terça-feira, 22 de junho de 2010

"NOSSO DEUS É RESTAURADOR"


Na parábola do “Bom Samaritano”, ouvimos Jesus contar a história de um homem que andava sozinho pelos caminhos e foi assaltado, maltratado, deixado caído, quase morto. Quantas vezes nós também andamos sós e caímos, desanimamos, permitindo que os obstáculos e as dificuldades nos maltratem e nos levem a perder a vida (a água viva) que é o próprio Cristo. Será que é isso que Deus quer que nos aconteça?
Não! Deus não quer que nós caiamos no meio do caminho. Uma vez que isso aconteça Ele pode até, ficar triste, nos repreender, mas não irá nos abandonar. Deus é restaurador! Todo aquele que quer se levantar pode contar com a sua ajuda, porque Ele sempre enviará alguém para nos erguer, para nos motivar a perseverar na caminhada. É assim que Deus age conosco. É assim que Deus espera que ajamos com o “ferido”, ou seja, com o nosso próximo, seja ele nosso cônjuge ou nosso irmão de equipe.
O samaritano teve compaixão daquele homem caído, tratou suas feridas e aplicou o remédio necessário. Mas o homem ainda não tinha forças para andar. Restauração não acontece da noite para o dia. Restauração é um processo. O samaritano colocou-o sobre a sua própria montaria e levou-o para um lugar seguro onde poderia ser mais bem tratado.
Assim também é nosso próximo. Muitas vezes precisará ser “carregado” até que possa voltar a caminhar sozinho.
O Movimento das Equipes de Nossa Senhora possui um momento em sua reunião mensal que nos remete à Parábola do Bom Samaritano. É o momento em que somos convidados a partilhar com nossos irmãos de equipe nossa vivência dos Pontos Concretos de Esforço durante o mês que passou. Quantas vezes somos “assaltados” pela preguiça, pelo comodismo, pela falta de tempo, pelas festas, pelos aborrecimentos conjugais e caímos no caminho, ficamos fracos e não vivemos os PCE. É o momento de pedir ajuda aos nossos irmãos. É o momento da restauração.
Mas, para que a “Partilha” seja realmente o tempo forte do auxílio mútuo e, em particular, do auxílio mútuo espiritual, é preciso ir mais longe. Nós pedimos o apoio dos casais de nossa equipe e nós lhes oferecemos o nosso: assumimos assim, reciprocamente, o encargo uns dos outros. Pomos em comum nossas experiências, recebemos e damos. Este auxílio mútuo se traduz por conselhos, sugestões, encorajamentos, até mesmo, por vezes, por chamados exigentes à ordem. A Partilha exige, portanto, a presença e participação interessada dos casais.
Além disso, o Movimento nos convida à “Caridade Fraterna”.
“Conhecer e dar-se a conhecer”- sem conhecer os outros é impossível amá-los e, consequentemente, ajudá-los com eficácia. Fazer-se conhecer é dom de si, muito diferente do que falar de si.
“Dar e pedir”- dar amor, dar paciência, dar um coração compreensivo e um ouvido atento para escutar sempre que necessário. Pedir orientação, um conselho, um serviço material ou espiritual.
“Querer o bem comum”- fazer passar o bem do outro antes do próprio bem é a lei do amor fraterno. Fazer passar o bem da equipe antes de tudo é a lei do bem comum. A vida de equipe exige muitas vezes que sacrifiquemos gostos, vontades, preferências pessoais.
Em nosso caminhar de cristão e de equipista, a todo o momento poderemos estar vivendo a parábola do Bom Samaritano. Ajudando ou sendo ajudados!

O plano de Deus é que ninguém se perca no caminho.
Que Deus, pela intercessão de Nossa Senhora,
nos use para a realização deste projeto de amor.

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