terça-feira, 29 de abril de 2008

ORAÇÃO CONJUGAL



O primeiro requisito para que haja a oração conjugal é que os cônjuges saibam rezar individualmente. Sem oração pessoal não há oração conjugal.
É preciso preparar-se para a oração. Quando Moisés tem uma experiência de Deus que se manifesta a ele na sarça ardente, Deus manda que Moisés retire as sandálias, pois está em lugar sagrado (Ex 3,1-6). Devemos nos concentrar naquilo que vamos fazer. Muitas vezes dizemos que não temos tempo. Se Deus marcasse um horário conosco (de 6h às 7h da manhã; de 11h às 12h ou de 18h às 19h) poderíamos dizer que não coincide com o nosso horário. Mas Deus está 24h por dia à nossa disposição. Realmente, não há desculpa, se temos fé, se sabemos do amor que Ele tem por nós e se de fato O amamos e se temos consciência de sua presença sempre e em toda parte.
A oração pessoal e conjugal é uma luta. Luta contra Deus (Gn 32,22-30) que não nos atende de imediato, que nos tira o “fervor” dando-nos aridez, que nos testa para ver nossa confiança, humildade, perseverança. Jacó só conseguiu a benção depois de muita luta. É também luta contra nós mesmos, contra o nosso comodismo, nossa preguiça, nossa dispersão, nossa indisciplina quanto ao tempo, etc. Mas sem oração não há vida cristã. Só os corajosos e determinados conseguem se santificar e não se santifica quem não reza.
Os tipos de nossa oração são vários: de louvor e ação de graças (quantas maravilhas Deus realiza por nós, pelos nossos filhos, temos casa, emprego, saúde, fé, ENS, etc.). É preciso louvar e agradecer a Deus por tudo isso; de intercessão (pedir o dom da fé para os nossos filhos e demais familiares, pedir saúde para todos, paz na família, justiça e fraternidade para a sociedade, etc.); de perdão (pedir perdão por humilharmos ou manipularmos o nosso cônjuge, pelas nossas palavras ou atitudes inoportunas com os cônjuges ou os filhos ou os demais, pelas nossas omissões em nosso relacionamento conjugal ou em relação aos filhos, etc.). Pedir perdão a Deus na presença do esposo ou da esposa é sinal de humildade e apelo à misericórdia de Deus e do cônjuge.
Finalmente, além das orações espontâneas, podemos rezar o terço, os salmos (nas características para os quais são indicados – dor, alegria, penitência, confiança em Deus, etc.); livros com sugestões para cada dia do ano; Liturgia das Horas (as horas que forem possíveis) que é recomendada também para os leigos.
A oração sacerdotal de Jesus (Jo 17) é modelo de intimidade com Deus, de pedido de unidade, de co-responsabilidade pelos filhos, etc.
Estas são algumas pistas e reflexões que podem ajudar na tarefa tão difícil quanto necessária da oração conjugal. (Publicado na "Carta Mensal das Equipes de Nossa Senhora e no Informativo "Enfoques" da Região Rio IV)

Pe. José Júlio de Souza
SCE do Setor Lagos – Região Rio IV – Província Leste

"SER PAI, DOM DE DEUS"


