quarta-feira, 19 de outubro de 2011

DOMINGO DE FORMAÇÃO



Neste domingo, dia 16/10/2011, nós, casais das Equipes de Nossa Senhora do Setor Lagos, em meio ao já habitual clima de confraternização, estivemos reunidos para mais um dia de formação, cujo tema foi “Vida de Equipe”, no qual tivemos como palestrantes o casal responsável pela Região Rio IV, Tereza e Reizinho, da Equipe 1 de Nossa Senhora da Assunção, do Setor Lagos, que apresentou o tema “Reunião de Equipe”, o casal responsável pela Província Leste, Graça e Juarez, da Equipe 1 de Nossa Senhora Aparecida, do Setor “B” de São Gonçalo, que apresentou o tema “Partilha e co-participação”, e na oportunidade ambos os casais contribuíram com valiosas informações para as nossas equipes.
Dando prosseguimento ao nosso dia de formação, o querido Sacerdote Conselheiro da Região Rio IV, o Padre João Luiz, como já é do seu costume, nos presenteou com uma maravilhosa palestra sobre o tema “Oração”, que iniciou com uma citação de Santo Afonso de Ligório, que dizia: “Quem ora se salva. Quem não ora condena-se.”
Em seguida o Padre João Luiz lembrou que a nossa vocação batismal é estar com Jesus, e ressaltando a grande importância que Jesus dava à oração, citou como exemplo a passagem do Evangelho de São Marcos (3, 13-15), quando Jesus subiu ao monte, passou a noite inteira em oração e só então chamou os discípulos e escolheu os 12 a quem chamou Apóstolos, para ficarem em sua companhia, e somente depois Ele os enviaria a pregar.
O Padre João ressaltou que toda a eficácia da nossa vida espiritual depende de exercitarmos o AMOR INCONDICIONAL através dos três modos de estarmos com Jesus, que são os seguintes:
1º - A FÉ, cuja definição constante na Carta aos Hebreus é “caminhar vendo o invisível”.
2º - A ORAÇÃO, que é querer estar com Deus (Contemplação).
3º - TESTEMUNHO DE CARIDADE, que é saber ver Cristo no outro. E citou o Evangelho de São Mateus (25,40): “Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes”.
Disse ainda o Padre João Luiz, que a falta de amor acaba com a nossa vida de oração. E neste momento, nos exortou a refletirmos sobre a parábola do filho pródigo: “Imaginemos se o filho pródigo fosse recebido na entrada da propriedade pelo filho mais velho e não pelo seu pai. Ele ouviria: Volte! Você foi estúpido e irresponsável ao gastar toda a herança do nosso pai. E se o pai não tivesse a coragem de amar sem limites, diria ao filho pródigo: Não seria justo com o seu irmão, e poderia magoá-lo se o recebesse de volta.” E para ilustrar, nos surpreendeu com a assertiva de que o filho mais velho, além de não ter amor, mentiu ao seu pai quando disse que ele jamais lhe dera um cabrito para festejar com os seus amigos, porque quando o seu irmão pediu a sua parte na herança, o pai dividiu entre eles os seus haveres (São Lucas, 15,29).
Demonstrando com grande carisma que ainda tinha muito mais a nos oferecer, o Padre João Luiz, então, nos fez refletir sobre um adjetivo terrível para o cristão, uma atitude que enfraquece o espírito e destrói a oração, uma doença chamada TIBIEZA, que também é conhecida como a doença dos bons. A tibieza é uma armadilha do diabo que mina o nosso esforço e nos afasta do combate da vida cristã, e o que é pior, atinge a todos, sejam leigos, sacerdotes ou bispos. Exemplificou que a tibieza pode se manifestar num cristão que é até cumpridor de seus deveres, que vai à missa aos domingos e em dias de preceito, ou também num equipista que vai às reuniões, responde aos temas de estudo e cumpre regularmente os PCE’s, mas não o faz com amor. De nada adianta caminharmos com Jesus e não sermos capazes de amar o nosso irmão e não darmos testemunho de caridade. Na parábola do filho pródigo, por exemplo, a tibieza atingiu o filho mais velho.
