segunda-feira, 27 de setembro de 2010

"CONFLITOS FAMILIARES"




Norma Emiliano
Os conflitos são inerentes ao processo de evolução dos seres humanos.
A relação em família é complexa, pois cada ser humano é singular em relação a sua história, temperamento, idade, composição genética, etc.. No jogo relacional há alianças e luta pelo poder.
Nos diversos relacionamentos, as diferenças individuais quanto às percepções e necessidades emergem, pois cada pessoa forma a sua própria percepção e tem necessidades num determinado momento. Essas diferenças no contexto relacional tornam-se as bases dos conflitos.
As diferenças, comumente, não são percebidas como oportunidades de enriquecimento e acabam sendo usadas de modo destrutivo. Assim, a diferença que leva a um conflito de interesse (discordância) é percebida como insulto e/ou desamor.
O casal ao interagir com os filhos influência na construção de suas identidades, bem como transmite-lhes modelos de relacionamento que serão levados para todas as áreas de suas vidas: amizade, profissional, amor, etc.
É vital ao bom ambiente familiar que o casal possua uma forte aliança, saiba lidar com seus conflitos, colabore entre si e satisfaça necessidades mútuas. Por outro lado, é importante também que em suas funções de pais, exista apoio à autoridade de cada um dos cônjuges com relação aos filhos.
Pode-se encontrar em qualquer relacionamento permanente, seja ele conjugal, entre pais e filhos, a família como um todo, ou relacionamento da família com outros sistemas sociais, formas de conflitos submersos, não resolvidos. Esse tipo de conflito pode acarretar distância emocional, disfunção física ou psicológica, ou envolvimento em uma aventura amorosa.
Quando há questões mal resolvidas entre o casal, uma ou mais crianças se envolvem no conflito marital, com a função de distrair os pais do conflito. Essa criança fica muito próxima de um ou ambos os pais, e as fronteiras entre as gerações são rompidas. Há uma excessiva dependência mútua e a autonomia da criança e dos pais torna-se limitada.
A falta de comunicação, somada à dificuldade para resolver problemas em conjunto são fatores negativos na criação dos filhos. As divergências dos pais, veladas ou abertas, em relação à educação dos filhos, os deixam confusos e, com freqüência, as crianças usam de manipulações, jogando os pais um contra o outro.
Os conflitos tornam–se mais fáceis de serem enfrentados quando ambos os parceiros compreendem as questões e suas origens. Para tal é necessário cada um entender e aceitar os seus próprios medos, valores, expectativas e proteções e também as do parceiro. Torna-se necessário ter clareza da ligação entre o presente e o passado. A percepção desta conexão possibilita que não se fique apenas repetindo padrões relacionais antigos, ou seja, dando respostas antigas a situações novas, levando para o casamento e para a nova família uma repetição do relacionamento anterior com os seus próprios pais.
Os relacionamentos adultos transferem, quase sem alterações, as características de disputas de poder entre pais e filhos, que cada um dos parceiros anteriormente tivera. Por exemplo, na luta pelo poder, pode-se observar que a mãe, normalmente é a detentora do controle no dia-a-dia; assim, tanto as meninas quanto os meninos podem resistir a isso. Quando adultas, as mulheres podem assumir esse mesmo papel, enquanto os homens transferem resistência às suas mulheres. Nesta luta pelo poder geram-se conflitos. Uma crise séria pode ser o ponto de partida para interromperr esse círculo vicioso. Mas uma estratégia duradoura é poder enfrentar os fantasmas do passado.

Veja mais artigos sobre relacionamento familiar no Portal da Família

Norma Emiliano é Terapeuta Individual, Casal e Família, e Assistente Social, e mantém a homepage Pensando em Família.
( http://www.pensandoemfamilia.com.br)
Publicado no Portal da Família em 05/10/2008

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

"Encontros Provínciais" (datas)

Província Leste - 15 a 17 de outubro
Província Sul II - 15 a 17 de outubro
Província Nordeste - 22 a 24 de outubro
Província Sul I - 05 a 07 de novembro
Província Sul III - 05 a 07 de novembro
Província Norte - 05 a 07 de novembro
Província Centro-Oeste - 05 a 07 de novembro

terça-feira, 21 de setembro de 2010

"Quero papai e mamãe em casa!"


Escrito por: Maria Luisa Estrada de Vélez.
Autora do Programa Protege tu Corazón.
Traduzido e adaptado por: Dora Porto.