Seguramente é mais fácil ser pai de um especial do que falar sobre ser pai, mas aceitando o desafio, quero dividir minha experiência de vida confiada por Deus.
Tornei-me pai quando ainda muito jovem, e de forma diferente da esperada. Ao saber que Thiago era portador da síndrome de Down, o médico falou que tudo ia depender da família: não podíamos tratá-lo de maneira diferente e nem mesmo escondê-lo. Ao meu lado uma mulher firme e determinada, disposta a enfrentar e vencer todos os desafios da vida.
Quando Thiago nasceu eu tinha apenas 26 anos, estava começando a minha vida familiar, não tinha experiência de ser pai.
THIAGO nasceu em 22/04/79, foi um presente maravilhoso que Deus me deu, só que Ele me deu uma pedra bruta para amar, trabalhar e lapidar ao longo da vida. Nunca podia imaginar que essa criança fosse representar tanto na minha vida de pai e de homem. Realmente foi um grande presente.
A alegria de ser pai de Thiago, foi maior do que os preconceitos e as dificuldades que tive de enfrentar.
Mas Deus, no seu infinito amor, não parou por aí. Para nos auxiliar na formação de Thiago, nos deu a graça do nascimento de Matheus. Companheiro, amigo e fiel, um escudeiro do Thiago que soube amar cada gesto de atenção redobrado a ele dedicado, pois entendia ser seu irmão especial, um presente que Deus lhe enviou, antes mesmo que viesse ao mundo.
Vivemos em comunidade de Igreja onde temos muitos amigos, que foram essenciais em minha missão, dando ao Thiago a oportunidade para que outros especiais se abram e conquistem os espaços que Thiago conquistou. Essa é a nossa luta, onde muito nos conforta o apelo da Campanha da Fraternidade: “Levanta-te e vem para o meio”.
Hoje, com o passar dos anos, vejo que Deus confiou a mim uma missão muito importante. Quanta coisa aprendi e pude passar para as pessoas. Fala-se tanto em inclusão e eu fiz sem saber que estava fazendo; quando vejo as propagandas me sinto muito feliz por poder ter contribuído para o crescimento do meu filho.
Sou um homem totalmente realizado como pai, pois a alegria que Thiago trouxe para nossa família foi de grande importância, seu temperamento e sua alegria são características marcantes de sua personalidade.
Como foi e é gratificante olhar para ele e ver que é uma pessoa respeitada, amada, querida por todos e independente. Sei também que a presença de Deus foi muito importante em nossa vida familiar, foi o alicerce, junto com a intercessão de nossa preciosa mãe Maria.
Como podem ver, ser pai não é difícil quando se tem uma família e a presença de Deus.


Roberto da Vanda
Equipe 01- N.S.da Assunção

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Casais Cristãos - Reflexos do Amor de Cristo


Na nossa caminhada de casal cristão, nenhum outro Movimento nos “obrigou” tanto na busca da formação e da oração diária.
Mas, como nos diz Graça e Roberto (Carta Mensal de abril/2007, p.3), Casal Responsável da Super-Região Brasil, “compromisso nas equipes não é obrigação imposta. Nem é convite a ensimesmar-se num grupo de amigos, seduzido pela tentação do isolamento ou sectarismo. Ingressar ou permanecer numa equipe só tem sentido quando o casal busca respostas aos seus anseios de espiritualidade...”
O Pe. Caffarel ao enfatizar a missão da equipes, afirma que: “... creio que as equipes de casais deveriam preocupar-se antes de tudo em ser escolas de santidade, aonde o casal volte regularmente como o Pregador ao seu convento, para se refazer no ambiente fraternal, para buscar novas forças na prece e na meditação, e assegurar-se de que não está sozinho a travar o duro combate”. (O amor e a graça, p.235)
Motivados pelo Carisma do nosso movimento, “A Espiritualidade Conjugal”, já tivemos a oportunidade de participar, neste início de ano, de vários momentos de formação e oração promovidos pelo Setor Lagos. É importante ressaltar, também, a importância da participação do casal equipista nas celebrações e eventos da paróquia de que faz parte, dando seu testemunho de casal cristão ativo, comprometido com a sua comunidade.
Começamos o ano participando de uma missa da comunidade, no dia 26 de janeiro, na intenção da abertura do ano equipista, seguido de uma confraternização na cantina da paróquia..
Em fevereiro, no dia 14, participamos da missa de aniversário do Setor Lagos, celebrada pelo Frei Almir Ribeiro Guimarães, equipista em Petrópolis, e da Adoração Eucarística realizada em seguida, além de uma Noite de Formação no dia 27, com tema próprio para a ENS.
No mês de março, dois importantes eventos em preparação para o tempo quaresmal fizeram parte do nosso calendário. No dia 14, a Via-Sacra realizada na Matriz, com a participação do Diácono Permanente Arildo, e no dia 17, a Celebração Penitencial na Capela de São Pedro, na Gamboa, conduzida pelo Frei Ivo Theiss, Sacerdote Conselheiro Espiritual da Região Rio IV e da Equipe 10 do Setor Lagos.
No mês de abril dois outros eventos já foram realizados. Nos dias 14 e 15, a Sessão de Formação Especial para Equipes Novas, e no dia 25, mais uma Noite de Formação com a participação do Pe.José Júlio, Sacerdote Conselheiro Espiritual do Setor Lagos, que abordou o tema “Oração Conjugal”.
Todos esses momentos de oração e formação têm como objetivo principal conduzir os casais equipistas a melhor viverem a orientação proposta pela Equipe Responsável Internacional para este ano: “Equipes de Nossa Senhora, Comunidades de Casais, Reflexos do Amor de Cristo”.
Esta orientação convida a cada um de nós a respondermos à exortação de Jesus: “Como Eu vos amei, amai-vos também uns aos outros” (Jo 13,34) e, com toda certeza, nos prepara melhor para atuarmos como casais cristãos em nossa paróquia.
Terminamos desejando que a graça da espiritualidade conjugal continue a renovar os corações com o poder da sua mensagem de amor que une, salva e santifica os casais unidos pelo sacramento do matrimônio. (Publicado no Informativo "Sal e Luz"-Paróquia N.S.da Assunção-abril 2007)

