sexta-feira, 29 de agosto de 2008

A IGREJA MÃE E MESTRA


Afirma São Cipriano: “Ninguém pode ter a Deus por Pai, se não tem a Igreja como mãe" (De cathol. Ecc. Unitate, 6).

Os cristãos recebem da Igreja a Palavra de Deus escrita e os ensinamentos de Cristo por meio dos Apóstolos; recebemos os sacramentos que dão vida; os exemplos de santidade, e o Magistério seguro e infalível nas verdades de fé moral.
A Igreja, além de ensinar com autoridade, pode também impor preceitos a seus membros para ajudá-los a melhor atuar e a santificar-se; estes preceitos são obrigatórios.

O Magistério da Igreja tem competência em matéria moral?
Sim, o Magistério da Igreja tem competência em matéria moral.

O Papa e os Bispos têm este Magistério?
Sim, o Papa e os Bispos têm este Magistério em matéria moral porque, como mestres autênticos, devem pregar ao Povo de Deus a fé que deve ser crida e aplicada nos costumes e às questões morais.

A infalibilidade do Magistério da Igreja se estende também à moral?
Sim, a infalibilidade do Magistério da Igreja também se estende à moral.

Pode a Igreja impor preceitos aos católicos?
Sim, a Igreja pode impor preceitos aos católicos, para ajudá-los a cumprir certos deveres e a santificar-se.

Quais são os principais preceitos da Igreja?
São cinco:

1- Participar da Missa inteira todos os domingos e feriados religiosos de preceito.
2- Confessar os pecados mortais, pelo menos uma vez ao ano, quando for comungar e em perigo de morte.
3- Comungar uma vez ao ano, preferencialmente no tempo pascal.
4- Jejuar e abster-se de comer carne quando pede a Igreja.
5- Contribuir com o sustento da Igreja, na medida das possibilidades de cada um.

Padre Tiago Roney Sanxo.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

ELEIÇÕES 2008



Declaração da CNBB

Nós, Bispos da Igreja Católica no Brasil, reunidos na 46ª Assembléia Geral da CNBB, de 02 a 11 de abril de 2008, em Itaici, Indaiatuba, SP, queremos contribuir, como em pleitos anteriores, com as eleições de 05 de outubro, quando escolheremos o prefeito/a e os vereadores/as dos nossos municípios.
Os cidadãos e as comunidades eclesiais têm aí um amplo campo de atuação. A tradição da Doutrina Social da Igreja considera a participação na política uma forma elevada do exercício da caridade - uma maneira exigente de viver o compromisso cristão a serviço do próximo.
A afirmação do Poder local ganha espaço específico no mundo globalizado. Urge criar, no âmbito municipal, estruturas que consolidem uma autêntica convivência humana, promovendo os cidadãos como reais sujeitos políticos. No município, a política pode atender às necessidades concretas da população: saúde, educação, segurança, transporte, moradia, saneamento básico e outras. O Poder local tem sido ainda mais valorizado através das Redes Intermunicipais pelo intercâmbio de experiências – sinais de esperança no mundo planetário.
O voto depositado na urna exige dos eleitores/as e dos eleitos/as um compromisso com a consolidação da democracia. Os eleitos/as são chamados a concretizar a mística do serviço, na esperança e na perseverança, construindo um mandato coletivo, em busca do bem comum, com a garantia de continuar os projetos positivos da administração anterior. Os eleitores/as são convidados a acompanhar os eleitos/as no cumprimento de sua missão e a valorizar os que atuam com critérios éticos.
A cultura da corrupção perpassa as malhas da nossa história política. A corrupção pessoal e estrutural convive com o atual sistema político brasileiro e vem associada à estrutura econômica que acentua e legitima as desigualdades. É relevante e urgente aplicar com empenho a Lei 9.840, em decorrência da qual já foram cassadas em torno de 600 pessoas. Esta lei ajuda a assegurar a lisura das eleições na campanha eleitoral. Para tanto, queremos valorizar os Comitês contra a corrupção eleitoral. Também apoiamos o Projeto de Lei de iniciativa popular, complemento à Lei 9.840, proibindo candidatura de quem já foi condenado em primeira instância.
A formação política para o cumprimento da missão de prefeito/a e vereador/a exige que a ética seja o farol que oriente os quatro anos de mandato, num contínuo diálogo entre o Poder local e suas comunidades. Estamos todos em processo de contínua educação para a cidadania e o exercício do voto é um dos instrumentos eficazes para as mudanças necessárias para o País.
A Igreja tem como tarefa iluminar as consciências dos cidadãos, despertando as forças espirituais e promovendo os valores sociais, através da pregação e do testemunho. A encíclica Deus Caritas est, retomada no Documento de Aparecida, exorta os cristãos leigos/as a assumir compromisso na política, também partidária. Não corresponde aos Pastores esta tarefa.
Convidamos nossas comunidades a realizar debates e reflexões sobre os programas dos partidos, além das qualidades dos candidatos.
Propomos critérios para a votação: respeito ao pluralismo cultural e religioso; comportamento ético dos candidatos/as; e defesa da vida, da família e da liberdade de iniciativa no campo da educação, da saúde e da ação social, em parceria com as organizações comunitárias. Consideramos qualidades imprescindíveis para os candidatos/as: honestidade, competência, transparência, vontade de servir ao bem comum, comprovada por seu histórico de vida. Para tanto, reafirmamos o Documento de Aparecida ao “apoiar a participação da sociedade civil para reorientação e conseqüente reabilitação ética da política” (n. 406).
Que o Espírito de Deus nos acompanhe na tarefa de ajudar a tornar mais humanos e justos os nossos municípios!

