domingo, 28 de março de 2010

DOMINGO DE RAMOS



Hosana ao Filho de Davi

Com o Domingo de Ramos, iniciamos a Semana Santa.
A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém marca o fim daquilo que Jerusalém representava para o Antigo Testamento e assinala o início da nova Jerusalém, a Igreja .

Na Igreja primitiva a celebração desse domingo focalizava aspectos diferentes:
- Em Roma, o tema central era a Paixão do Senhor.
- Em Jerusalém, era a Entrada triunfal de Jesus, destacando a Procissão dos ramos.
A celebração de hoje integra as duas tradições.
- Por isso, começa com o rito da bênção dos ramos, a leitura da entrada de Jesus em Jerusalém e a procissão.
- Termina com a Eucaristia, com a proclamação da Paixão.

+ Na 1ª PARTE, nos unimos ao Povo de Jerusalém,
que aclama alegre e feliz: "Hosana ao Filho de Davi".
- O Povo estende seus mantos a Jesus que passa, montado num burrinho,
e com entusiasmo o saúda com ramos nas mãos.
- Os fariseus reclamam dessa agitação exagerada".
- E Jesus responde:
"Se eles se calarem, as pedras gritarão..."
* É a entrada do "Príncipe da Paz", que esconde os trágicos acontecimentos da Paixão.

+ A 2ª PARTE nos introduz na SEMANA SANTA.
+ A 1ª Leitura apresenta a Missão do "Servo Sofredor",
que testemunhou no meio dos povos a Palavra da Salvação.
Apesar do sofrimento e da perseguição, o Profeta confiou em Deus e realizou o Plano de Deus.(Is 50,4-7)
* Os primeiros cristãos viram nesse "Servo" a figura de Jesus.
O Salmo é mencionado por Cristo na Cruz:
"Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?"
A 2ª Leitura é um HINO, que apresenta o "despojamento" de Jesus.

Humilhou-se até a morte de cruz como o Servo de Javé, mas foi glorificado como Filho de Deus na Ressurreição. (Fl 2,6-11)
O Evangelho convida-nos a contemplar a PAIXÃO e Morte de Jesus,

segundo Lucas. (Lc 22, 1-49)
+ O Sentido da Paixão e Morte de Jesus:
A morte de Jesus deve ser entendida no contexto daquilo que foi a sua vida.
Desde cedo, Jesus percebeu que o Pai o chamava a uma missão:
Anunciar a Boa Nova aos pobres e pôr em liberdade os oprimidos.
Para isso, Jesus passou pelos caminhos da Palestina,
"fazendo o bem" e anunciando um mundo novo de vida, de liberdade, de paz e de amor.
- Ensinou que Deus era amor e não excluía ninguém;
ensinou que os marginalizados eram os preferidos de Deus.
- Avisou os "ricos" e os poderosos, de que o egoísmo e o orgulho, só podiam conduzir à morte.
- O projeto libertador de Jesus entrou em choque
com os que não estavam dispostos a renunciar poder, influência, privilégios.
Por isso condenaram Jesus, pregando-o numa cruz.
A morte de Jesus é a conseqüência do anúncio do Reino
que provocou tensões e resistências.

DETALHES EXCLUSIVOS
DE LUCAS:
- Só Lucas põe Jesus dizendo:
"fazei isto em memória de mim".
Não é apenas repetir as palavras de Jesus sobre o Pão e o Vinho, mas a entrega de Jesus, a doação da vida por Amor.
- Apresenta a discussão sobre quem era o "maior".
Jesus avisa que o "maior" é aquele que serve.
Apresenta seu exemplo e convoca os discípulos a fazerem o mesmo.
. Cura do guarda ferido por Pedro...
. As Palavras na Cruz:
"Pai, perdoa-lhes, não sabem o que fazem".
. Ao Bom Ladrão:
"Ainda hoje estarás comigo no paraíso".
. Preocupa-se com as mulheres que choram sua morte.
- Simão de Cirene carrega a cruz "atrás de Jesus".
Modelo do Discípulo, que toma a cruz de Jesus
e o segue no seu caminho...
- No Jardim das Oliveiras, acentua a fragilidade humana de Jesus.
Fala do anjo, do suor de sangue e da submissão total ao projeto do Pai.
- Aparece a Bondade e a Misericórdia de Deus em gestos concretos:

+ Celebrar a Paixão e Morte de Jesus
é contemplar um Deus que o amor tornou frágil...
Por amor, ele veio ao nosso encontro, assumiu os nossos limites,
experimentou a fome, o sono, o cansaço, conheceu as tentações, sentiu a morte, suou sangue antes de aceitar a vontade do Pai;
e, estendido no chão, traído, abandonado, continuou a amar.

