quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Celebração de Natal - 2013

Janio e Jane -Casal Anfitrião

Com grande alegria, nos reunimos na residência de Jane e Janio, para juntos com nossos filhos, genros e noras, e também nosso Sacerdote Conselheiro Espiritual e do Casal Ligação Vilma e Ivan e filho, celebrarmos o nascimento daquele que é a razão da nossa caminhada, Jesus Cristo.

Vejam ao lado, as fotos da nossa Celebração e confraternização (clique em cima da foto para visualizar o álbum).





segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

O VERDADEIRO SENTIDO DO NATAL


“Meus olhos viram a Tua Salvação – O verdadeiro sentido do Natal”

Dom Benedicto de Ulhôa Vieira

Aproxima-se a festa do Natal. Para os que têm fé, Natal é a chegada feliz de Deus que vem a nosso encontro para nos fazer irmãos e nos ensinar os caminhos do bem. Veio na frieza da noite para acender em nós o fogo do amor e nos fazer irmãos. Veio pobre para nos dar a riqueza de Deus. Os anjos iluminaram a noite e trouxeram a mensagem do céu: “Nasceu hoje para vós o Salvador” (Lc 2, 10). Isto era o Natal…
Infelizmente hoje o Natal é festa comercial: vende-se muito e desperta-se a necessidade de comprar. A festa atual é do comércio. Perdeu-se o clima da reunião da família, em que as crianças se alegravam com seus pequenos presentes: bolas, bonecas, carrinhos. Tudo simples e familiar, recordando a chegada de Deus-Menino nos braços de Maria.
Entre as cenas tão lindas da chegada de Jesus, de que São Lucas nos dá noticia, uma tem especial sentido para as pessoas idosas. A lei mosaica determinava que o primogênito recém-nascido fosse levado ao templo de Jerusalém para ser resgatado por um casal de pombos. José e Maria levaram o Menino ao templo, cumprindo o preceito da lei antiga.
Ali, no momento da oferta, estava providencialmente presente um ancião a quem Deus prometera que haveria de contemplar, na altura de seus vividos anos, o esperado Salvador da humanidade. Por isto tomou nos braços cansados o Menino de quarenta dias e louvou a Deus por terem seus olhos tido a alegria de contemplar o rosto dAquele que era esperado já há séculos.
Sob a brancura dos cabelos, olhos úmidos de alegria incontida, os braços se erguem com a Criança e dos lábios brota o hino de ação de graças: “Agora podes deixar partir este teu servo porque meus olhos já cansados puderam contemplar nesta Criança a salvação que vem de Deus”.
É assim que se espera o Natal e assim que se celebra esta festa. É no encontro com o Salvador que sentimos a felicidade de nossa vida. Natal é festa de amor para todos: para os velhos cansados da vida, há um reconforto de esperança; para os adultos, a certeza da presença de Deus que veio para ficar conosco; para os jovens, uma ocasião para escolher certo o rumo de seus passos; para os que ainda vão nascer a alegria de ter Deus bem perto de suas vidas inocentes.
Restabelecer pois a verdade do Natal. Na azáfama das compras, não perder o sentido real da festa da chegada de Deus entre nós. Moços e velhos, crianças e adultos, temos de preparar-nos para este encontro de salvação, de alegria e de graça com o Menino que nos foi dado na noite de Belém.


Fonte: Blog Doutrina Católica

sábado, 21 de dezembro de 2013

"FELIZ NATAL"




terça-feira, 17 de dezembro de 2013

RELACIONAMENTO CONJUGAL


O relacionamento conjugal entre homem e mulher é o mais estreito e, por isso mesmo, o mais difícil e desafiador. O roçar-se contínuo facilmente se transforma em atrito, que pode até esfolar. Se um não falar, o outro talvez nem desconfie que está ferindo e magoando. Reclamar faz parte da comunicação, da solução e da cura, é também forma de amor e de confiança. Principalmente se a reclamação tomar a forma de pedido e de oferta de ajuda.

O parceiro conjugal precida de elogios para saber que está sendo apreciado, e não apenas procedendo e fazendo objetivamente bem. Sua opinião é importante para ele. Fale, elogie, mostre apreço sincero. Mas também saiba censurar, dizer que ele não está certo, que você não gostou. Isso também é amor e partilha de vida.

A alegria, partilhada e explicitada em palavras no diálogo, torna-se mais intensa. Falar sobre as dores e dificuldades, chorar enganos e desenganos, feridas e derrotas é o melhor jeito para consolar e consolar-se.

O amor nada ensina, se não ensina a perdoar. O casal ainda não é casal, se não aprendeu a perdoar, sempre, tudo. E o perdão somente cura o devedor e tranquiliza quem perdoa quando falado e partilhado nas confidências do diálogo.

É. Parece que o diálogo não é nem obrigação nem remédio para o casal. O casamento é diálogo. Mas para que não se torne repetitivo, rotineiro, para que não se torne diálogo que, de tão informal, já nem prende a atenção, o casal precisa recorrer ao diálogo sistemático, programado. Não para substituir o diálogo espontâneo, mas para enriquecê-lo e fazer ainda mais espontâneo, enquanto mais nascido de amor maior.


(Pe. Cavalca - Casal em Diálogo)

sábado, 14 de dezembro de 2013

MISSA DE POSSE DOS CASAIS RESPONSÁVEIS DE EQUIPE-2014




Foi realizada, dia 13/2013, sexta-feira, às 20h, na Matriz Auxiliar de Nossa Senhora da Assunção, em Cabo Frio, a Missa de Posse dos novos Casais Responsáveis de Equipe-2014, do Setor Lagos, Região Rio IV, Província Leste.
A Celebração Eucarística foi presidida pelo Padre Ricardo Mota, Sacerdote Conselheiro Espiritual do Setor Lagos, contando também com a presença do Diácono Permanente Arildo Aguiar, membro de uma das Equipes do Setor, com sua esposa Marilene, e Acompanhador Espiritual Temporário no Setor Lagos.

Veja ao lado, as fotos da Missa de Posse (clique na foto para visualizar o álbum completo).