Qualidade ou quantidade? O que querem os filhos?
Será possível? Em apenas 49 minutos???
Assistir um filme, assistir a uma aula, fazer um pouco de exercício, tomar um café e ler o jornal, arrumar-se para sair, comer, jantar, entrar no Facebook ou algum Chat?
A duras penas...
Pois bem, este é o tempo que as famílias inglesas conseguem estar reunidas a cada dia segundo uma pesquisa realizada por ocasião da National Family Week ente 3.000 pais e 1.000 filhos.
75% dos pais ingleses valorizam a convivência familiar frente a 4% que diz que o mais importante em suas vidas é o dinheiro. No entanto 20% atribui o escasso tempo ao stress, outros 32% ao horário de trabalho e 36% à prioridade de ganhar mais dinheiro.
No programa Protege tu Corazón damos uma sessão chamada “ Minha família oportunidade para crescer” para alunos entre 10 e 13 anos de idade. Depois de descrever os fatores que mantém uma família unida, propõe-se aos adolescentes a pensar: Quanto tempo passamos juntos? Cada aluno avalia os minutos ou horas que passa por dia conversando, brincando, vendo TV, lendo, passeando com sua mãe ou seu pai, fazendo algo com seus irmãos se os tem.
Em geral levam um bom tempo para respondê-lo e surgem comentários como: “ com meu pai nunca estou, porque não mora conosco”, ou “ meu pai viaja muito”, ou “ minha mãe trabalha o dia inteiro e eu a vejo pouco”, etc. Numa ocasião uma menina disse: “ eu vejo meu pai 23 segundos por dia e explicou: quando ele chega em casa costuma já estar deitada, então ele chega à porta do quarto, me olha, arruma minhas cobertas e logo se vai. Eu fingindo estar dormindo contabilizei: 23 segundos!!!”
Quantidade ou qualidade?
60% dos pais pesquisados considera que dar aos filhos tempo de boa qualidade está unido a gastar dinheiro. Desse modo muitos justificam o trabalho duro para depois fazer uma viagem, ou passar um dia completo num grande Parque de diversões. O curioso é que 2 em cada 3 crianças prefere estar mais tempo com seus pais mas em casa,do que fazer algo extraordinário. A eterna discussão se é melhor a qualidade que a quantidade, para essas crianças está clara. Querem papai e mamãe em casa, todos os dia, não como uma evento especial e esporádico.
Kim Clark que foi Decano da Escola de Negócios de Harvard dizia aos seus alunos recém formados: “ Nenhum sucesso nos negócios compensa as falhas com suas família. O trabalho mais importante vocês farão dentro dos muros de seus lares. Meu principal conselho é que invistam primeiro na família”.
Vale a pena reconsiderar as coisas. Determinar uma hora para sair do trabalho, e estabelecer prioridades. Dinheiro para comprar coisas para os filhos? Melhor é arrumar tempo para estar com eles. As coisas passam, perdem-se, se gastam, mas as lembranças vividas juntos a seus pais ficam gravadas para sempre.
Pessoalmente lembro-me de meus pais lendo, fazendo escultura, pintando, escutando música, organizando a biblioteca. Nos fins de semana aprendíamos a fazer pipas, ou uns cintos de couro que fazíamos com eles. Compravam os materiais e nos ensinavam com paciência enquanto nos divertíamos. Estar aí era o segredo e a alegria dos filhos!
A presença em casa implica estar disponíveis, ainda que ao mesmo tempo se possa fazer alguma atividade. Não é incompatível. Ler um livro, consertar alguma coisa, trocar uma lâmpada, preparar o almoço, conversar sobre os acontecimentos diários, comer juntos, ajudar os filhos numa tarefa, ver um programa de TV juntos. Não significa fazer coisas especiais a cada dia. É o o dia a dia o que mais preenche e o que deixa uma marca na formação do caráter dos filhos. Há muitas atividades que não requerem dinheiro, mas, se requer vencer um pouco o comodismo pessoal em favor da família.
Os filhos nos estão recordando: queremos papai e mamãe em casa todos os dias!

Enviado por Dom Bento Albertin,OSB

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Retiro Anual-Setor Lagos 2010

(Clique em cima da foto para visualizar todo o álbum)


Retiro Anual do Setor Lagos-2010

De forma bastante criativa, mas com muita profundidade, Dom Bento de Lyra Albertin, OSB, abordou o Tema de Estudo deste ano, “Casamento, Sacramento do dia a dia”, proposto para o Retiro Anual do Setor Lagos, realizado no final de semana passado, dias 11 e 12 de setembro, no Hotel Vilarejo Praia, na cidade de Rio das Ostras, próxima a Cabo Frio.
Discorreu sobre o assunto utilizando-se do livro, “O Pequeno Príncipe”, do autor Antoine de Saint Exupéry, levando os casais a refletirem sobre a vida conjugal, mostrando-nos a necessidade de tolerarmos “pacientissimamente”, como dizia São Bento, nossas fraquezas, quer do corpo quer do caráter, aceitando o outro como ele é, e não como gostaríamos. Falou-nos sobre a necessidade de cativar, criar laços com o outro, e deu-nos o segredo para vencermos as dificuldades diárias, como a falta de diálogo, a falta de tempo e a falta de afeto e gratidão: “Viver os PCE’s.”
Além das pregações, divididas em três Conferências, participamos de momentos de grande espiritualidade nas celebrações e orações por ele conduzidas.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

"RETIRO ANUAL" (Formação)


FORMAÇÃO (Retiro Anual)

Evangelho segundo S. Lucas 6,12-19.

