(Um movimento caminha para a morte quando seus membros deixam a mentalidade de construtores pela mentalidade de inquilinos)
A fim de participar de um movimento de espiritualidade é necessário aderir-se a ele (entenda-se esta palavra em seu significado pleno). O inquilino de uma casa sente-se em paz uma vez que pagou o aluguel e aproveita o conforto que encontra nela; mas o membro de um movimento não pode se permitir estar instalado tranquilamente.
Não podemos estar em um Movimento, como o inquilino na frente do proprietário, ou do empregado diante do patrão. Nós devemos nos sentir como membros do Movimento, responsáveis por ele, solidários com todos os outros membros.
Nós não podemos nunca estar separados, e é por isso que o movimento se deteriora ou não progride.
Um movimento vivo é um movimento que está sendo construído a cada dia, graças à ação de cada um de seus membros. Cada um, em sua construção, assume uma responsabilidade que lhe é própria, segundo sua vocação, seus recursos, seu tempo, sua generosidade...
Um movimento caminha para a morte quando seus membros deixam a mentalidade de construtores pela mentalidade de inquilinos!
Contribuem vocês, membros da Equipes de Nossa Senhora a edificar o Movimento? Convido a todos a pensar nesta questão. Porque é necessário que nosso Movimento viva e cresça. Desde junho passado sabemos que esse é um desejo, um pedido de Paulo VI: Disse-nos, se recordam? “Que o crescimento das Equipes de Nossa Senhora pode contribuir de uma maneira incomparável para a renovação da Igreja”.
Há muitos modos de trabalhar para o progresso do Movimento.
Eu não lhes falarei hoje daqueles que, com uma generosidade às vezes muito grande, dedicam em posições diferentes um tempo considerável em animar e dirigir o movimento, nem daqueles que se privam de algo para contribuir na construção da “Casa do Movimento”. Senão de todos aqueles que oram, se sacrificam, fazem oferendas espirituais de grande valor. São os grandes construtores do Movimento. A eles se devem os favores de todos os países, da Austrália ao Canadá, do Brasil ao Líbano, os benefícios que lhes proporciona por sua pertença as Equipes.
É necessário que o saibam, é necessário que pensem neles, o nosso movimento não existiria, sem esses trabalhadores discretos, pequenos desconhecidos de todos, porém tão eficazes.
É melhor um exemplo do que muitas palavras.
Outubro 1964. O jovem Maurício V. de Bogotá, Colômbia, de saúde bastante delicada, fica gravemente enfermo. Seus pais escrevem ao casal de ligação francês: Queremos comunicar um exemplo maravilhoso. O casal B, que conhece nossas dificuldades econômicas e os gastos ocasionados pela enfermidade de Maurício, nos ofereceu para pagá-las.
18 de dezembro de 1964. Comunicamos-lhes uma má notícia: nosso filho Maurício está gravemente enfermo. Ele e nós aceitamos a vontade de Deus, e oferecemos todos os nossos sofrimentos pelas Equipes de Nossa Senhora e pelas necessidades da Igreja. Como calcular o quanto tem sido feito por nós pelos casais das equipes na ocasião da enfermidade do nosso filho? Todos se sentiram atingidos por esta enfermidade como se Maurício fosse filho de cada um deles.
08 de fevereiro de 1965. O secretário da Equipe de Coordenação de Bogotá escreve: Conjuntamente os casais responsáveis e os casais da equipe de coordenação foram designados a informá-los para que vocês se apresentem em Lourdes, com seu filho Maurício, às equipes do nosso país. Estamos decididos a não poupar esforços para que este projeto possa se realizar. Uma contribuição anônima e voluntária se organizou em cada equipe, em cada reunião.
Lourdes. Na procissão, quando o Santíssimo Sacramento passa diante de Maurício, sua mãe se inclina em direção a Ele e pede, em voz baixa, que ofereceria todos os seus sofrimentos pelas Equipes de Nossa Senhora.
No aeroporto de Orly, antes de subir no avião, de volta à Colômbia, nossos amigos revelam a quem os haviam acompanhados. “Agora todos os nossos esforços será para fazer de nosso filho Maurício um Santo, pelo crescimento das Equipes de Nossa Senhora na América Latina”.
Bogotá, 19 de junho de 1965. Recaída. Maurício esta manhã ofereceu novamente seus sofrimentos a Deus por todas as Equipes.
01 de outubro de 1965. Os médicos nos disseram que a morte de nosso filho não tardará. Continuamos oferecendo-o a Deus por todas as Equipes e pela Igreja. Estamos orgulhosos de que o Senhor nos ame ao ponto de escolher a Maurício para levá-lo ao céu.
14 de outubro. Maurício morreu às 20h15min, hora em que o Santo Padre, Paulo VI, celebrava a missa em Nova Iorque. Um sentimento de paz e de tranqüilidade inunda nossas almas ante o pensamento de que temos um filho no céu, onde intercederá por nós e pelas Equipes de Nossa Senhora, o que tanto queria.