+ Contemplar a Cruz onde se manifesta o amor de Jesus:
- Significa assumir a mesma atitude de amor, de entrega e
solidarizar-se com os que continuam sendo crucificados...
- Significa denunciar tudo o que gera ódio, divisão, medo...
- Significa evitar que os homens continuem a crucificar...
- Significa aprender com Jesus a entregar a vida por amor...

+ Somos convidados a começar a Semana Santa, com ardor...
Que o grito de alegria de hoje, não se converta em "crucifica-o".
Que os ramos, que são brotos novos de propósitos santos,
não murchem nas mãos e se convertam em ramos secos.
Caminhemos até a Páscoa com amor.

+ Levamos hoje para casa RAMOS BENTOS...
Não devem ser vistos como algo folclórico, como amuletos da sorte ou de proteção contra os perigos, mas algo sagrado, como um SINAL visível
do compromisso de seguir Jesus no caminho ao Pai.

A presença dos ramos em nossos lares deve ser uma lembrança de que hoje aclamamos a Jesus, como nosso Rei, e que desejamos aclamá-lo durante toda a nossa vida, como nosso Salvador.


Padre Antônio Geraldo Dalla Costa CS

sábado, 27 de março de 2010

ADORAÇÃO E VIA-SACRA DO SETOR LAGOS


Sabemos que a Quaresma é um período de renovação espiritual e de vida cristã mais intensa. É tempo de oração e de uma intensa reflexão que nos leve à conversão e à caridade fraterna, reinício de uma vida nova em Cristo ressuscitado.
É recomendável neste período, uma maior freqüência à leitura espiritual diária, particularmente do Evangelho, e à vivência da Via-Sacra, percorrendo as quatorze estações, meditando a Paixão do Senhor em união com Ele no mistério da Redenção da Humanidade.
Foi com esses objetivos que nós, equipistas do Setor Lagos e membros da comunidade paroquial de N.S. da Assunção, participamos nesta quinta-feira, dia 25 de março, no Convento de N.S dos Anjos, da Adoração ao Santíssimo Sacramento, e logo após da Via-Sacra no Morro da Guia, subindo em direção à Capela dedicada à “N.S.da Guia”, numa autêntica renovação espiritual, meditando as dores do Senhor, e refletindo em cada estação sobre o tema da Campanha da Fraternidade deste ano.
Vivemos neste dia uma oportunidade única para nos aproximarmos mais de Deus, nosso Pai e de nossos irmãos equipistas do Setor Lagos.
Reizinho (da Tereza), Equipe 01-N.S.da Assunção


Veja ao lado as fotos do evento.
(Clique em cima das fotos para visualizar)

quarta-feira, 24 de março de 2010

"REFLEXÃO"



“ENCHEI AS TALHAS DE ÁGUA”

Era uma festa de casamento em Caná da Galiléia.
No meio da festa faltou o vinho e Maria se apercebeu logo. Era preciso fazer alguma coisa para evitar o vexame. Tenta encontrar uma solução e percebe que, por si própria, nada pode fazer. Mas logo se dá conta e deve ter pensado consigo mesma: se meu Filho está presente nada pode faltar.
E sem maior cerimônia, convoca os serventes e lhes adverte: “Fazei tudo o que Ele vos disser”.
Expectativa, curiosidade, sabe lá o que pode ter passado na cabeça daquela gente!
Mas a ordem que veio, esta ninguém podia imaginar: “Enchei as talhas de água”.
Ponham a água! Nada mais.
Foi na simplicidade, até na insignificância de entrar com a água, que a participação humana tornou possível a um Deus mostrar a sua glória, realizar o seu sinal.
Era justamente o que era possível ao homem fazer! O resto estava nas mãos de Deus.
Jesus somente pede o possível, aquilo que está ao nosso alcance. Não se importa que a água seja de boa qualidade, ou que se macule ao misturar-se à sujeira do recipiente. Ele apenas quer contar com a participação do homem para realizar o milagre da transformação no melhor vinho, o mais saboroso, o que deveria ser servido em primeiro lugar.
Jesus quer a ação do homem para ali derramar a sua graça, o seu poder.
Será hoje possível realizar a mesma missão: “enchei as talhas de água”?
“Enchei”. É o verbo no imperativo do tempo presente que soa como algo inadiável, que não coloca subordinações, que não exige pressupostos, que não prevê condições, que não exige títulos, que não fala em aptidões, que não exige posses.
Basta encher. Encher, quem sabe, com aquele nosso tempo que nunca sobra, com aquela nossa generosidade capenga, com aquela atenção míope que não percebe nada, com a água do nosso medo, da nossa imperfeição, do nosso despreparo, para que toda esta matéria, qual novo ofertório, seja santificada no cálice da consagração, onde Deus intervém com seu poder e graça.
“Mostra-me a fé sem obras e Eu te mostrarei por obras a minha fé”.
“Encha-me de água as talhas vazias do meu povo e Eu te mostrarei no vinho novo a força do meu amor”.

