quarta-feira, 18 de junho de 2008

CONSTRUTORES OU INQUILINOS

(Ester e Renato- CRRio IV, Tereza-CRSLagos, Josefina e Roque-na época CRPLeste,Graça e Roberto-CRSRBrasil e Reizinho-CRSLagos)
(Encontro Provincial 2006)
Amados irmãos:
O tema Testemunhas a serviço dos casais continua repercutindo positivamente. Alinhamos entre os motivos a sua sintonia com o atual momento da Igreja latino-americana. A Conferência de Aparecida manifestou a necessidade e o desejo da Igreja em renovar-se, revitalizando a novidade do Evangelho, tão intimamente ligado à nossa história. Para tal, todos os batizados são conclamados a serem discípulos missionários de Jesus Cristo, construtores do Seu Reino.
Em reforço à importância da missão para nós equipistas, lembramos um trecho do artigo Construtores ou inquilinos do Padre Caffarel. O inquilino de um imóvel, diz ele, pode sentir-se em paz e usufruir tranqüilamente a comodidade que este lhe oferece, pelo simples fato de pagar o aluguel que lhe corresponde. Mas, a um membro de um movimento de espiritualidade jamais será permitido que ele permaneça simplesmente instalado.
Em outro momento, o Padre Caffarel é ainda mais incisivo: “Um Movimento se dirige para a morte quando seus membros deixam a mentalidade de construtores por uma mentalidade de inquilinos.”
As Equipes nasceram do anseio por uma vida cristã plena. Seus Estatutos, lançados em 1947, anunciavam em suas Razões de Ser que os casais equipistas queriam ser missionários de Cristo por toda a parte. Desde lá, o espírito que orienta o método do Movimento exige dos quadros um esforço permanente para mantê-lo ao serviço da santidade dos casais e, por conseqüência, da sua irradiação apostólica.
No cerne dessa busca está a consciência da missão da Igreja e a necessidade de revigorar a vivência da espiritualidade conjugal que desabrocha no compromisso missionário do amor conjugal.
O tema de 2008 retoma esses anseios. Quer desinstalar-nos. Renova o desejo do Padre Caffarel de que “cada equipe deveria ser um viveiro de apóstolos”, para que o Movimento se transforme em fermento de renovação espiritual da Igreja (cf. Mt 13,33). Sem isso, ele será substituído por um outro que atenda esse desafio.
O tema ainda nos impele a um apostolado mais intenso e audacio­so. Quer que sejamos protagonistas da esperança para jovens casais. Quer que os ajudemos a viver o amor conjugal alicerçado numa espiritualidade que os leve a viver a graça de serem filhos de Deus.
Diante disso, parafraseamos o nosso fundador, perguntando: “E vós, sois construtores ou inquilinos?”
Que a nossa resposta seja como a de Maria: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo tua palavra (Lc 1,38).n
Graça e Roberto, CRSR

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