Tereza e Reizinho - Casal Responsável da Equipe 01/2008

Equipe 01 - Nossa Senhora da Assunção (Histórico)


Ao assumir a Paróquia de N.S.da Assunção, o Pe. José Julio, que já era equipista em Niterói, começou a formar alguns grupos de casais para estudo de temas relacionados à família.
Ao nos ser pedido que convidássemos alguns casais para formarmos o nosso grupo, logo pensamos nos nossos melhores amigos. Assim, a partir de março de 2002, começamos a nos reunir mensalmente com o nosso pároco, naquela que seria a grande caminhada em busca da santidade conjugal.
Acreditamos que a sua intenção principal já era a de introduzir as ENS em nossa Paróquia, o que veio a acontecer após termos sido convidados por ele para uma reunião de esclarecimentos, em agosto de 2002, com um casal de Niterói, Graça e Juarez, ainda desconhecido para nós, e outros casais, também de Niterói e São Gonçalo, futuros coordenadores da experiência comunitária e, posteriormente, casais pilotos.
Não tínhamos a menor noção do Movimento, mas por sermos casais engajados na vida de Igreja e por acreditarmos na ação do Espírito Santo, iniciamos com fé a nossa caminhada,junto com mais 05 cinco casais, na Experiência Comunitária, a partir de setembro deste mesmo ano, contando com a ajuda de um casal de São Gonçalo, Sueli e Carlos Alberto, que logo conseguiu nos contagiar com o seu amor pelas ENS.
Em 14 de fevereiro de 2003, durante uma reunião de informação, assinamos a ficha de adesão ao Movimento e iniciamos o período denominado de “pilotagem”.
Depois, já como equipistas, recebemos com muita alegria o casal Jane e Jânio, que havia sido pilotado em uma outra equipe e mais tarde Valeska e Josemar, e hoje, juntos, Marizeth e Chico, Vanda e Roberto, Dagá e Júlio (falecido), Raquel e Mosquito, Bárbara e Dokinha (saíram do movimento por questões pessoais), Jane e Jânio, e nós, Tereza e Reizinho, formamos a Equipe Nossa Senhora da Assunção.
Muito nos marcou a participação do Casal Piloto, Sueli e o Diácono Permanente Carlos Alberto, na nossa formação, pois entendemos desde o início o Carisma e a Mística das ENS. Atualmente, com a participação do Pe. José Júlio como SCE, podemos afirmar que melhoramos muito a qualidade do nosso relacionamento conjugal e o nosso sentido de sermos uma comunidade cristã, além de sermos uma comunidade de amigos.
Mesmo sendo uma equipe formada por casais com uma longa história de amizade e profundo conhecimento pessoal, alguns já eram amigos desde a adolescência, e de termos experiências de trabalho conjunto na Paróquia em diversos movimentos e pastorais, podemos afirmar que a nossa união, hoje, é baseada no Amor de Jesus Cristo e na busca comum da Espiritualidade Conjugal.