(Texto extraído da Carta Mensal de Dezembro de 1994)




segunda-feira, 22 de março de 2010

sexta-feira, 19 de março de 2010

SÃO JOSÉ


Dia 19/03/2010

SÃO JOSÉ
ESPOSO DE MARIA E PADROEIRO DA IGREJA
(branco, glória, creio, prefácio próprio - ofício da solenidade)

Evangelho do Dia
Ano C - Dia: 19/03/2010

O justo José
Mt 1,16.18-21.24

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus
- 16Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo. 18Eis como nasceu Jesus Cristo: Maria, sua mãe, estava desposada com José. Antes de coabitarem, aconteceu que ela concebeu por virtude do Espírito Santo. 19José, seu esposo, que era homem de bem, não querendo difamá-la, resolveu rejeitá-la secretamente. 20Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo. 21Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados. 24Despertando, José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado e recebeu em sua casa sua esposa. - Palavra da salvação.

Oração

Senhor, alegro-me com José, que se alegrou tanto ao receber essa resposta que de novo pôs ordem em sua vida. Olhando para o esposo de Maria, tenho um bom modelo para nós. Era homem justo, que vivia na mais total fidelidade a vós e aos irmãos; era realista e sabia que tudo está em vossas mãos; era paciente, era... tudo que eu deveria ser para corresponder a vossa graça.
São José: rogai por nós!
Amém.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Em nome do Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.


São José

São raros os dados sobre as origens, a infância e a juventude de José, o humilde carpinteiro de Nazaré, pai terrestre e adotivo de Jesus Cristo, e esposo da Virgem de todas as virgens, Maria. Sabemos apenas que era descendente da casa de David. Mas, a parte de sua vida da qual temos todo o conhecimento basta para que sua canonização seja justificada. José é, praticamente, o último elo de ligação entre o Velho e o Novo Testamento, o derradeiro patriarca que recebeu a comunicação de Deus vivo, através do caminho simples dos sonhos. Sobretudo escutou a palavra de Deus vivo. Escutando no silêncio.
Nas Sagradas Escrituras não há uma palavra sequer pronunciada por José. Mas, sua missão na História da Salvação Humana é das mais importantes: dar um nome a Jesus e fazê-lo descendente de David, necessário para que as profecias se cumprissem. Por isso, na Igreja, José recebeu o título de "homem justo". A palavra "justo" recorda a sua retidão moral, a sua sincera adesão ao exercício da lei e a sua atitude de abertura total à vontade do Pai celestial. Também nos momentos difíceis e às vezes dramáticos, o humilde carpinteiro de Nazaré nunca arrogou para si mesmo o direito de pôr em discussão o projeto de Deus. Esperou a chamada do Senhor e em silêncio respeitou o mistério, deixando-se orientar pelo Altíssimo.




Quando recebeu a tarefa, cumpriu-a com dócil responsabilidade: escutou solícito o anjo, quando se tratou de tomar como esposa a Virgem de Nazaré, na fuga para o Egito e no regresso para Israel (Mt 1 e 2, 18-25 e 13-23). Com poucos mas significativos traços, os evangelistas o descreveram como cuidadoso guardião de Jesus, esposo atento e fiel, que exerceu a autoridade familiar numa constante atitude de serviço. As Sagradas Escrituras nada mais nos dizem sobre ele, mas neste silêncio está encerrado o próprio estilo da sua missão: uma existência vivida no anonimato de todos os dias, mas com uma fé segura na Providência.

