“A PARTILHA sobre os Pontos Concretos de Esforço não é um exame de consciência, nem a constatação de um sucesso ou de um fracasso, mas uma releitura dos esforços necessários para progredir na vida espiritual”.
(Guia das ENS, 30)
Tendo em vista as dificuldades dos equipistas em relação à Partilha dos PCE, a Super-Região Brasil estimula-nos, no corrente ano, ao estudo aprofundado do Documento “Mística dos PCE e Partilha”. Sendo assim, faremos algumas colocações sobre o assunto, apenas como incentivo para uma leitura mais detalhada e profunda do referido documento.
As ENS nos apresentam três aspectos importantes que estão intimamente ligados entre si e que são vivenciados por nós equipistas (ou deveriam ser) em nossa caminhada de conversão: PARTILHA, AJUDA MÚTUA e VIDA DE EQUIPE.
A PARTILHA é o coração da Reunião de Equipe porque é guiada pelo Espírito Santo e porque é um momento privilegiado de ajuda mútua espiritual.
A PARTILHA resulta da fidelidade ao que somos. É o lugar e o momento em que cada um assume o outro. As ENS agrupam-nos em pequenas comunidades, onde cada um deve se comprometer com o outro, partilhando nosso projeto cristão, realizando assim, um sinal de que a equipe quer ser uma comunidade viva, onde todos estão empenhados na busca da santificação.
Temos necessidade de PARTILHAR para criar e construir a comunidade. Essa comunidade não pode existir somente pelo fato de que um grupo de pessoas se reúne regularmente. A comunidade se cria, mas ela também se destrói...
Ela se cria quando partilhamos nossa vida, quando realizamos juntos uma busca de conversão, quando nos ajudamos, quando colocamos em comum o dom de Deus que recebemos (a vida). Ela se destrói quando não fazemos nada disso, quando nosso encontro é superficial, uma reunião de amigos (apenas).
A Partilha atinge o seu sentido mais profundo quando, em comunidade, se partilha o que se preparou individualmente ou em casal. Para facilitar essa preparação, cada cônjuge, vai respondendo algumas perguntas:
* Como está o meu relacionamento com Deus?
٭ Quanto tempo eu dedico à Escuta da Palavra?
٭ Consigo perceber os apelos que Deus me dirige (na Meditação)?
٭ Que conclusões chegamos em nosso Dever de Sentar-se e que medidas tomamos para realizar essas conclusões?
٭ Como a Oração Conjugal nos ajuda a atingirmos os nossos objetivos de Vida?
٭ Que consequência de tudo isso pode gerar uma Regra de Vida? Eu me esforço para me corrigir?
* Me esforço e me preparo para ir ao Retiro?
A Partilha não é “Co-participação” nem “Oração”, porém está um pouco entre as duas. Tem a dinâmica do pôr em comum e deve ser feita em clima de oração, aproveitando o estado de espírito criado pela oração de cada um. Não se trata de um momento para gracejos, não é momento para ironizar o que o outro fala. Aliás, em nenhum momento da RE deve acontecer esse tipo de atitude. Acima de tudo deve ser um momento de misericórdia, de praticar uma escuta profunda, consciente da presença do Senhor no meio da Equipe que se reúne em Seu Nome. A Partilha é de responsabilidade do CRE.
Esse momento importantíssimo não é um simples ato formal a cumprir, não importa como, só porque faz parte da Reunião Mensal de Equipe; antes de tudo, trata-se de algo completamente diferente: é um exercício de ajuda mútua no seio da equipe, que a torna mais forte, que a ajuda e que a estimula. Nesta caminhada, Deus e os irmãos de Equipe são escutados no íntimo do coração; cada um deve colocar-se no lugar do outro, mostrar compreensão e fazer, se necessário, uma ajuda fraterna, com o respeito e a atenção devidos àqueles que lhes abrem a sua vida espiritual.
A Partilha é, na Reunião Mensal da Equipe, um momento que nos convida à conversão (mudança de atitudes). Para orientar nosso esforço pessoal, a pedagogia das ENS nos indica três atitudes que devemos assumir:
1º - Busca assídua em nos abrirmos ao Amor e à Vontade de Deus; (abrir o coração e deixar Deus agir em nossa vida)
2º - Desenvolver nossa vontade de viver a Verdade; (coerência entre fé e vida)
3º - Aumentar a capacidade de viver o encontro e a comunhão. (viver uma verdadeira comunidade com os irmãos da Equipe – “Vejam como se amam!”)
