quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

"FELIZ ANO NOVO"


HAPPY NEW YEAR
FELIZ AÑO NUEVO
FELICE ANNO NUOVO
DAS FROHE NEUE JAHR
HEUREUSE ANNÉE NOUVELLE
GELUKKIG NIEUW JAAR
明けましておめでとう
С НОВЫМ ГОДОМ
새해 복 많이 받으세요
ΚΑΛΗ ΧΡΟΝΙΆ
新年好
GODT NYTÅR
BOLDOG ÚJ ÉVET
ONNELLISTA UUTTA VUOTTA
Athbhliain faoi Shéan
Blwyddyn Newydd Dda
عيد رأس السنة
ŠŤASTNÝ NOVÝ ROK
سال نو مبارک
GOTT NYTT ÅR
สวัสดี ปี ใหม่
גליקלעכן נייעם יאָר
"L 'shana Tova -- Ketivá ve-chatimá Tová

"ORAÇÃO PARA O COMEÇO DO ANO-2010"

A vida passa depressa, Senhor,
o tempo corre veloz.
Os dias sucedem-se ininterruptamente.
A vida é cada vez mais agitada.
Não há tempo para mais nada.
É preciso correr para acompanhar.
Mas hoje queremos parar um instante
para falar convosco, Senhor,
pois um ano novo
é uma etapa nova que começa.
Hoje os nossos pensamentos
são de gratidão:
seria difícil enumerar os benefícios
recebidos até o dia de hoje.
Queremos também pedir perdão,
pois nem sempre levamos a vida a sério.
Muitas vezes deixamos de cumprir
as nossas obrigações.
Falhamos tremendamente
nas relações com os outros.
Perdoai-nos, Senhor.
Com o começo do novo ano
queremos iniciar uma vida nova,
uma vida mais autêntica
e mais sincera.
Acompanhai-nos, Senhor,
em cada dia.
Firmai nossos passos
no caminho do bem.
Derramai a paz e o amor
nos nossos corações
para que possamos construir
um mundo novo,
onde reine a paz,
a justiça e a fraternidade,
onde se luta
para acabar com a miséria,
para aliviar os sofrimentos alheios.
Assim, a vossa presença
marcará cada vez mais o nosso mundo.
Fortalecei-nos, Senhor,
na luta e guiai-nos hoje e sempre.

Amém!

(http://www.paroquias.org/oracoes/?o=54)

sábado, 26 de dezembro de 2009

MODELO



D. EUGENIO SALES

As celebrações natalinas chamam a atenção, de maneira eloquente, para a família. A extraordinária lição que nos vem da manjedoura de Belém nos apresenta a vida que nasce em um lugar bem constituído.
O calendário litúrgico inclui, nesta época do ano, a festa da “Sagrada Família, Jesus, Maria e José”, onde as virtudes que servem de ordenamento e alicerce à instituição são devidamente exaltadas.
Os direitos políticos de cada pessoa, vinculados ao exercício da cidadania, devem ser devidamente amparados pelos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Segundo a competência de cada um, todos os esforços convergem, portanto, para a família. Caso contrário, atraiçoam a missão de que se encontram investidos em favor do bem comum.
A dignidade humana tem suas raízes na liberdade que nos torna semelhantes a Deus. Segundo o uso que fizermos desse dom divino, nossos atos serão bons ou maus.
Somos, assim, responsáveis pelo nosso comportamento e dele daremos contas ao Pai. Durante nossa existência, constantemente, é posto à prova o reto uso do livre arbítrio, e a convivência doméstica a isso não foge.
Deus estabeleceu a comunidade conjugal e, entre seus deveres, está a geração dos filhos. Lemos no Gênesis (1,28): “Deus os abençoou e lhes disse: ‘Sede fecundos, multiplicai-vos. ’”
Ora, isso só poderá ocorrer através do ato sexual. Atribuir-lhe o pecado de Adão e Eva revela pobreza de raciocínio. Também mostra ignorância quem afirma ser a geração da prole a única finalidade dessa união.
Aberto à vida, esse relacionamento entre o homem e a mulher, no matrimônio, é algo nobre e santificador.
Diz o Código de Direito Canônico: “A aliança matrimonial (...) é ordenada, por sua índole natural, ao bem dos cônjuges, à geração e educação da prole.”
No entanto, assistimos, em graus diferentes, a constante e crescente ofensiva que tenta destruir a Família.
O drama dos menores abandonados passa por lares desfeitos. O estímulo ao sexo livre, por vezes, vem indelevelmente manchado pelo sangue dos fetos abortados.
Difunde-se a loucura de legalizar “famílias paralelas”. Diante de tantos problemas deste país, muitos dos nossos políticos se especializaram nesse campo. E não estão sozinhos...
Por outro lado, continua a destruição dos valores morais, essa trilha infeliz que nos leva ao precipício.
A esse respeito falou o Papa Bento XVI aos bispos do Brasil, dos regionais Nordeste 1 e 4, em visita ad limina, a 25 de setembro deste ano: “A família está assentada no matrimônio como instituição natural confirmada pela lei divina. Pondo em questão tudo isto, há forças e vozes na sociedade atual que parecem apostadas em demolir o berço natural da vida humana (...). Enquanto a Igreja compara a família humana com a vida da Santíssima Trindade — primeira unidade de vida na pluralidade das pessoas — e não se cansa de ensinar que a família tem o seu fundamento no matrimônio e no plano de Deus, a consciência difusa no mundo secularizado vive na incerteza mais profunda a tal respeito, especialmente desde que as sociedades ocidentais legalizaram o divórcio.”
Esse contraste merece uma reflexão maior e uma escuta atenta ao convite do santo padre: “Para ajudar as famílias, exorto a propor-lhes, com convicção, as virtudes da Sagrada Família: a oração, pedra angular de todo lar fiel à sua própria identidade e missão; a laboriosidade, eixo de todo matrimônio maduro e responsável; o silêncio, cimento de toda a atividade livre e eficaz, pois nos ensina o recolhimento e a interioridade, conduzindo-nos à vida de oração (cf. Paulo VI, ibidem). Tenho confiança no testemunho daqueles lares que tiram as suas energias do sacramento do matrimônio. É a partir de tais famílias que se há de restabelecer o tecido da sociedade.”