Itaici, Indaiatuba-SP, 9 de abril de 2008

Dom Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo de Mariana
Presidente da CNBB

Dom Luiz Soares Vieira
Arcebispo de Manaus
Vice-Presidente da CNBB
Dom Dimas Lara Barbosa
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro
Secretário-Geral da CNBB

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

"HONRAR PAI E MÃE"






"Pais bonzinhos são tão danosos quanto pais indiferentes: o amor não se compra com presentes, nem fingindo não saber, desviando o olhar quando ele devia estar vigilante"
Se as relações familiares não fossem intrinsecamente complicadas, não existiria o mandamento "Honrarás pai e mãe". Comentário de grande sabedoria. Assunto inesgotável. Como educar, como cuidar neste mundo maravilhoso e tresloucado, com tanta sedução e tanta informação – um mundo no qual, sobretudo na juventude, nem sempre há o necessário discernimento para escolher bem?
Saber distinguir o melhor do pior, ser capaz de observar e argumentar, são o melhor legado que família e escola podem dar. Na família, fica abaixo só do afeto e da segurança emocional. Na escola, importa mais do que o acúmulo de informações e o espaço das brincadeiras, num sistema que aprendeu erroneamente que se deve ensinar como se o aluno não tivesse de aprender. Fora disso, meus caros, não há salvação. Isso e professores supervalorizados e bem pagos, escola para todos – não mais milhões de crianças e jovens em casas cujo pátio é barro misturado a esgoto, ou na rua, com o crack e a prostituição. Um ensino que dê muito e exija bastante: ou caímos na farra e no despreparo para a vida, que inclui graves decisões pessoais e um mercado de trabalho cruel.
Bem antes da escola vem o fundamental, o ambiente em casa, que marca o indivíduo pelo resto de sua jornada. Se esse ambiente for positivo, amoroso, a criança acreditará que amor e harmonia são possíveis, que ela pode ter e construir isso, e fará nesse sentido suas futuras escolhas pessoais. Se o clima for de ressentimento, frieza, mágoas ocultas e desejos negativos, o chão por onde o indivíduo vai caminhar será esburacado. Mais irá tropeçar, mais irá quebrar a cara e escolher para si mesmo o pior.
Dificuldades familiares não têm a ver só com o natural conflito de gerações, mas também com a atitude geral dos pais. Eles têm entre si uma relação de lealdade, carinho, alegria? São realmente interessados, tentam assumir suas responsabilidades grandes e difíceis? Foi-se o patriarcado, em que havia regras rígidas. Eu não quereria estar na pele dos infratores de então, os filhos que ousavam discordar. Em lugar da anterior rigidez e distância, estabeleceu-se a alegre bagunça, com mais demonstrações de afeto, mais liberdade, mais respeito pelas individualidades – muitas vezes com resultados dramáticos. Lembro a frase que já escrevi nesta coluna, do psicólogo que me revelou: "A maior parte dos jovens perturbados que atendo não tem em casa pai e mãe, tem um gatão e uma gatinha". Talvez tenham uma mãe que não troca cabeleireiro e academia por horas de afeto com os filhos, ou um pai que corre atrás do dinheiro necessário para manter a família acima de suas possibilidades, por ilusão sua ou desejo de status de uma mulher frívola.