Fevereiro de 1966
Henri Caffarel
A fim de participar de um movimento de espiritualidade é necessário aderir-se a ele (entenda-se esta palavra em seu significado pleno). O inquilino de uma casa sente-se em paz uma vez que pagou o aluguel e aproveita o conforto que encontra nela; mas o membro de um movimento não pode se permitir estar instalado tranquilamente.
Não podemos estar em um Movimento, como o inquilino na frente do proprietário, ou do empregado diante do patrão. Nós devemos nos sentir como membros do Movimento, responsáveis por ele, solidários com todos os outros membros.
Nós não podemos nunca estar separados, e é por isso que o movimento se deteriora ou não progride.
Um movimento vivo é um movimento que está sendo construído a cada dia, graças à ação de cada um de seus membros. Cada um, em sua construção, assume uma responsabilidade que lhe é própria, segundo sua vocação, seus recursos, seu tempo, sua generosidade...
Um movimento caminha para a morte quando seus membros deixam a mentalidade de construtores pela mentalidade de inquilinos!
Contribuem vocês, membros da Equipes de Nossa Senhora a edificar o Movimento? Convido a todos a pensar nesta questão. Porque é necessário que nosso Movimento viva e cresça. Desde junho passado sabemos que esse é um desejo, um pedido de Paulo VI: Disse-nos, se recordam? “Que o crescimento das Equipes de Nossa Senhora pode contribuir de uma maneira incomparável para a renovação da Igreja”.
Há muitos modos de trabalhar para o progresso do Movimento.
Eu não lhes falarei hoje daqueles que, com uma generosidade às vezes muito grande, dedicam em posições diferentes um tempo considerável em animar e dirigir o movimento, nem daqueles que se privam de algo para contribuir na construção da “Casa do Movimento”. Senão de todos aqueles que oram, se sacrificam, fazem oferendas espirituais de grande valor. São os grandes construtores do Movimento. A eles se devem os favores de todos os países, da Austrália ao Canadá, do Brasil ao Líbano, os benefícios que lhes proporciona por sua pertença as Equipes.
É necessário que o saibam, é necessário que pensem neles, o nosso movimento não existiria, sem esses trabalhadores discretos, pequenos desconhecidos de todos, porém tão eficazes.
É melhor um exemplo do que muitas palavras.
Outubro 1964. O jovem Maurício V. de Bogotá, Colômbia, de saúde bastante delicada, fica gravemente enfermo. Seus pais escrevem ao casal de ligação francês: Queremos comunicar um exemplo maravilhoso. O casal B, que conhece nossas dificuldades econômicas e os gastos ocasionados pela enfermidade de Maurício, nos ofereceu para pagá-las.
18 de dezembro de 1964. Comunicamos-lhes uma má notícia: nosso filho Maurício está gravemente enfermo. Ele e nós aceitamos a vontade de Deus, e oferecemos todos os nossos sofrimentos pelas Equipes de Nossa Senhora e pelas necessidades da Igreja. Como calcular o quanto tem sido feito por nós pelos casais das equipes na ocasião da enfermidade do nosso filho? Todos se sentiram atingidos por esta enfermidade como se Maurício fosse filho de cada um deles.
08 de fevereiro de 1965. O secretário da Equipe de Coordenação de Bogotá escreve: Conjuntamente os casais responsáveis e os casais da equipe de coordenação foram designados a informá-los para que vocês se apresentem em Lourdes, com seu filho Maurício, às equipes do nosso país. Estamos decididos a não poupar esforços para que este projeto possa se realizar. Uma contribuição anônima e voluntária se organizou em cada equipe, em cada reunião.
Lourdes. Na procissão, quando o Santíssimo Sacramento passa diante de Maurício, sua mãe se inclina em direção a Ele e pede, em voz baixa, que ofereceria todos os seus sofrimentos pelas Equipes de Nossa Senhora.
No aeroporto de Orly, antes de subir no avião, de volta à Colômbia, nossos amigos revelam a quem os haviam acompanhados. “Agora todos os nossos esforços será para fazer de nosso filho Maurício um Santo, pelo crescimento das Equipes de Nossa Senhora na América Latina”.
Bogotá, 19 de junho de 1965. Recaída. Maurício esta manhã ofereceu novamente seus sofrimentos a Deus por todas as Equipes.
01 de outubro de 1965. Os médicos nos disseram que a morte de nosso filho não tardará. Continuamos oferecendo-o a Deus por todas as Equipes e pela Igreja. Estamos orgulhosos de que o Senhor nos ame ao ponto de escolher a Maurício para levá-lo ao céu.
14 de outubro. Maurício morreu às 20h15min, hora em que o Santo Padre, Paulo VI, celebrava a missa em Nova Iorque. Um sentimento de paz e de tranqüilidade inunda nossas almas ante o pensamento de que temos um filho no céu, onde intercederá por nós e pelas Equipes de Nossa Senhora, o que tanto queria.
Fevereiro de 1966
Henri Caffarel
Obs: Este texto foi traduzido por mim (Reizinho), com a ajuda da tradução enviada pelo Setor Pederneiras e do dicionário Português-Espanhol. Espero não ter modificado o pensamento do Pe. Caffarel.
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