A fé que remove montanhas


Um menino viajava sozinho em um trem de carga. Quando o trem chegou a uma estação, o chefe desta perguntou-lhe intrigado:
- Menino, o que você faz neste trem? Você sabe para onde este trem vai?
O garoto, muito tranquilo, lhe respondeu:
- Não se preocupe, senhor, estou apenas andando de trem. Gosto muito de andar de trem.
O chefe da estação, mais intrigado ainda, ordenou-lhe que saísse do trem e disse que providenciaria para que ele voltasse para casa. Nisso o garoto lhe respondeu, sorrindo:
- Não se preocupe, senhor, meu pai é o maquinista deste trem… Para onde o trem for, ele vai junto comigo…
Essa história pode ser aplicada à nossa vida religiosa e à nossa fé em Deus. Vivemos dizendo ao Senhor, em nossas orações, que nós confiamos n’Ele, mas tantas vezes não agimos assim nas horas mais difíceis. Não aprendemos ainda a abandonar nossa vida nas mãos de Deus e a deixar que Ele a conduza conforme Sua vontade. Creio ser essa uma das mais profundas experiências religiosas que devemos viver. Como aquele garoto do trem precisamos viajar tranquilos no trem desta vida, certos de que o “maquinista” dela é o nosso Pai. Ele nos criou por amor e nos guia no Seu amor. Precisamos confiar nisso para ver a mão de Deus na nossa vida e sentir que a Sua face nos acompanha.
Há três versículos na Bíblia que repetem a mesma palavra de Deus: “O justo viverá pela fé” (Hb 2,4; Gl 3,11; Hb 10,38). E há um outro onde São Paulo nos ensinou que “sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11,6a). De fato, sem uma confiança profunda em Deus pela fé, é impossível fazermos a Sua vontade, pois essa se realiza em nossa vida na medida em que, pela fé, aceitamos os acontecimentos cotidianos.
Toda a Bíblia é um livro de fé que narra a aventura de muitos homens e mulheres que, agindo na fé, fizeram a vontade de Deus, vencendo obstáculos intransponíveis. Quando agimos na fé sentimos com clareza o que o anjo disse a Maria: “A Deus nenhuma coisa é impossível” (Lc 1,37).
Jesus repreendia severamente os Seus discípulos quando eles fraquejavam na fé, e chamava-os de “homens fracos na fé”. Depois da tempestade acalmada, disse-lhes: “Por que este medo gente de pouca fé?” (Mt 8,26a). A Pedro, que afundara nas águas do mar de Tiberíades, Ele disse “Homem de pouca fé, por que duvidaste?” (Mt 14,31b).
Deus não pode agir em nossa vida quando não demonstramos confiança Nele e no Seu amor. O livro dos Salmos está repleto dessa profunda manifestação de fé em Deus. O rei Davi, que vivia pela fé, cantava:
“O Senhor é meu pastor, nada me faltará
Ainda que eu atravesse o vale escuro,
Nada temerei, pois estais comigo” (Sl 22,1.4a).
“O Senhor é minha luz e minha salvação, a quem temerei?
O Senhor é o protetor de minha vida, de quem terei Medo?” (Sl 26,1)
Essa jubilosa esperança em Deus, que faz brotar dos lábios do homem de fé palavras de confiança no Criador, é a sua força e alegria, mesmo nos momentos mais difíceis da vida. Nós também precisamos fazer crescer nossa fé, repetindo e vivendo essa esperança em Deus todos os dias, até que nossa vida e nosso futuro estejam completamente em Suas mãos. Essa fé é o único remédio disponível para o homem cansado e estressado de nossos dias. Enquanto as âncoras não estiverem presas no absoluto de Deus, não estaremos firmes. Só Deus, no Seu poder, é capaz de nos dar a segurança que está além de tudo  e de todos. Então poderemos cantar como o salmista:
“Só em Deus repousa minha alma,
Só dele me vem a salvação.
Só ele é meu rochedo e minha salvação;
Minha fortaleza: jamais vacilarei.
Ó povo, confia nele uma vez por todas” (Sl 61,2-3.9).
Assim poderemos viver felizes nesta vida, e tranquilos, como aquele menino que seguia no trem cujo maquinista era seu pai.
Prof. Felipe Aquino

(Retirado do livro: “Em Busca da Perfeição”)

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

A Comunhão Espiritual


As pessoas que não podem Comungar sacramentalmente o Corpo de Cristo, seja por qual motivo for, podem, no entanto recebê-Lo na alma, espiritualmente, basta ter esse desejo. Os santos comungavam espiritualmente muitas vezes durante o dia. Para isso basta parar um instante, e desejar profundamente receber Jesus em sua alma; e ali ficar conversando com Ele um instante. Assim, se aprende a cultivar Jesus na alma.
Podemos também nos encontrar com Nosso Senhor fazendo uma comunhão espiritual, que poderá ter tanto ou até maior fruto que a mesma comunhão eucarística, dependendo do fervor com que a pessoa se empenhe nesse encontro com Jesus. Visitar ao Santíssimo no Sacrário, ou participar de uma adoração ao Santíssimo no Ostensório, são ótimas oportunidades para se Comungar espiritualmente.
Podemos receber a comunhão sacramental mais de uma vez ao dia, se a segunda vez a pessoa participa novamente da Missa como determina o Código de Direito Canônico (cânon 917). A comunhão espiritual, entretanto, pode ser feita em qualquer momento, em qualquer lugar, quantas vezes a pessoa desejar. É algo que poucos católicos sabem e fazem.
Santo Afonso Maria de Ligório, o bispo e doutor da Igreja que fundou a Congregação dos Padres Redentoristas, explica bem o que é a comunhão espiritual: “Consiste no desejo de receber a Jesus Sacramentado e em dar-lhe um amoroso abraço, como se já o tivéssemos recebido”.
Esta devoção é muito mais proveitosa do que se pensa e muito fácil de realizar. Há orações que nos ajudam a fazê-la como, por exemplo, esta de Santo Afonso:
“Oh Jesus meu, creio que estais presente no Santíssimo Sacramento, te amo sobre todas as coisas e desejo receber-Te em minha alma. Já que agora não posso fazê-lo sacramentalmente, venha ao menos espiritualmente a meu coração. Como se já tivesse recebido, te abraço e me uno todo a Ti, não permitais, Senhor, que volte jamais a abandonar-Te. Amém”.
Cada um pode meditar e realizar a comunhão espiritual do seu jeito, com suas próprias orações e necessidades, sem se limitar a uma oração específica. Para que seja bem feita, recomenda-se que se faça um ato de Fé na Eucaristia (creio Jesus, que estas presente na Eucaristia);  um ato de amor (te amo sobre todas as coisas); um ato de desejo (desejo receber-te em minha alma); e o pedido de que Jesus venha espiritualmente a seu coração, permanece em ti e faça que nunca te abandone.
Durante o dia muitas vezes temos desejo de muitas  coisas que queremos ou que gostamos. Da mesma forma vamos ter o desejo de Jesus em nossa alma durante o dia. Sem dúvida que não há melhor companhia a nos proteger, guiar e  iluminar a nossa caminhada a cada instante.
Na verdade, a comunhão espiritual é uma medida de nossa fé e de nosso amor a Eucaristia. Disse Jesus no Evangelho que é preciso “orar em todo tempo e não desfalecer” (Lc 18, 1). A comunhão espiritual é uma forma excelente de oração que está sempre ao nosso alcance.
Um pagão como o centurião romano (Mt 8, 5-17) viveu a experiência da comunhão espiritual quando disse: “Senhor, eu não sou digno de que entrei em minha casa mas dizei uma só palavra e meu servo será curado”. Este servo é hoje a nossa alma.