Naqueles dias, Jesus foi para o monte fazer oração e passou a noite a orar a Deus. Quando nasceu o dia, convocou os discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de Apóstolos: Simão, a quem chamou Pedro, e André, seu irmão; Tiago, João, Filipe e Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado o Zelote; Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, que veio a ser o traidor.
Descendo com eles, deteve-se num sítio plano, juntamente com numerosos discípulos e uma grande multidão de toda a Judeia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e de Sídon, que acorrera para o ouvir e ser curada dos seus males. Os que eram atormentados por espíritos malignos ficavam curados; e toda a multidão procurava tocar-lhe, pois emanava dele uma força que a todos curava.

«Jesus foi para o monte fazer oração e passou a noite a orar a Deus»

Os contemplativos e os ascetas de todos os tempos e de todas as religiões sempre procuraram a Deus no silêncio, na solidão dos desertos, das florestas, das montanhas. O próprio Jesus viveu quarenta dias em absoluta solidão, passando longas horas num coração a coração com o Pai, no silêncio da noite.
Nós próprios somos chamados a retirar-nos a espaços para um silêncio mais profundo, para um isolamento com Deus; a estar a sós com Ele, não com os nossos livros, os nossos pensamentos, as nossas recordações, mas num despojamento perfeito; a permanecer na Sua presença – silenciosos, vazios, imóveis, expectantes.
Não podemos encontrar a Deus no barulho, na agitação. Veja-se na natureza: as árvores, as flores e a erva dos campos crescem em silêncio; as estrelas, a lua, o sol movem-se em silêncio. O essencial não é o que possamos dizer mas o que Deus nos diz e o que Ele diz a outros através de nós. Ele escuta-nos no silêncio; no silêncio fala às nossas almas. No silêncio é-nos dado o privilégio de escutar a Sua voz:

Silêncio dos nossos olhos.
Silêncio dos nossos ouvidos.
Silêncio das nossas bocas.
Silêncio dos nossos espíritos.
No silêncio do coração, Deus falará.

Comentário ao Evangelho feito por :
Bem-aventurada Teresa de Calcutá (1910-1997), Fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

"Setembro - Mês da Bíblia"


Testamento de amor!

Nela, vamos encontrar os desejos e as intenções de Deus para conosco
"Não só de pão vive o homem, mas de toda Palavra que procede da boca de Deus" (Mateus 4,4).

A "Bíblia é o Livro dos livros. É a obra mais conhecida em todo o planeta. Também conta com o maior número de traduções dentre todas as obras existentes e está presente no maior número de nações. No entanto, nem sempre nos relacionamos com ela do jeito mais ideal. Estamos no início do mês de setembro, o conhecido e celebrado Mês da Bíblia. É mais uma oportunidade para examinarmos nossa vida e vermos qual é o valor que estamos dando a este livro tão especial e tão importante para todos os que seguem a Jesus, como Caminho, Verdade e Vida.

Bíblia: Testamento de amor!
Este livro é um verdadeiro testamento. E o que é um testamento? É uma carta na qual se colocam as coisas mais íntimas, mais sinceras e mais profundas. É onde se fala com o coração e são relatados os "últimos" desejos de alguém. É onde o pai "divide" os bens entre os filhos e amigos. É o meio pelo qual nós fazemos pedidos e recomendações.

A Bíblia é o Testamento de Amor, a Carta de Amor que Deus Pai deixou para toda a humanidade. É nela que nós vamos encontrar os desejos e as intenções de Deus para conosco. É nela que podemos encontrar as recomendações e os tesouros que Deus tem para nos oferecer. Se nós não abrirmos a ela e não lermos esta "Carta de Amor", não ficaremos sabendo da amizade íntima que Deus quer ter conosco "desde o nascer ao pôr-do-sol".

Pedindo sempre a luz do Espírito Santo e vencendo toda e qualquer preguiça, busquemos ler com fé o Livro Sagrado. E a cada letra, a cada palavra, vamos perceber e ouvir a Voz de Deus que fala ao nosso coração. Nenhuma pessoa consegue sobreviver sem "arroz e feijão", ou seja, sem alimento. Da mesma forma que nenhum seguidor do Senhor consegue viver sem o Alimento da Palavra. Quanto mais intimidade tivermos com ela, tanto mais intimidade teremos com o próprio Senhor. E aí veremos as graças acontecerem como verdadeiros rios de Água Viva, porque a Bíblia é o grande, único e verdadeiro Testamento de Amor.
Fonte: Canção Nova