Somente uma fé profunda poderia fazer com que alguém se mostrasse tão disponível à vontade de Deus. José amou, acreditou, confiou em Deus e no Messias, com toda sua esperança. Apesar da grande importância de José na vida de Jesus Cristo não há referências da data de sua morte. Os teólogos acreditam que José tenha morrido três anos antes da crucificação de Jesus, ou seja quanto Ele tinha trinta anos.

Por isso, hoje é dia de festa para a Fé. O culto a São José começou no Egito, passando mais tarde para o Ocidente, onde hoje alcança grande popularidade. Em 1870, o Papa Pio IX o proclamou São José, padroeiro universal da Igreja e, a partir de então, passou a ser venerado no dia 19 de março. Porém, em 1955, o Papa Pio XII fixou também, o dia primeiro de maio para celebrar São José, o trabalhador. Enquanto, o Papa João XXIII, inseriu o nome de São José no Cânone romano, durante o seu pontificado.


São José é um grande intercessor que temos diante de Jesus. Nunca tarda em nos ajudar a conseguir alguma graça que desejemos, desde que a peçamos com fé.
Tudo o que sabemos de São José é o que nos conta a Sagrada Escritura: que era um homem justo, temente a Deus e aceitou dar sua vida para criar e educar um filho que não era seu (afinal Jesus era filho de Deus). A Escritura Sagrada diz que era carpinteiro (Mt 13,55) e pobre, tanto que quando foi levar Jesus ao Templo para ser circuncidado e Maria purificada, ofereceu como sacrifício um par de rolas, permitido apenas àqueles que não tinham condições de comprar um cordeiro (Lc 2,24). Embora sendo pobre, José era de linhagem real, da descendência do rei Davi (Mt 1,1-16 e Lc 3,23-28). Era um homem bom, compassivo e carinhoso, características de um justo. Quando soube da gravidez de Maria, não sendo seu o filho que ela esperava, planejou deixá-la silenciosamente para não a expor à vergonha e crueldade, porque naquela época, as mulheres acusadas de adultério eram apedrejadas até à morte (Mt 19,20). José foi também um homem de fé e obediente. Quando o anjo do Senhor em sonho lhe revelou o mistério sobre a criança que Maria trazia no ventre, imediatamente e sem questionar ou preocupar-se com fofocas, a tomou como esposa.
Quando o anjo lhe apareceu novamente para avisá-lo do perigo que a sua família corria, imediatamente deixou tudo o que possuía, bem como os parentes e amigos e partiu para um país estranho e lá permaneceu, aguardando pacientemente até que o anjo do Senhor, no devido tempo, o instruiu para retornar (Mt 2,13-23). Quando Jesus ficou no templo, perdido dele e da mãe, José, junto com Maria, procurou-o com grande ansiedade até encontrá-lo ao fim de três dias (Lc 2,48).Tratava Jesus como seu próprio filho, a tal ponto que os habitantes de Nazaré repetiam constantemente em relação a Jesus “Não é ele o filho de José?” (Lc 4,22). José teve uma morte linda, como muitos gostariam de ter, ao lado de Jesus e de Maria.
São José é invocado em casos de doença, junto a agonizantes, em casos de dificuldades financeiras e pelas famílias. Na ladainha em sua honra é invocado como terror dos demônios. Mas não são só esses os casos em que é invocado. A sua intercessão é para qualquer situação como diz Santa Tereza D’ Ávila (Vida, cap. 6n.6-8): “Tomei por advogado e senhor ao glorioso São José e encomendei-me muito a ele… Causa espanto as grandes mercês que Deus me fez por meio desse bem aventurado Santo, dos perigos que me livrou tanto do corpo como da alma. A outros santos parece que o Senhor lhes deu graças para socorrer em determinada necessidade. Mas deste glorioso santo tenho experiência que socorre em todas… Só peço, por amor de Deus, que o prove quem em mim não acreditar e verá por experiência o grande bem que é encomendar-se a este glorioso patriarca e lhe ter devoção”.
(copiado do site:
http://www.gloriososaojose.org.br)