Prof. Felipe Aquino

domingo, 8 de dezembro de 2013

O Amor é paciente





Sejam completamente humildes e dóceis, e sejam pacientes, suportando uns aos outros com amor – Efésios 4:2

O amor funciona. É o motivador mais poderoso e tem uma profundidade e um significado bem maiores do que a maioria das pessoas pensa. O amor sempre faz o que é melhor para os outros e tem o poder de nos fortalecer para enfrentar grandes problemas. Nascemos com uma sede perpétua de amor. Nosso coração precisa de amor, assim como nossos pulmões precisam de oxigênio. O amor muda a nossa motivação de vida. Os relacionamentos se tornam significativos com ele. Nenhum casamento é bem sucedido sem amor. O amor é construído sobre dois pilares que melhor definem o que ele é. Esses pilares são a paciência e a bondade. Todas as outras características do amor são extensões desses dois atributos. E, a meu ver, é aqui que começa o nosso desafio, com a paciência.
O amor inspira a ser uma pessoa paciente. Quando você decide ser paciente, você responde de maneira positiva a uma situação negativa. Você é tardio em irar-se. Prefere ter um "pavio longo" a se irritar facilmente. Ao invés de ser impaciente e exigente, o amor lhe ajuda a se acalmar e a transmitir misericórdia aos que estão ao seu redor. A paciência traz a calma interior em meio à tempestade exterior.
Ninguém gosta de ter uma pessoa impaciente por perto. Estar próximo de alguém assim faz você reagir com raiva, insensatez e de maneiras lamentáveis. A ironia da raiva em uma ação errada está em gerar novos erros por si só. A raiva quase nunca torna as coisas melhores. Na verdade, ela geralmente cria mais problemas.
Mas a paciência paralisa o andamento do problema. A paciência, mais do que morder a língua, mais do que bater a mão na boca, é respirar fundo. Ela purifica o ar. Ela impede a insensatez de espalhar seu veneno por toda casa. Ter paciência é escolher controlar suas emoções ao invés de permitir que elas lhe controlem. É demonstrar discrição ao invés de pagar mal com mal.
Se o seu companheiro lhe ofende, você rapidamente revida ou você se controla? Você reage com raiva quando lhe tratam injustamente? Se a resposta for sim, você está espalhando veneno ao invés de remédio.
A raiva é causada, na maioria das vezes, quando um forte desejo por algo é combinado com decepção ou tristeza. Você não consegue o que quer, então começa a se irritar por dentro. Muitas vezes ela é a reação emocional que resulta das nossas razões egoístas, tolas e más.
Por outro lado, a paciência nos torna sábia. Ela não se apressa em julgar, mas ouve o que a outra pessoa está dizendo. Ela espera na entrada enquanto a raiva deseja invadir com violência. A paciência aguarda para ver toda a situação antes de julgar. A bíblia diz: "o homem paciente dá prova de grande entendimento, mas o precipitado revela insensatez" (Provérbios14: 29).
Assim como a falta de paciência fará do seu lar uma zona de guerra, a prática da paciência estimulará a paz e a tranquilidade. "O homem irritável provoca dissensão, mas quem é paciente acalma a discussão”. Frases como esta do livro de Provérbios são princípios claros de aplicação eterna. A paciência é o lugar onde o amor encontra sabedoria. E todo casamento precisa desta combinação para permanecer saudável.
A paciência lhe ajuda a dar ao companheiro o direito de ser humano. A paciência entende que todos falham. Quando um erro é cometido, a paciência decide dar mais tempo do que ele (a) precisa para corrigi-lo. A paciência lhe capacita a permanecer firme durante os tempos difíceis do seu relacionamento, ao invés de lhe esgotar com as pressões.
O seu companheiro pode contar com um marido ou com uma esposa paciente? Ela pode ter certeza de que se trancarem as chaves dentro do carro poderá contar com a sua compreensão ao invés de ouvir um sermão que a fará sentir-se como uma criança? Ele pode se assegurar de que se comemorarem os últimos segundos do jogo de futebol não vai ouvir uma lista de sugestões de como poderia usar melhor o seu tempo? Acontece que poucas pessoas são tão difíceis de conviver quanto uma pessoa impaciente.
Como seria o tom de voz do seu lar se você colocasse em prática essa abordagem bíblica: "tenham cuidado para que ninguém retribua mal com mal, mas sejam sempre bondosos uns para com os outros e para com todos."
Poucos de nós praticam a paciência de forma adequada, e nenhum de nós a pratica naturalmente. Mas o homem e a mulher sábios verão a paciência como um ingrediente essencial no casamento. Este é um bom ponto de partida para demonstrar o amor verdadeiro.
Essa jornada no casamento é um processo, e a primeira atitude que você deve decidir ter é ser paciente. Pense nisso como uma maratona, não como uma corrida de 100 metros rasos. Uma maratona que vale à pena correr.


Helbert Machareth

sábado, 7 de dezembro de 2013

CELEBRAÇÃO DO ANÚNCIO DO NATAL



Veja ao lado, as fotos da "celebração do Anúncio do Natal", realizada no dia 04/12/2013, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção, em Cabo Frio.





quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

FORMAÇÃO - A PARTILHA

A PARTILHA NA REUNIÃO MENSAL

“Assim como um amor que não é lembrado
nem comemorado acaba, uma vida sem
momentos fortes se dilui, perde sua coesão.
(Mística dos Pontos Concretos de Esforço e Partilha)

No início da oração que antecede a Partilha, numa reunião mensal, dizemos: “Senhor Jesus Cristo, no momento que fazemos a nossa partilha compreendemos melhor que somos em vós, membros uns dos outros”.
Decidimos estar juntos e “viver equipe” na esperança de que, através desta união, possamos progredir no amor de Deus e do próximo. Sabemos que sozinhos não temos força suficiente, por isso contamos com a ajuda dos nossos irmãos de equipe para nos fortalecer e nos estimular na caminhada.
Este auxílio só se torna concreto, eficaz, se juntos e com toda lealdade, aceitarmos avaliar mensalmente em nossa reunião de equipe, o ponto em que nos encontramos em nossa caminhada espiritual através da Partilha.
Podemos afirmar que, ao vivenciar a Partilha, apelamos com toda humildade e simplicidade a uma cooperação fraterna que se estabelece através da verdadeira caridade evangélica, pois a Partilha é um ponto forte do auxílio mútuo espiritual. Por meio dela pedimos auxílio à nossa equipe e oferecemos o nosso, para que possamos ir mais longe em nossas vidas enquanto casais e equipistas.
É o momento em que “assumimos os nossos irmãos e eles nos assumem”, e este é um sinal que somos uma comunidade viva. Portanto, devemos ter a consciência de que fugindo da Partilha ou apresentando-a sem responsabilidade estaremos prejudicando o conjunto da nossa “vida de equipe” e evitando o nosso crescimento mútuo.


Graças e Élcio - Equipe 01 - Setor SG B, Região Rio IV, Província Leste

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

CÂNTICO DE NÚPCIAS



Nossos caminhos são agora um só caminho,
nossas almas, uma só alma.