Crianças de 11 anos freqüentam festinhas em que rola o inenarrável: onde estão pai e mãe? Adolescentezinhos rodam de madrugada pelas ruas, dirigindo bêbados ou drogados: onde estão pai e mãe? Quase crianças passam fins de semana em casas de serra e praia reais ou fictícios, com adultos irresponsáveis ou só entre outras crianças, transando precocemente, drogando-se, engravidando, semeando infelicidade, culpa, desorientação pela vida afora. Onde estão os pais?
Ter filho é talvez a maior fonte de alegria, mas também é ser responsável, ah sim! Nisso sou rigorosa e pouco simpática, eu sei. Esse é o dilema fundamental numa sociedade que prega a liberalidade, o "divirta-se", o "cada um na sua", como num pré-apocalipse. Mais grave ainda num momento em que a honradez de figuras públicas (que deveriam ser nossos guias e modelos) é quase uma extravagância. Pais bonzinhos são tão danosos quanto pais indiferentes: o amor não se compra com presentes, nem permitindo tudo, nem fingindo não saber ou não querendo saber, muito menos desviando o olhar quando ele devia estar vigilante. Quem ama cuida: velho princípio inegável, incontornável e imortal, tantas vezes violado.


Lya Luft é escritora

PUBLICADO NA REVISTA "VEJA", EM 11 DE JUNHO DE 2008.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

15 DE AGOSTO-DIA DE N.S..DA ASSUNÇÃO


HINO À NOSSA SENHORA DA ASUNÇÃO
(Padroeira de Cabo Frio, da Equipe 01-Setor Lagos e da Província Leste)

Virgem Senhora da Assunção
Refúgio dos pecadores
Do alto trono em que estás
Ouvi os nossos clamores

Vós sois a nossa advogada
Neste vale que habitamos
Mandai-nos dos céus as graças
Que humildes suplicamos

Rainha excelsa dos anjos
E do homem escudo forte
Atendei-nos compassiva
Na fatal hora da morte

“NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO, ROGAI POR NÓS”

15 de agosto, dia de Nossa Senhora da Assunção

terça-feira, 5 de agosto de 2008

HOMENAGEM AOS PAIS



A MISSÃO DO PAI

Ser pai é uma vocação. Não importa ser pai de poucos ou de muitos filhos. Vale a vida, a qualidade dos seus atos e o significado dos seus gestos. Importa ser uma presença viva de fé, de esperança, de lealdade.
O pai de família é a melhor referência que Jesus encontrou para nos fazer entender o amor e a inesgotável misericórdia de Deus para conosco: “Se vós, sendo maus, sabeis dar coisas boas para vossos filhos, quanto mais o Pai do céu dará o Espírito Santo àqueles que o pedem!”
E a criança! Se todas as criaturas falam do Senhor e em nome do Senhor, mais que todas fala as crianças a seus pais.
Ouçam esse pai de família meu amigo: “Obrigado, meu pequeno homem. Eu o ajudo a aprender as primeiras noções do catecismo, mas você, a cada instante, é para mim uma palavra viva de Deus. Quando, brincando, eu o coloco de pé sobre a mesa e lhe digo: Salte, você salta rindo a mais não poder. Você sabe a muito bem que vou apanhá-lo no ar! Quando você está deitado, já não são seus risos que eu ouço, mas a voz divina que me diz: Você tem uma fé semelhante à desse pequeno? Que é que você arrisca, que é que você acha que pode arriscar por mim? E no entanto, meus braços são imensamente mais fortes que os seus!...”
Quando, à noite, eu o deixo, você grita: Tenho medo! Você sabe muito bem, no entanto, que estou no quarto ao lado, mas quer minha presença junto de sua cama.
“Obrigado, meu pequeno homem, porque é tão fraco tão desajeitado, por precisar sempre de mim para tudo: para amarrar os calçados, arrumar as rodas do seu carrinho, partir a carne para você. Obrigado por correr, aos gritos de alegria, quando volto para casa. Obrigado pelos seus olhos que brilham quando lhe faço um pequeno presente. Obrigado, obrigado!”
Um pai enfrenta muitos desafios que podem ser importantes, mas nenhum será tão grande quanto o de formar uma pessoa.
É certo que os filhos aprendem mais pelos olhos do que pelos ouvidos. O que entra pelos olhos vai ao coração e fica para a vida.

Pe. H.Caffarel – “Nas encruzilhadas do Amor”, págs. 122-123 (Carta Mensal de Agosto de 2005).
Colaboração de Vanda e Roberto.
ORAÇÃO PELOS PAIS FALECIDOS
Ó Deus que nos mandastes honrar pai e mãe, sede clemente e misericordioso com as almas dos nossos pais. Perdoai-lhes os pecados e compensai-os por tudo de bom que realizaram neste mundo e fazei que possamos um dia reunirmo-nos a eles na alegria da eterna luz.
Amém!