Recebido de Alexandre Panerai

terça-feira, 16 de março de 2010

"DIÁCONO PERMANENTE CARLOS ALBERTO" Acompanhador Espiritual da Equipe 01


A transferência, há alguns meses atrás, do Padre José Júlio para a Paróquia de Nossa Senhora do Amparo, em Maricá, cidade distante de Cabo Frio, impossibilitou a sua participação como SCE da nossa Equipe e do nosso Setor Lagos.
Apesar de sentirmos bastante a sua falta, conseguimos, com grande esforço e fé na oração, caminhar e crescer como comunidade de casais que buscam a santificação e que dão testemunho do sacramento do matrimônio.
Após termos contactado vários sacerdotes, que por uma série de razões compreensíveis, recusavam nosso convite, fomos presenteados com o sim do Diácono Permanente Carlos Alberto, do Setor São Gonçalo, que tinha sido nosso Piloto, junto com sua esposa Sueli.
Foi grande a nossa alegria em contar, já nesta reunião de março, com a presença do nosso Acompanhador Espiritual.
Rogamos ao Nosso Senhor Jesus Cristo, por intercessão de N.S.da Assunção e do Pe. Caffarel, as bênçãos sobre o nosso querido Acompanhador Espiritual, Diácono Carlos Alberto, e toda a sua família, de modo especial, à sua esposa Sueli.
Contem com as nossas orações e nosso eterno carinho e gratidão.
Equipe 01-N.S.da Assunção.

“Aos Sacerdotes Conselheiros Espirituais das Equipes, rogo eu, padre como eles, testemunha dos sofrimentos de Cristo, e participante da glória que se há de manifestar ( 1Ped 5,1): não hesiteis em dar o melhor da vossa competência, das vossas forças e do vosso zelo pastoral a este privilegiado campo apostólico. Nele encontrais uma porção da Igreja de que sois pastores. Não cedais à tentação de crer que o vosso trabalho pastoral se limita a um pequeno grupo de cristãos. A vossa ação multiplicar-se-á pela irradiação de tantos lares. Vós os ajudais a aprofundar a sua vida cristã: que a vossa se aprofunde em igual medida.”
(Papa Paulo VI, sobre os SCE das ENS)

segunda-feira, 15 de março de 2010

REGRA DE VIDA



CONFISSÃO E REGRA DE VIDA
Os períodos litúrgicos da Quaresma e do Advento são fortes de oração, penitência, caridade, jejum, dar e pedir perdão e conversão para os cristãos, além de ser uma preparação para a Páscoa e o Natal. Isso os leva a realizarem um apurado exame de consciência para adequar o seu cotidiano e a sua maneira de viver com o que Jesus Cristo deseja.



Nas Equipes de Nossa Senhora, a pedagogia criada, didaticamente pelo Padre Caffarel para nos ajudar no caminhar rumo à santidade conjugal, tem um PCE especifico para esses dois períodos: a Regra de Vida. É um PCE que nos leva sempre a nos questionar como está a nossa vida, nossos atos, nossa fala, nossos pensamentos, nossas omissões, nosso trabalho pastoral, nosso engajamento por inteiro no Movimento das ENS, nossa coerência entre fé e vida, nossa caridade desinteressada efetiva e nossa correção fraterna. Todo equipista tem que ser um cristão católico mais atuante e profundo conhecedor da doutrina de Jesus. Não é melhor do quer ninguém, mas é diferente.

O sacramento da Penitência ou a Confissão foi instituído, como os outros seis, por Jesus Cristo para perdoar os pecados cometidos depois do sacramento do Batismo. Este poder foi dado por Jesus somente aos apóstolos e seus sucessores, nossos sacerdotes, que recebem para isso o sacramento da Ordem no segundo grau, o presbiterado.

Com o pecado o homem perde a amizade de Deus e Dele se afasta. Mas pela confissão ele pode recuperar esta amizade, desde que ela seja feita em contrição humilde e arrependimento sincero. Para isso a Santa Igreja determinou sabiamente a fórmula, mediante a qual nós podemos voltar agora satisfeitos e justificados ao convívio de Deus.