Cantarão para nós os mesmos pássaros,
e os mesmos anjos desdobrarão sobre nós
as invisíveis asas.

Temos agora por espelho os nossos olhos;

o teu riso dirá a minha alegria,
e o teu pranto, a minha tristeza.

Se eu fechar os olhos, tu estarás presente;
se eu adormecer, serás o meu sonho;
e serás, ao despertar, o sol que desponta.

Nossos mapas serão iguais,
e traçaremos juntos os mesmos roteiros
que conduzam às fontes escondidas
e aos tesouros ocultos.

Na mesma página do Evangelho encontraremos o Cristo,
partiremos na ceia o mesmo pão;
meus amigos serão os teus amigos,
perdoaremos com iguais palavras
aqueles que nos invejam.

Será nossa leitura à luz da mesma lâmpada,
aqueceremos as mãos ao mesmo fogo
e veremos em silêncio desabrochar no jardim
a primeira rosa da Primavera.

Iremos depois nos descobrindo nos filhos que crescem,
e não mais saberemos distinguir em cada um
os meus traços e os teus,
o meu e o teu gesto,
e então nos tornaremos parecidos.

E nem o mundo nem a guerra nem a morte,
nada mais poderá separar-nos,
pois seremos mais que nunca,
em cada filho,
uma só carne
e um só coração.

Que o homem não separe o que Deus uniu.
Que o tempo não destrua a aliança que nos prende,
nem os amores, o amor.

Que eu não tenha outro repouso que o teu peito,
outro amparo que a tua mão,
outro alimento que o teu sorriso.

E, quando eu fechar os olhos para a grande noite,
sejam tuas as mãos que hão de fechá-los.

E, quando os abrir para a visão de Deus,
possa contemplar-te como o caminho
que me levou, dia após dia,
à fonte de todo amor.

Nossos caminhos são agora um só caminho,

nossas almas, uma só alma. 

Já não preciso estender a mão para alcançar-te,
já não precisas falar para que eu te escute...




Dom Marcos Barbosa (nome civil: Lauro de Araújo Barbosa), monge beneditino, poeta e tradutor, nasceu em Cristina, MG, em 12 de setembro de 1915, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 5 de março de 1997.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

ADVENTO, TEMPO DE ESPERANÇA




Dom Odilo P. Scherer 

Com o Advento, a Igreja inicia um novo Ano Litúrgico; enquanto fazemos memória das grandes etapas e fatos da história de Deus com a humanidade, somos envolvidos pela ação salvadora de Deus. Mais que recordar ações do passado, trata-se de acolher no presente de nossa vida essa mesma ação de Deus e ser beneficiados por ela.

No Advento colocamo-nos numa dupla perspectiva: olhando para trás na história, recordamos o que Deus já realizou pela humanidade, sobretudo mediante o envio do seu Filho Jesus Cristo; e nos alegramos pela imensa condescendência que Deus teve para conosco, manifestada no Natal do Salvador da humanidade. Olhando para frente, preparamo-nos para a realização plena das promessas de Deus e para ir ao seu encontro; com a Igreja e toda a humanidade ansiosa de salvação aclamamos: vem, Senhor Jesus!

Por isso mesmo, o Advento é marcado pela esperança e a alegria. Os belos textos proféticos lidos neste tempo litúrgico, sobretudo os de Isaías, falam da eficácia das promessas de Deus; mostram um Deus amigo dos homens, cheio de misericórdia e pronto a perdoar e a restaurar a vida do seu povo. Os textos litúrgicos da Missa e das outras celebrações deste período, muito belos, falam com freqüência do Deus que se faz Emanuel - Deus-conosco. Esperança e alegria devem, por isso, acompanhar-nos ao longo do Advento.

É justamente esta proximidade de Deus que nos pode trazer esperança; na vida não contamos apenas com nossas pobres forças, sempre falíveis, mas com o poder de Deus. Por isso, a esperança que acompanha este tempo não se refere apenas a coisas futuras, mas constrói desde já sobre a certeza da fidelidade de Deus à sua palavra. Justamente na abertura do Advento deste ano, o Papa Bento XVI deu à Igreja uma valiosa Encíclica sobre a esperança cristã: “Spe salvi” (Somos salvos na esperança). Vale a pena ler e meditar a Encíclica durante este Advento.

Sem esperança, o mundo não tem futuro; sem esperança, também não haverá justiça, solidariedade e paz. E não bastam as esperanças suscitadas pelos projetos e realizações humanas, sejam eles a ciência ou a técnica, os regimes políticos e as ideologias, o cultivo da saúde e da beleza e o gozo da vida: por mais importantes que sejam, todas essas propostas têm alcance limitado e contam apenas com as forças humanas. Precisamos de um horizonte de certeza que supere as seguranças construídas por nós mesmos. O fundamento da verdadeira esperança, como bem recorda Bento XVI, é o próprio Deus.

No primeiro domingo do Advento deste ano, o texto de Isaías fala da “casa do Senhor”, que se transformará numa referência para todos os povos, que anseiam pela paz e pela justiça; Jerusalém é a habitação de Deus, “casa de Deus”, lugar onde se aprende a lei de Deus e se edifica uma convivência pacífica; já não haverá mais a necessidade de treinar para a guerra e as armas de destruição e de morte podem ser transformadas em instrumentos pacíficos de trabalho e de produção de alimentos. No final da leitura, o profeta faz um apelo: “vinde todos,
deixemo-nos guiar pela luz do Senhor”. É uma imagem bonita daquilo que podem ser também nossas cidades, se acolherem verdadeiramente a presença salvadora de Deus.


Também São Paulo, na Carta aos Romanos, convida a acordar, pois a noite vai adiantada e o dia se aproxima; isso significa deixar de lado as ações das trevas e revestir-se de Cristo, luz do mundo. Jesus recorda que seus discípulos devem ser “luz do mundo”; mas eles poderão sê-lo somente se deixarem o coração inflamar-se no encontro com Cristo, “luz verdadeira que ilumina todo homem que vem a este mundo”. Deus nos abençoe e nos dê um feliz tempo de Advento.

sábado, 23 de novembro de 2013

Amigos.
Já foi escolhido o novo Casal Responsável da Super-Região Brasil:
 O casal Hermelinda e Arturo da Província Sul I (São Paulo). Segue a foto em anexo. Rezemos por eles!!