É muito importante que nós tenhamos sempre em mente essas três atitudes de vida, porque, a partir delas, podemos chegar à santidade. Elas estão na base dos Pontos Concretos de Esforço.
O hábito de “Buscar a Vontade de Deus”, de “Viver a Verdade” e de “Viver o Encontro e a Comunhão” que cada um, pessoalmente e em casal, vai desenvolvendo ao pôr em prática os PCE, completam-se na Partilha, onde, como já dito acima, cada um assume o outro, onde partilhamos nosso relacionamento com Deus. Os PCE são os meios que nos permitem viver essas três atitudes.
A Partilha obriga aqueles que se reúnem em nome de Cristo a revelar a verdade, simplesmente, sem se proteger atrás de mecanismos de defesa, sem buscar desculpas...
Viver a comunhão na Partilha é sair de si mesmo, escutar com a mente e o coração, compreender e respeitar o outro, ir ao seu encontro, responder na verdade e permutar no amor.
Lembremo-nos o que nos disse o Pe. Caffarel, em sua primeira visita ao Brasil, em 1957:
“Vamos para as equipes para nos ajudarmos mutuamente, porque não queremos nunca interromper nossa marcha. Haverá dias em que estaremos desanimados, em que estaremos cansados... é então que teremos o apoio de nossos amigos.
Digamos-lhes: quando eu adormecer, acorda-me! Quando estiver cansado, sustenta-me! Quando eu cair, levanta-me! Há um compromisso de ajudar os meus irmãos de equipe a caminhar, em não deixar para trás aqueles que se desencorajam e se acham cansados. Na montanha todos sobem juntos. Deixar um companheiro no caminho, porque está cansado, é abandoná-lo, é trair o nosso compromisso. É aí que está o valor da “Partilha”. Cuidai muito da Partilha. Se ela não for bem exigente, sob pretexto de discrição, será falta de caridade”.
Queridos irmãos equipistas, não deixemos que a PARTILHA dos PCE se transforme numa prestação de contas, num “fiz e não fiz”... Estudemos com interesse o Documento: Mística dos Pontos Concretos de Esforço e Partilha.
Graça e Juarez – CR Província Leste
(Publicado no "ENFOQUES", informativo da Região Rio IV, Província Leste.
(Guia das ENS, 30)
Tendo em vista as dificuldades dos equipistas em relação à Partilha dos PCE, a Super-Região Brasil estimula-nos, no corrente ano, ao estudo aprofundado do Documento “Mística dos PCE e Partilha”. Sendo assim, faremos algumas colocações sobre o assunto, apenas como incentivo para uma leitura mais detalhada e profunda do referido documento.
As ENS nos apresentam três aspectos importantes que estão intimamente ligados entre si e que são vivenciados por nós equipistas (ou deveriam ser) em nossa caminhada de conversão: PARTILHA, AJUDA MÚTUA e VIDA DE EQUIPE.
A PARTILHA é o coração da Reunião de Equipe porque é guiada pelo Espírito Santo e porque é um momento privilegiado de ajuda mútua espiritual.
A PARTILHA resulta da fidelidade ao que somos. É o lugar e o momento em que cada um assume o outro. As ENS agrupam-nos em pequenas comunidades, onde cada um deve se comprometer com o outro, partilhando nosso projeto cristão, realizando assim, um sinal de que a equipe quer ser uma comunidade viva, onde todos estão empenhados na busca da santificação.
Temos necessidade de PARTILHAR para criar e construir a comunidade. Essa comunidade não pode existir somente pelo fato de que um grupo de pessoas se reúne regularmente. A comunidade se cria, mas ela também se destrói...
Ela se cria quando partilhamos nossa vida, quando realizamos juntos uma busca de conversão, quando nos ajudamos, quando colocamos em comum o dom de Deus que recebemos (a vida). Ela se destrói quando não fazemos nada disso, quando nosso encontro é superficial, uma reunião de amigos (apenas).
A Partilha atinge o seu sentido mais profundo quando, em comunidade, se partilha o que se preparou individualmente ou em casal. Para facilitar essa preparação, cada cônjuge, vai respondendo algumas perguntas:
* Como está o meu relacionamento com Deus?
٭ Quanto tempo eu dedico à Escuta da Palavra?
٭ Consigo perceber os apelos que Deus me dirige (na Meditação)?
٭ Que conclusões chegamos em nosso Dever de Sentar-se e que medidas tomamos para realizar essas conclusões?
٭ Como a Oração Conjugal nos ajuda a atingirmos os nossos objetivos de Vida?