Esta fórmula da Igreja exige seis requisitos: exame de consciência, principalmente analisando os dez mandamentos da Lei de Deus e os cinco da Lei da Igreja; arrependimento sincero; firme promessa de emendar-se e viver a vida como Jesus deseja que a viva; contar, humilde e sinceramente ao padre todos os pecados sem exceção, principalmente os pecados capitais; rezar com muita devoção o ato de contrição; e cumprir fielmente a penitência imposta pelo confessor, que lhe ajudará a orar, ler e meditar a Bíblia com mais freqüência, ter sempre uma regra de vida, e, para os casados, uma oração conjugal e um dever de sentar-se (ou o prazer em compartilhar) com mais qualidade.

A falta de um desses seis requisitos invalida este sacramento! E se acontece isso nós perdemos o direito de ter de volta a graça santificante que recebemos no Batismo e perdemos por um pecado mortal, que nos faz filhos de Deus e termos sempre graças divinas todos os dias.
Enviado por Stella e Paulo (Equipistas de Niterói, Região Rio IV)

CURIOSIDADE


Igreja cria curso na Itália para sogra não interferir em vida de casal

Com a finalidade de prevenir crises conjugais, uma arquidiocese italiana decidiu abrir um curso na cidade de Udine, no norte da Itália, para ensinar sogros e sogras a não interferir na vida de casal de seus filhos.
O curso - chamado "Famílias em diálogo, como ser pais eficientes com filhos que vivem a experiência de casal" - é organizado pela arquidiocese da região de Friuli e financiado pela prefeitura de Udine.
Serão três aulas, uma vez por semana, a começar nesta sexta-feira. O curso é gratuito, e sogros e sogras podem participar individualmente ou em casal.
Durante os encontros, psicólogos vão ensinar os sogros a não se intrometer demais na vida familiar de seus filhos e a auxiliar na criação dos netos, respeitando as escolhas dos pais.
De acordo com os organizadores do curso, as intromissões de sogros e sogras desencadeiam discussões entre pais e filhos e, sobretudo entre os sogros e os cônjuges de seus filhos, o que muitas vezes leva à dissolução de relações que pareciam sólidas.
A arquidiocese diz que o curso, que ainda será levado para outras cidades italianas, pretende ajudar os sogros a discutir seus problemas e a se colocar em seu devido lugar no âmbito familiar.
Causa de divórcio
Segundo pesquisas citadas pelos organizadores do curso, a intromissão dos pais na vida dos filhos casados é uma das principais causas de divórcio na Itália.
"Estudos evidenciam claramente que ao menos três em cada dez casamentos entram em crise por causa dos sogros. Em algumas regiões, essa proporção chega a 50%", diz o padre Giuseppe Faccin, responsável pela pastoral da família da arquidiocese de Udine.
Os dados divulgados pelo sacerdote são confirmados pela associação italiana dos advogados especializados em divórcios. A intromissão de sogros seria tão grave quanto a infidelidade conjugal, segundo a entidade.
O organismo calcula que cerca de 30% das separações judiciais ocorrem por causa dos sogros. As relações mais problemáticas seriam com as mães dos maridos, que muitas vezes entram em competição com as noras.
"Educar um sogro, ou mais frequentemente uma sogra, significa antes de mais nada recuperar a relação dele com seu próprio cônjuge", afirmou Faccin ao jornal Messaggero Veneto, de Udine.
Na avaliação do padre, com o casamento dos filhos, os pais precisam encontrar seu próprio equilíbrio como casal.
Segundo Faccin, após muitos anos dedicando-se à prole, a relação do casal enfraquece e os pais acabam se debruçando novamente sobre os filhos, mesmo quando eles já se casaram e geraram suas próprias crianças.
"(Os sogros) Deveriam aprender a ser avós e a deixar de se intrometer nas escolhas educativas dos filhos", afirma o sacerdote.


RECEBIDO DE DOM BENTO ALBERTIN, OSB

Obs. Não há regra sem exceção.

quarta-feira, 10 de março de 2010

"TRANSFIGURAÇÃO"


A Quaresma é oportunidade especial de celebração,
tempo em que nos preparamos para a Páscoa.
O período celebrativo quaresmal nos convida
à penitência e à meditação, por meio
da prática do jejum (penitência),
da esmola (caridade) e da oração (intimidade com Deus).
Revista de Aparecida – Fevereiro/2010