Tereza e Reizinho

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Oração, Família, Bênçãos e Missão

         


No livro de Tobias (8,9), Tobias após seu casamento elevou a Deus uma linda oração e destaco esse versículo para nossa meditação: “Ora, vós sabeis, ó Senhor, que não é para satisfazer a minha paixão que recebo a minha prima como esposa, mas unicamente com o desejo de suscitar uma posteridade, pela qual o vosso nome seja eternamente bendito.” Percebemos na atitude desse homem, uma pessoa preocupada em seguir e viver os ensinamentos que ao longo do relacionamento religioso recebera. Esse relacionamento é fundamental para que ele e sua família possam ser mais e mais iluminada e protegida, ou melhor dizendo, sua família tenha as bênçãos do olhar bondoso de Deus.
             O relacionamento religioso produz uma aproximação à vontade divina a ponto de a alma não ser corrompida por paixões de nenhuma ordem, mas sim um desejo sincero de ser instrumento da santidade divina. As paixões vêm de muitos modos e maneiras, cheias de facilidades e certezas para colocar dentro da família os seus sabores. Mas elas são carregadas de ilusões que, passado o momento apaixonante, aparece logo o vazio. O desejo sincero de fazer a vontade de Deus vai se formando na alma humana quando a mesma alma se coloca em oração na presença de Deus e o Próprio Senhor vai modelando a alma a ser instrumento de Sua Santa Vontade. Na oração de Tobias a união com sua esposa a “suscitar posteridade” tende a finalidade de bendizer o Santo Nome de Deus e é esse o sentido maior da existência de sua família.
            Aproximando-se desse grande homem bíblico, Tobias, encontramos um coração orante unido a Deus e faz sua família estar próxima da bênção dessa união, a fim de ser cumpridora da vontade divina, sentido fundamental de andar tanto e enfrentar tantas coisas para iniciar sua família.

            “São Paulo compara a grandiosidade do amor conjugal com o grande amor que Cristo tem para com a Igreja e nada pode afastar esse amor”.
Pe Ângelo José - Equipe 05

SCES São Gonçalo A

domingo, 17 de novembro de 2013

A Lectio Divina



A Lectio Divina

            A “Lectio Divina” é uma expressão latina já presente e consagrada no vocabulário católico, que pode ser traduzida como “leitura divina”, “leitura espiritual”, ou ainda como ocorre hoje em nosso país e em vários escritos atuais, como “leitura orante da Bíblia”. Ela é um alimento necessário para a nossa vida espiritual. A partir deste exercício, conscientes do plano de Deus e a Sua vontade, pode-se produzir os frutos espirituais necessários para a salvação. A Lectio Divina é deixar-se envolver pelo plano da Salvação de Deus. Os princípios da Lectio Divina foram expressos por volta do ano 220 e praticados por monges católicos, especialmente as regras monásticas dos santos: Pacômio, Agostinho, Basílio e Bento. O tempo diário dedicado à lectio divina sempre foi grande e no melhor momento do dia. A espiritualidade monástica sempre foi bíblica e litúrgica. A sistematização do método da lectio divina nós encontramos nos escritos de Guigo, o Cartucho, por volta do século XII.

A Lectio Divina tradicionalmente é uma oração individual, porém, pode-se fazê-la em grupo. O importante é rezar com a Palavra de Deus, lembrando o que dizem os bispos no Concílio Vaticano II, relembrando a mais antiga tradição católica – que conhecer a Sagrada Escritura é conhecer o próprio Cristo. Monges diziam que a Lectio Divina é a escada espiritual dos monges, mas é também de todo o cristão. O Papa Bento XVI fez a seguinte observação num discurso de 2005: “Eu gostaria, em especial, recordar e recomendar a antiga tradição da Lectio Divina, a leitura assídua da Sagrada Escritura, acompanhada da oração que traz um diálogo íntimo em que na leitura, se escuta Deus que fala e, rezando, responde-lhe com confiança a abertura do coração”.

O Concílio Vaticano II, em seu decreto Dei Verbum 25, ratificou e promoveu, com todo o peso de sua autoridade, a restauração da Lectio Divina, retomando essa antiquíssima tradição da Igreja Católica. O Concílio exorta igualmente, com ardor e insistência, a todos os fiéis cristãos, especialmente aos religiosos, que, pela frequente leitura das divinas Escrituras, alcancem esse bem supremo: o conhecimento de Jesus Cristo (Fl 3,8). Porquanto, “ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo” (São Jerônimo, Comm. In Is., prol).

O método mais antigo e que inspirou outros mais recentes, é que, seja pessoalmente, em comunidade ou no círculo bíblico nós comecemos a reflexão com a Palavra de Deus e que, depois da invocação do Espírito Santo, segue os passos tradicionais: 1- Lectio (Leitura); 2- Meditatio (Meditação); 3- Oratio (Oração) e 4- Contemplatio (Contemplação). Existem outros métodos que, inspirados aqui, procuram ajudar o cristão a acolher em sua vida a Palavra de Deus e a colocar em prática no seu dia a dia. Em nossa 48ª Assembleia dos Bispos do Brasil, celebrada em Brasília de 3 a 13 de maio último, além de tratar como tema central a “Palavra de Deus”, proporcionou aos Bispos, na manhã do domingo, dia 9, um tempo para lerem, meditarem e rezarem com esse método. A mensagem que foi publicada sobre o tema central está baseada justamente nesse clima. Chegou o momento de passarmos a colocar em nossos grupos de reflexão, círculos bíblicos e outros grupos a Palavra de Deus como fonte de reflexão e inspiração para iluminar a nossa realidade concreta.

O método tradicional é simples: são quatro degraus – “a leitura procura a doçura da vida bem-aventurada; a meditação a encontra; a oração a pede, e a contemplação a experimenta. A leitura, de certo modo, leva à boca o alimento sólido, a meditação o mastiga e tritura, a oração consegue o sabor, a contemplação é a própria doçura que regala e refaz. A leitura está na casca, a meditação na substância, a oração na petição do desejo, a contemplação no gozo da doçura obtida.” (Guigo, o Cartucho, Scala Claustralium).

Portanto, quanto à leitura, leia, com calma e atenção, um pequeno trecho da Sagrada Escritura (aconselha-se que nas primeiras vezes utilizem-se os textos dos Evangelhos). Leia o texto quantas vezes e versões forem necessárias. Procure identificar as coisas importantes desta perícope: o ambiente, os personagens, os diálogos, as imagens usadas, as ações. É importante identificar tudo com calma e atenção, como se estivesse vendo a cena. A leitura é o estudo assíduo das Escrituras, feito com aplicação de espírito.

Quanto à Meditatio, começa, então, diligente meditação. Ela não se detém no exterior, não pára na superfície, apóia o pé mais profundamente, penetra no interior, perscruta cada aspecto. Considera atenta sobre o que esta Palavra está iluminando minha vida e a realidade em que vivo hoje. Quais são as circunstâncias que ela me questiona e me incentiva? Depois de ter refletido sobre esses pontos e outros semelhantes no que toca à própria vida, a meditação começa a pensar no prêmio: Como seria glorioso e deleitável ver a face desejada do Senhor, mais bela do que a de todos os homens (Sl 45,3), não mais tendo a aparência como que o revestiu sua mão, mas envergando a estola da imortalidade, e coroado com o diadema que seu Pai lhe deu no dia da ressurreição e de glória, o dia que o Senhor fez (Sl 118,24).