Durante a Santa Ceia, quando o diabo já havia colocado no coração de Judas a intenção de trair Jesus por 30 moedas de prata, o preço de um escravo barato, que não servia para nada, ordinário, que só serviria para limpar as latrinas e lavar os pés de seu patrão, Jesus tirou a toalha da mesa e passou a lavar os pés dos apóstolos, atitude que na concepção de Pedro, Jesus não poderia ter porque era muito humilhante, e acabou sendo severamente repreendido por sua tibieza, afirmando Jesus que em pouco tempo ele o negaria três vezes.
Quando Jesus, em sua Paixão, amargurado, chamou os Apóstolos para subirem com Ele o monte para orarem, enquanto Jesus rezava, eles caíram no sono, em mais uma demonstração de tibieza.
Certamente nós rezaremos melhor se colocarmos o coração na oração e tivermos testemunho de caridade. Se nós rezamos mecanicamente e não meditamos com amor na oração, nós também praticamos a tibieza.
O Padre João Luiz para corroborar tudo o que vinha dizendo acerca da tibieza, sugeriu-nos para meditação a Carta à Comunidade (tíbia) da Laodicéia (Ap. 3.14,22):“Ao anjo da igreja de Laodicéia, escreve: Eis o que diz o Amém, a Testemunha fiel e verdadeira, o Princípio da criação de Deus.
Conheço as tuas obras: não és nem frio nem quente. Oxalá fosses frio ou quente!
Mas, como és morno, nem frio nem quente, vou vomitar-te.
Pois dizes: Sou rico, faço bons negócios, de nada necessito - e não sabes que és infeliz, miserável, pobre, cego e nu.
Aconselho-te que compres de mim ouro provado ao fogo, para ficares rico; roupas alvas para te vestires, a fim de que não apareça a vergonha de tua nudez; e um colírio para ungir os olhos, de modo que possas ver claro.
Pois dizes: Sou rico, faço bons negócios, de nada necessito - e não sabes que és infeliz, miserável, pobre, cego e nu.
Aconselho-te que compres de mim ouro provado ao fogo, para ficares rico; roupas alvas para te vestires, a fim de que não apareça a vergonha de tua nudez; e um colírio para ungir os olhos, de modo que possas ver claro.
Eu repreendo e castigo aqueles que amo. Reanima, pois, o teu zelo e arrepende-te.
Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e me abrir a porta, entrarei em sua casa e cearemos, eu com ele e ele comigo.
Ao vencedor concederei assentar-se comigo no meu trono, assim como eu venci e me assentei com meu Pai no seu trono.
Quem tiver ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”.
Quase ao final de sua maravilhosa palestra, em que nos manteve motivados todo o tempo com a sua simpatia, segurança e conhecimento teológico, o Padre João Luiz fez a seguinte exortação: “Volta ao fervor, recobra o teu primeiro amor!”, e depois nos advertiu que oração fervorosa não é sentimentalismo. Lembrou-nos, ainda, à respeito da oração, que Santa Tereza D’Ávila viveu por 30 anos em verdadeira aridez espiritual, porque não conseguia sentir a presença de Deus, até que tivesse um encontro com Deus em sua oração. Já num clima de bate papo, antes do encerramento, o Padre João Luiz mencionou como exemplo de fé e de amor, a passagem em que Jesus se prontificou a ir à casa do Centurião para ver o seu filho, e o Centurião disse que ele não era digno de recebê-lo em sua casa, mas que acreditava em seu poder de curar o seu filho mesmo que a distância. Aconselhou-nos a oferecermos a Deus, com amor, o nosso dia, porque esta já é uma boa maneira de rezarmos.
O Padre João Luiz concluiu a sua palestra com seguinte reflexão, para que jamais nos esqueçamos da importância da oração: “Ao vencedor, ao que permanecer fiel ao amor até o fim, na fé, na ORAÇÃO, vai se sentar comigo na Glória.”


Matéria compartilhada por Rubens José (Eq. 12) e Eduardo (Eq. 11).
Reproduzido do blog da EQUIPE12 - NOSSA SENHORA DO CARMO (Setor Lagos - Região Rio IV - Província Leste - Super Região Brasil) http://equipe12ens.blogspot.com






Abaixo, fotos do evento.










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