”Com os olhos purificados, suba ao Monte da Transfiguração”
Jesus subiu ao monte para rezar. Apenas no ambiente de oração Ele se sentiu “à vontade” para mostrar o que tinha de melhor! Chama à atenção no Evangelho de São Lucas as contínuas referências à oração do Senhor. De fato, a oração é linguagem coloquial na Santíssima Trindade, é amor eterno entre o Pai, e o Filho e o Espírito Santo. Quem reza o faz porque procura a Deus, precisa da água da graça, do dom do Espírito, e sabe que não pode viver sem Deus. Por isso supera a autossuficiência e a soberba. Quem se dedica à oração encontra forças para o seu caminho, pois experimenta a graça de Deus que lhe é oferecida.
Para nós, cristãos, a oração não é um exercício mental, nem uma meditação alcançada por meio de posições externas ou altíssima concentração, e sim uma experiência de comunhão com Deus. E Deus não é uma ideia, mas alguém! Lá no fundo de nosso coração, o Pai continua a dizer “Este é meu Filho, o Eleito. Escutai-o!”
Quem reza limpa os olhos e vê o bem. Quem reza abre o coração para a verdade do Mistério Pascal de Cristo e, por isso, nunca para nas tristezas ou falhas, mas sempre segue em frente. Quem reza sabe ouvir Jesus, que não permite ficar sempre no alto do monte, mas lança seus discípulos à missão, enviando-os para levarem a Boa-Nova do Evangelho até os confins da terra. Quem reza dá testemunho, com a própria vida, do Cristo morto e ressuscitado, que se mostrou em sua glória na Transfiguração. Quem reza conhece o segredo de que o mistério da dor traz consigo a revelação da alegria completa.
Propósito de vida: Lavar os olhos na água da graça, colírio que vem de Deus, para ver e valorizar o bem que existe nas pessoas. Se você enxergar também os erros, não se omita e procure ajudar quem errou (correção fraterna).

(do livro “Tenho sede” – Retiro Popular 2010 – D. Alberto Taveira Corrêa)

segunda-feira, 8 de março de 2010

"O FERREIRO"


Era uma vez um ferreiro que, após uma juventude cheia de excessos, resolveu entregar sua alma a Deus. Durante muitos anos trabalhou com afinco, praticou a caridade, mas, apesar de toda a sua dedicação, nada parecia dar certo na sua vida. Muito pelo contrário: seus problemas e dívidas acumulavam-se cada vez mais.
Uma bela tarde, um amigo que o visitara e que se compadecia de sua situação difícil, comentou: _É realmente estranho que, justamente depois que você resolveu se tornar um homem temente a Deus, sua vida começou a piorar. Eu não desejo enfraquecer a sua fé, mas apesar de toda sua crença no mundo espiritual, nada tem melhorado.
O ferreiro não respondeu imediatamente. Ele já havia pensado nisso muitas vezes, sem entender o que acontecia em sua vida. Entretanto, como não queria deixar o amigo sem resposta, começou a falar e terminou encontrando a explicação que procurava. Eis o que o ferreiro disse:
_Eu recebo nesta oficina o aço ainda não trabalhado e preciso transformá-lo em espada. Você sabe como isso é feito? Primeiro eu aqueço a chapa de aço num calor infernal, até que fique vermelha. Em seguida, sem qualquer piedade, eu pego o martelo mais pesado e aplico golpes até que a peça adquira a forma desejada. Logo ela é mergulhada num balde de água fria e a oficina inteira se enche com o barulho do vapor, enquanto a peça estala e grita por causa da súbita mudança de temperatura. Tenho que repetir esse processo até conseguir a espada perfeita: uma vez apenas não é suficiente.
O ferreiro deu uma longa pausa e continuou:
_Às vezes o aço que chega até minhas mãos não consegue aguentar esse tratamento. O calor, as marteladas e a água fria terminam por enchê-lo de rachaduras. E sei que jamais se transformará numa boa lâmina de espada. Então, eu, simplesmente, o coloco num monte de ferros velhos que você viu na entrada da minha ferraria.
Mais uma pausa e o ferreiro concluiu:
_Sei que Deus está me colocando no fogo das aflições. Tenho aceitado as marteladas que a vida me dá, e, às vezes, sinto-me tão frio e insensível como a água que faz sofrer o aço. Mas a única coisa que peço a Deus é: “Meu Deus, não desista até que eu consiga tomar a forma que o Senhor espera de mim. Tente da maneira que achar melhor, pelo tempo que quiser, mas jamais me coloque no monte de ferro velho das almas.”

(Texto extraído da Carta Mensal de Setembro de 2000)