Quanto à Oratio, toda boa meditação desemboca naturalmente na oração. É o momento de responder a Deus após havê-lo escutado. Esta oração é um momento muito pessoal que diz respeito apenas à pessoa e Deus. Não se preocupe em preparar palavras, fale o que vai ao coração depois da meditação: se for louvor, louve; se for pedido de perdão, peça perdão; se for necessidade de maior clareza, peça a luz divina; se for cansaço e aridez, peça os dons da fé e esperança. Enfim, os momentos anteriores, se feitos com atenção e vontade, determinarão esta oração da qual nasce o compromisso de estar com Deus e fazer a sua vontade. Vendo, pois, a pessoa que não pode por si mesma atingir a desejada doçura de conhecimento e da experiência, e que quanto mais se aproxima do fundo do coração (Sl 64,7), tanto mais distante é Deus (cf. Sl 64,8), ela se humilha e se refugia na oração. E diz: Senhor, que não és contemplado senão pelos corações puros, eu procuro, pela leitura e pela meditação, qual é, e como poder ser adquirida a verdadeira doçura do coração, a fim de por ela conhecer-te, ao menos um pouco.

Quanto ao último passo, a Contemplatio: desta etapa a pessoa não é dona. É um momento que pertence a Deus e sua presença misteriosa, sim, mas sempre presença. É um momento no qual se permanece em silêncio diante de Deus. Se ele o conduzirá à contemplação, louvado seja Deus! Se ele lhe dará apenas a tranquilidade de uns momentos de paz e silêncio, louvado seja Deus! Se para você será um momento de esforço para ficar na presença de Deus, louvado seja Deus! Mas em todas as circunstâncias será uma maneira de ver Deus presente na história e em nossa vida! “Ele recria a alma fatigada, nutre a quem tem fome, sacia sua aridez, lhe faz esquecer tudo o que não é terrestre, vivifica-a, mortificando-a por um admirável esquecimento de si mesma, e embriagando-a sóbria a torna” (Guido, o Cartucho).

Há uma preocupação grande com a vida prática, com a conversão, de modo que muitas vezes se costuma acrescentar a “actio”, ou seja, ação junto com a contemplação. Os temores de uma vida “alienada” podem ser sempre apresentados em todas as circunstâncias, mas quando se aprofunda realmente na Palavra de Deus e se crê que ela é como uma espada de dois gumes que penetra no mais profundo de nosso ser e que também ilumina nossa vida e nosso caminho, teremos certeza de que ela ilumina a nossa estrada e nos conduz com a graça de Deus por uma vida nova.

Portanto, diante deste patrimônio da nossa Igreja que é este método da Lectio Divina, desejo a todos que inspirados na mensagem que os Bispos enviaram acerca do tema central da 48º Assembleia, possamos todos nós aprofundar a Leitura Orante da Bíblia, que, aproximando-nos da Palavra de Deus, encontremos os caminhos da vida dos cristãos hoje, neste início de milênio, que, diante da atual mudança de época, respondamos com uma vida nova, haurida nas escrituras sagradas, que nos comunicam a Palavra eterna, o Verbo eterno, Jesus Cristo, nosso Senhor!


Dom Orani João Tempesta

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

EQUIPES DE NOSSA SENHORA NO MUNDO - BAILE DO SETOR LAGOS

Equipe 01-Nossa Senhora da Assunção
"Casais Peruanos"

Vejam ao lado, as foto do Baile de Confraternização do Setor Lagos, "EQUIPES DE NOSSA SENHORA NO MUNDO", realizado no dia 09/11/2013, na Sociedade Musical Santa Helena, em Cabo Frio.
As Equipes do Setor, depois de sorteio anteriormente realizado, compareceram vestidos com trajes típicos, representando os diversos países onde o Movimento está presente.
Foi um importante momento de confraternização, onde a alegria se fez presente em todos os casais equipistas e seus convidados.

(Clique na foto, ao lado, para visualizar o álbum completo)

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

PADRE CAFFAREL

"Para nós, orar é deixar que o Espírito Santo fale em nós. Eis porque não podemos ter outro mestre de oração a não ser o próprio Deus: `Senhor, ensina-nos a rezar´(...) Espírito do Alto Mar, Espírito da Palavra e do silêncio, Espírito de Oração, Espírito de Jesus Cristo, abre os olhos dos que lerão estas... depois, fecha-os para que, no silêncio profundo de sua alma, longe de tudo, menos de Ti, ouçam o que nenhuma palavra humana pode dizer... Senhor, ensina-nos a orar" (Henri Caffarel)

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Sentimento de Pertença




            É curioso como o verbo PERTENCER suscita algumas interpretações, nem todas compatíveis com a seiva das ENS. Pode sugerir, por exemplo, certa passividade, como se o equipista fosse refém de algo tomado à força e estivesse, assim, irreversivelmente possuído. Nada a se fazer, então. Ou que, apenas por fazer parte integrante do Movimento, a ação já foi concluída. Uma e outra levam ao mesmo  equívoco: ao acomodamento.
            A palavra "pertencer", na verdade, esconde uma generosidade transformadora por estar profundamente ligada à ideia de enraizamento. Fala de uma raiz que compromete, integra, é ativa, põe em movimento. Acomodamento, portanto, está fora de questão.
            Preferimos o termo "sentimento de pertença" ao "sentido de pertença" porque o primeiro se instala e fica. O segundo de vez em quando perde o rumo. O sentimento faz contato, aproxima o fogo, mas, não se engane, acontece pouco a pouco. Raros são os que foram arrebatados do cavalo como São Paulo. De maneira geral, parece que Deus prefere insinuar-se delicadamente. A Sua aproximação é sutil e constante. Como um leve perfume que se espalha numa Reunião de Colegiado. Ou no reencontro com vários largos sorrisos numa Missa Mensal ou num Evento. Às vezes acontece num testemunho tocante durante o EACRE. Ou na oportunidade de refletir com mais vagar num Retiro. Quem sabe o momento exato em que Deus irá nos surpreender?
            O fato é que, quando o nosso coração se desarma e se entrega, quando autorizamos a visita de Deus em nossas vidas, algo acontece: somos atingidos em cheio. E mais: somos transformados. A presença de Deus nos adoça. O desejo de servir vem à tona. A vontade de compartilhar a bênção recebida transborda. Quando somos embebidos pelo sentimento de pertença somos impelidos ao outro, à ação desinteressada. As exigências da pedagogia do nosso Movimento deixam de parecer arbitrárias, pois também nelas reconhecemos o perfume de Deus.
            Que o perfeccionismo não seja desculpa para o adiamento da nossa entrega. Nenhum de nós precisa estar pronto para ser merecedor da visita amorosa de Deus. Ao contrário. Nosso Pai não faz outro pedido que não seja descuidar-nos da vigilância controladora dos nossos sentimentos. O sentimento de pertença nada mais é que nos rendermos a quem pertencemos. O trabalho que daí se segue é totalmente de Sua autoria.
Deborah e Fajardo – Equipe 12 – Niterói A
Equipe do Enfoques

Publicado no Informativo "ENFOQUES" (número 46), Região Rio IV, Província Leste
 Super-Região Brasil

domingo, 3 de novembro de 2013

NOITE DE FORMAÇÃO DO SETOR LAGOS

NOITE DE FORMAÇÃO DAS EQUIPES DE NOSSA SENHORA – SETOR LAGOS.

