus, ali estais;
Se me vou deitar no scheol, lá Vos encontro;
Se tomo as asas da aurora,
Se me fixo nos confins dos mares,
Ainda lá me conduzirá vossa mão,
E me colherá vossa destra.
Se eu disser: “Ao menos as trevas hão de envolver.”
As próprias trevas pra Vós não são escuras,
E a noite brilha como o dia,
E a escuridão, como a claridade.
Vós formastes os meus rins,
Vos me tecestes no seio da minha mãe.
Eu Vos louvo, porque tão maravilhosamente me plasmastes,
Porque tão admiráveis são as vossas obras!
Conheceis, à perfeição, a minha alma...
Viram os vossos olhos as minhas ações,
E no livro todas elas estão escritas;
Foram prefixados os meus dias,
Antes que um só deles existisse.
Com são difíceis de compreender, ó Deus, os Vossos desígnios.
Quão grande é o seu número!
Se chego ao fim, ainda estou Convosco.
Perscrutai-me, ó Deus e conhecei o meu coração;
Provai-me e conhecei os meus pensamentos,
Vede se ando por um caminho errado.
E conduzi-me pela vida eterna.
(Salmo, 138)
(Trad. Do Pe. Leonel Franca S.J.)
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