terça-feira, 17 de dezembro de 2013

RELACIONAMENTO CONJUGAL


O relacionamento conjugal entre homem e mulher é o mais estreito e, por isso mesmo, o mais difícil e desafiador. O roçar-se contínuo facilmente se transforma em atrito, que pode até esfolar. Se um não falar, o outro talvez nem desconfie que está ferindo e magoando. Reclamar faz parte da comunicação, da solução e da cura, é também forma de amor e de confiança. Principalmente se a reclamação tomar a forma de pedido e de oferta de ajuda.

O parceiro conjugal precida de elogios para saber que está sendo apreciado, e não apenas procedendo e fazendo objetivamente bem. Sua opinião é importante para ele. Fale, elogie, mostre apreço sincero. Mas também saiba censurar, dizer que ele não está certo, que você não gostou. Isso também é amor e partilha de vida.

A alegria, partilhada e explicitada em palavras no diálogo, torna-se mais intensa. Falar sobre as dores e dificuldades, chorar enganos e desenganos, feridas e derrotas é o melhor jeito para consolar e consolar-se.

O amor nada ensina, se não ensina a perdoar. O casal ainda não é casal, se não aprendeu a perdoar, sempre, tudo. E o perdão somente cura o devedor e tranquiliza quem perdoa quando falado e partilhado nas confidências do diálogo.

É. Parece que o diálogo não é nem obrigação nem remédio para o casal. O casamento é diálogo. Mas para que não se torne repetitivo, rotineiro, para que não se torne diálogo que, de tão informal, já nem prende a atenção, o casal precisa recorrer ao diálogo sistemático, programado. Não para substituir o diálogo espontâneo, mas para enriquecê-lo e fazer ainda mais espontâneo, enquanto mais nascido de amor maior.


(Pe. Cavalca - Casal em Diálogo)

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