TEMA: FAMÍLIA E ESPIRITUALIDADE CONJUGAL
PADRE JOÃO LUIS FRANCO ASSUNÇÃO 

PRIMEIRA PARTE - FAMÍLIA

Vamos começar definindo o termo família. Bem Padre, será que é preciso isso? Eu vou dizer pra vocês. Hoje, mais do que nunca é importante mergulhar no sentido mais profundo dessa expressão, família. E eu pergunto a vocês, por quê? E eu mesmo respondo. Porque hoje os inimigos de Deus e da Igreja, os inimigos do sacramento do matrimônio, os inimigos da espiritualidade cristã, eles tem lutado dia e noite para destruir o conceito de família. A partir do conceito, para que não se tenha mais a ideia de família como o Evangelho traz para nós. A cada momento eles estão trabalhando, nós estamos aqui e eles estão trabalhando. E eles querem definir isso através da maior esfera, na esfera do poder governamental, dos poderes da República. Querem destruir a noção de família a partir dos poderes legislativo, judiciário e o executivo. Alguém pode me dar um exemplo disso? Quem de vocês poderia me dar um exemplo disso? Casamento gay, aborto... . Mas existe um mais específico ainda. A noção de família já não é mais a comunidade de amor fundada no sacramento, como um compromisso conjugal, pra quem não tem fé, por exemplo, mas a família hoje é qualquer ajuntamento de pessoas, que pode ser considerado família. Já perceberam isso? Qualquer ajuntamento debaixo do mesmo teto pode ser considerado família. E é por essa porta que começa, então, a aprovação do casamento gay, da adoção de crianças por homossexuais, nada contra os homossexuais, o problema não é esse, o problema é atingir o conceito de família. 

E quando se atinge o conceito de família para reconhecer qualquer grupo humano como família, a partir deste momento, eu deixo de reconhecer a família como a comunidade amorosa constituída pelo sacramento do matrimônio pra admitir que qualquer grupo pode ser considerado família. E hoje, de propósito, usa-se esse termo família pra tudo, e vocês também já repararam, é a família isso, é a família aquilo, é a família de tal clube, é a família de ex-alunos da escola, é a família de uma empresa, a família Shell, família não sei o que..., já perceberam isso? Então, se usa bastante o termo família, pra quebrar aquele conceito específico que justamente nós cristãos temos, de que família é a comunhão de vida e amor fundada no sacramento do matrimônio e na vontade de Deus. Ela se constitui pela aliança amorosa entre um homem e uma mulher, na presença de Deus, e ela é aberta para a vida dentro daquelas características fundamentais que a bíblia traz pra nós. O conceito de família deve ser guardado por nós, e defendido por nós, ainda que os outros tencionem esconder e sufocar ou até mudar as leis, nós cristãos precisamos ficar cada vez mais firmes ao defender o conceito de família, o conceito cristão de família é esse “uma comunidade de vida e amor fundada pelo sacramento do matrimônio e aberta para a vida e para a felicidade.” Esse é o conceito cristão de família. 

Não é qualquer ajuntamento, não é qualquer grupo de pessoas juntas, esses nunca podem ser considerados uma família porque não tem os elementos constitutivos necessários para a formação da família. Mas os homens e mulheres de hoje, envenenados pelo relativismo moderno, pensam que mudando a lei, mudando o enunciado da lei, eles pensam que mudam também os conceitos mais profundos, de tal modo que se você diz: “desculpem mas é que não posso aceitar isso como uma família”, eles dizem que você está contra lei, você é que está errado. Você vê uma família constituída de duas Marias ou de dois Manuéis, ou o Sr. Pedro com o Sr. José. Se você disse assim: “eu não posso reconhecer esse tipo de convivência como família”, eles dizem que há uma lei que garante aquilo e você está contra a lei. Ser cristão é contra a lei. É muito pernicioso, mas eles tentam mudar o conceito, e assim eu pensam que mudando as leis eles tornam esse conceito que antes era mau, eles transformam num conceito bom, e ele é legal, o conceito de família atual, uma vez aprovado, ele é legal. 

Agora, vamos a uma reflexão mais profunda um pouco. Nem sempre o que está na esfera do legal é moral. Não é verdade? Eu me lembro quando eu era mais jovem do que eu sou hoje..., antes de entrar no seminário eu tinha passado no vestibular pra direito, e comecei a estudar direito. Eu estudei alguns períodos de direito, e me lembro justamente de uma das aulas em que a gente aprendia sobre as esferas do direito, da lei, da moral e da religião. E essas esferas vão se tornando concêntricas. Tem advogados aqui, também devem ter estudado isso. Tem a esfera maior de todas, a mais ampla, que era fundada mais do que nunca no próprio Deus, filosoficamente. A esfera maior que é a esfera da moral, e dentro da esfera da moral, vinha a esfera da ética, e dentro da esfera da ética, vinha a esfera do direito, e dentro da esfera do direito, a menor de todas, a esfera da lei, então a lei pra ser justa ela tem que estar compreendida nas noções maiores, mas hoje, no mundo moderno, essa coisinha não é mais importante, porque nós vivemos, no dizer do Papa Bento, a ditadura do relativo. 

E esse é o grande veneno para as famílias católicas. Na ditadura do relativismo, tudo é relativo, e se eu digo qual o conceito de família, e vão dizer: "pode ser pro senhor Padre, mas não é pra mim." O homem moderno se perdeu na relatividade. Compreende o que eu estou dizendo? Na ditadura do relativo, tudo é relativo, e esse veneno entra na nossa vida, entra na vida de vocês, ele entra na vida dos seus filhos, exige uma orquestração de marketing muito bem elaborada trabalhando pra que esses conceitos entrem, e esses conceitos mudem. O homem perdeu o senso da objetividade, ele vive o subjetivo, nós vivemos num mundo em que o importante é o subjetivo. Se você diz: “Pessoal olha só, isso não é certo, isso não é bom”..., aí eles vão dizer: “desculpe, não é bom pra você? Pra mim é bom, é bom pra mim, então é bom." Não é assim que a gente vive no mundo de hoje? Agora vai dialogar com uma pessoa assim. Venha com o Evangelho, venha com a palavra de Jesus Cristo pra essa pessoa. Eles vão dizer: “Viver essa parte do Evangelho é bom pra você, mas não é bom pra mim”. 