٭ Que consequência de tudo isso pode gerar uma Regra de Vida? Eu me esforço para me corrigir?
* Me esforço e me preparo para ir ao Retiro?
A Partilha não é “Co-participação” nem “Oração”, porém está um pouco entre as duas. Tem a dinâmica do pôr em comum e deve ser feita em clima de oração, aproveitando o estado de espírito criado pela oração de cada um. Não se trata de um momento para gracejos, não é momento para ironizar o que o outro fala. Aliás, em nenhum momento da RE deve acontecer esse tipo de atitude. Acima de tudo deve ser um momento de misericórdia, de praticar uma escuta profunda, consciente da presença do Senhor no meio da Equipe que se reúne em Seu Nome. A Partilha é de responsabilidade do CRE.
Esse momento importantíssimo não é um simples ato formal a cumprir, não importa como, só porque faz parte da Reunião Mensal de Equipe; antes de tudo, trata-se de algo completamente diferente: é um exercício de ajuda mútua no seio da equipe, que a torna mais forte, que a ajuda e que a estimula. Nesta caminhada, Deus e os irmãos de Equipe são escutados no íntimo do coração; cada um deve colocar-se no lugar do outro, mostrar compreensão e fazer, se necessário, uma ajuda fraterna, com o respeito e a atenção devidos àqueles que lhes abrem a sua vida espiritual.
A Partilha é, na Reunião Mensal da Equipe, um momento que nos convida à conversão (mudança de atitudes). Para orientar nosso esforço pessoal, a pedagogia das ENS nos indica três atitudes que devemos assumir:
1º - Busca assídua em nos abrirmos ao Amor e à Vontade de Deus; (abrir o coração e deixar Deus agir em nossa vida)
2º - Desenvolver nossa vontade de viver a Verdade; (coerência entre fé e vida)
3º - Aumentar a capacidade de viver o encontro e a comunhão. (viver uma verdadeira comunidade com os irmãos da Equipe – “Vejam como se amam!”)
É muito importante que nós tenhamos sempre em mente essas três atitudes de vida, porque, a partir delas, podemos chegar à santidade. Elas estão na base dos Pontos Concretos de Esforço.
O hábito de “Buscar a Vontade de Deus”, de “Viver a Verdade” e de “Viver o Encontro e a Comunhão” que cada um, pessoalmente e em casal, vai desenvolvendo ao pôr em prática os PCE, completam-se na Partilha, onde, como já dito acima, cada um assume o outro, onde partilhamos nosso relacionamento com Deus. Os PCE são os meios que nos permitem viver essas três atitudes.
A Partilha obriga aqueles que se reúnem em nome de Cristo a revelar a verdade, simplesmente, sem se proteger atrás de mecanismos de defesa, sem buscar desculpas...
Viver a comunhão na Partilha é sair de si mesmo, escutar com a mente e o coração, compreender e respeitar o outro, ir ao seu encontro, responder na verdade e permutar no amor.
Lembremo-nos o que nos disse o Pe. Caffarel, em sua primeira visita ao Brasil, em 1957:
“Vamos para as equipes para nos ajudarmos mutuamente, porque não queremos nunca interromper nossa marcha. Haverá dias em que estaremos desanimados, em que estaremos cansados... é então que teremos o apoio de nossos amigos.
Digamos-lhes: quando eu adormecer, acorda-me! Quando estiver cansado, sustenta-me! Quando eu cair, levanta-me! Há um compromisso de ajudar os meus irmãos de equipe a caminhar, em não deixar para trás aqueles que se desencorajam e se acham cansados. Na montanha todos sobem juntos. Deixar um companheiro no caminho, porque está cansado, é abandoná-lo, é trair o nosso compromisso. É aí que está o valor da “Partilha”. Cuidai muito da Partilha. Se ela não for bem exigente, sob pretexto de discrição, será falta de caridade”.
Queridos irmãos equipistas, não deixemos que a PARTILHA dos PCE se transforme numa prestação de contas, num “fiz e não fiz”... Estudemos com interesse o Documento: Mística dos Pontos Concretos de Esforço e Partilha.
Graça e Juarez – CR Província Leste
(Publicado no "ENFOQUES", informativo da Região Rio IV, Província Leste.
Um comentário:
Muito boas essas reflexões sobre a partilha.Elas nos incentivam a buscar mais e mais subsídios para que cumpramos com os PCES, não como tarefa a ser cumprida, mas como vivência para a santificação para a qual Padre Caffarel nos encaminhou.
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