É isso que o Papa Francisco chama de uma religião sob medida. Eu quero ser Cristão, eu quero ser Católico, eu quero me sentir membro da Igreja, agora eu quero uma religião sob medida pra mim, igual a um sapato. Eu calço 42, tem uma religião 42 aí pra mim? Não, porque a religião que está aqui é 39. Eu não vou apertar o meu pé pra calçar um 41. O meu é 42. E no mundo de hoje a pessoa pensa que pode comprar uma religião assim, como quem compra um sapato. Então eu procuro uma religião a minha medida. Já não é mais o homem criado a imagem e semelhança de Deus. Não, isso já não é mais importante pro homem moderno, eu quero um Deus à minha imagem e semelhança. Eu não quero um Deus que me fale aquilo que eu não quero ouvir, eu quero um Deus que me diga o que eu quero ouvir, o que vem de encontro ao meu desejo, a minha atitude, é a ditadura do relativismo. Eis a opinião de um filósofo que dizia algo muito interessante: "...e assim o homem cria Deus à sua imagem e semelhança". E também cria uma Igreja à sua imagem e semelhança. Ou pior, ele quer continuar naquela mesma Igreja, mas sem mudar a vida, sem mudar as suas escolhas pessoais. Compreendem o que eu estou dizendo? 

E vocês pensam que isso não existe? Está cheio! Está cheio. E não está longe não. Está dentro da nossa paróquia. Está na paróquia em que vocês vão à missa todos os domingos. E ali naquela multidão toda, tem um monte de gente que adora a si mesmo, mas não a Deus. Tem um monte de gente criando um Deus à sua imagem e semelhança ao invés de cultivar e adorar o único Deus verdadeiro, só Deus pode ser adorado. Tem um mundo de gente selecionando as páginas do evangelho e escolhendo aquelas que eles querem e aquelas que eles não querem viver, tirando as partes incômodas do evangelho. Uma religião subjetiva, uma religião relativizada, uma religião mentirosa. 

Tudo isso diariamente entra em contato conosco. Você vai ligar a televisão e logo vêm os falsos conceitos da catequista do capeta dia e noite, criando falsos conceitos e vomitando aquilo dentro da sua casa. Não é verdade? Antigamente, quem queria ver um filme de safadeza ia num cinema de 5ª categoria, escondido, porque tinha vergonha de alguém vê-lo entrar num cinema desses, e a paciência de ter que ir até lá. Hoje não. Hoje vocês estão tranquilamente dormindo o sono dos anjos e sabe Deus o que os seus filhos estão vendo na internet. Verdade ou mentira? Antigamente a imoralidade estava fora da sua casa, hoje está dentro. Os conceitos não são mais filtrados, a gente vai vivendo os conceitos falsos, basta ver uma novela. Eu me lembro da minha própria família. Um dia eu estava em família vendo televisão em casa, uma determinada novela, o cara era casado com uma mulher, mas se apaixonou por outra, sabem como é, não? Os autores fazem sempre da mulher verdadeira o cão chupando manga, e a amante é sempre boa, maravilhosa. É sempre assim. E aí eu estava vendo a minha própria família, a minha mãe, as minhas irmãs, todo mundo torcendo contra a mulher verdadeira, ai eu falei, meu Deus, como é que a gente bebe fácil a mentira. Até mesmo as nossas famílias cristãs, sem perceber, e com isso nós estamos bebendo a ditadura do relativismo. 

Meus amigos, se tudo é relativo, se tudo é subjetivo, o evangelho inteiro vem por terra. Se eu creio que a minha concordância pessoal é que vai dar valor ou não àquilo que vai ser transmitido ou ensinado, então eu já não creio mais que Jesus Cristo é a verdade, a verdade sou eu! Eu usurpei o lugar de Deus na minha vida. Eu tirei Deus do trono do meu coração e elegi como ídolo a minha própria imagem. E eu dou a ele o nome Deus. Na verdade, é a mim que eu adoro. É o meu gosto, é o que é mais fácil. Cuidado! Família é a comunidade de vida e de amor, firmada na aliança matrimonial, que é um sacramento, e aberta para a vida. Isso é a família no conceito de Jesus Cristo. E nada mais.

Palestra realizada no dia 30/10/2013, pelo Padre João Luis, Sacerdote Conselheiro Espiritual da Equipe 12, Nossa  Senhora do Carmo.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

SOBRE O DIA DE TODOS OS SANTOS



Para que louvar os santos, para que glorificá-los? Para que, enfim, esta solenidade? Que lhes importam as honras terrenas, a eles que, segundo a promessa do Filho, o mesmo Pai celeste glorifica? De que lhes servem nossos elogios? Os santos não precisam de nossas homenagens, nem lhes vale nossa devoção. Se veneramos os Santos, sem duvida nenhuma, o interesse é nosso, não deles. Eu por mim, confesso, ao recordar-me deles, sinto acender-se um desejo veemente.

Em primeiro lugar, o desejo que sua lembrança mais estimula e incita é o de gozarmos de sua tão amável companhia e de merecermos ser concidadãos e comensais dos espíritos bem-aventurados, de unir-nos ao grupo dos patriarcas, às fileiras dos profetas, ao senado dos apóstolos, ao numeroso exercito dos mártires, ao grêmio dos confessores, aos coros das virgens, de associar-nos, enfim, à comunhão de todos os santos e com todos nos alegrarmos. A assembleia dos primogênitos aguarda-nos e nós parecemos indiferentes! Os santos desejam-nos e não fazemos caso; os justos esperam-nos e esquivamo-nos.

Animemo-nos, enfim, irmãos. Ressuscitemos com Cristo. Busquemos as realidades celestes. Tenhamos gosto pelas coisas do alto. Desejemos aqueles que nos desejam. Apresemo-nos ao encontro dos que nos aguardam. Antecipemo-nos pelos votos do coração aos que nos esperam. Seja-nos um incentivo não só a companhia dos santos, mas também a sua felicidade. Cobicemos com fervoroso empenho também a glória daqueles cuja presença desejamos. Não é má esta ambição nem de nenhum modo é perigosa à paixão pela glória deles.

O segundo desejo que brota em nós pela comemoração dos santos consiste em que Cristo, nossa vida, tal como a eles, também apareça a nós e nós juntamente com ele apareçamos na glória. Enquanto isso não sucede, nossa Cabeça não como é, mas como se fez por nós, se nos apresenta. Isto é, não coroada de glória, mas como com os espinhos de nossos pecados. É uma vergonha fazer-se de membro regalado, sob uma cabeça coroada de espinhos. Por enquanto a púrpura não lhe é sinal de honra, mas de zombaria. Será sinal de honra quando Cristo vier e não mais se proclamará sua morte, e saberemos que nós estamos mortos com ele, e com ele escondida nossa vida. Aparecerá a Cabeça gloriosa e com ela refulgirão os membros glorificados, quando transformar nosso corpo humilhado, configurando-o à glória da Cabeça que é ele mesmo.

Com inteira e segura ambição cobicemos esta glória. Contudo para que nos seja lícito espera-la e aspirar a tão grande felicidade, cumpre-nos desejar com muito empenho a intercessão dos santos. Assim, aquilo que não podemos obter por nós mesmos, seja-nos dado por sua intercessão.


-- Dos sermões de São Bernardo, abade (Século XII).