D. EUGENIO SALES é cardeal-arcebispo emérito da Arquidiocese do Rio.
(Publicado no Jornal "O GLOBO", no dia 26/12/2009)

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

"NATAL"


Olhar o menino do presépio é contemplar
o mistério de um Deus-amor!
É perceber na face da criança de Belém
os traços do rosto de um Deus amante,
que a nós insiste em se revelar!
É crer que a bondade é possível,
mesmo em tempos difíceis.
É refazer o caminho de volta à vida em suas origens.
É resgatar os sonhos, reconstruir esperanças.
É crer na fraqueza que se faz força,
é apostar na teimosia da vida,
que insiste em fazer-se ressurreição!

Senhor Jesus, abençoai todas as famílias e que nós possamos experimentar sua presença, seu amor e sua misericórdia em nossos lares. Amém!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

LIÇÕES DE SEXUALIDADE EM CASA

Pelo Prof. Dr. Frei Antônio Moser

Existe hoje, um predomínio da banalização e superficialidade, não só do sexo, mas de tudo. Poucos temas sérios são tratados. A programação televisiva é impressionante. Todas as relações são superficiais: de amizade, na escola, tudo é muito funcional e burocratizado. Não se dá importância a cada ser. Não se vai ao fundo das questões. Não estamos sabendo construir um mundo de partilha...Há um certo desencantamento em termos de vida sexual. Isto é tão verdade que sempre se procuram novos expedientes, novos ingredientes, como "viagra" e outros, no sentido de aprimorar o relacionamento sexual. Esta própria busca de sempre novos ingredientes é uma confissão de fracasso e de que se perdeu a espontaneidade. Há uma obsessão do sexo, quando deveríamos chamar a atenção para o fato de que o sexo é apenas um ângulo da sexualidade. A sexualidade tem muitas dimensões: política, econômica, sócio cultural, religiosa, mística, afetiva. E o que está ocorrendo é uma absolutização do sexo, e um empobrecimento da sexualidade, sobretudo em termos de afetividade e ternura. Esta é a grande virtude a ser cultivada num mundo de violência no trânsito, no trabalho, das guerras que não terminam mais. Enfim, a ternura é a expressão de uma sexualidade bem integrada, seja em nível interpessoal ou social. E, ao contrário, a violência, a agressividade são sintomas de que algo não está bem no campo da sexualidade.
Tempo para conversar...
A primeira grande lição que os pais podem dar para os filhos é eles revelarem uma vida sexual equilibrada. Aqui não estou falando do ato sexual, mas de vida sexual, afetiva-sexual, de respeito mútuo, de ajuda, de abnegação e renúncia. Esta é a lição da vida, ou seja, como os pais vivem a sua afetividade. A segunda lição é como os pais manifestam o seu amor para com os filhos. O exagero em termos de superproteção não favorece a educação de uma sexualidade madura

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

"A IMPORTÂNCIA DO PERDÃO"


O pequeno Zeca entra em casa, após a aula, batendo forte os seus pés no assoalho da casa. Seu pai, que estava indo para o quintal para fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo chama o menino para uma conversa.
Zeca, de oito anos de idade, o acompanha desconfiado. Antes que seu pai dissesse alguma coisa, fala irritado:
- Pai, estou com muita raiva. O Juca não deveria ter feito aquilo comigo, desejo tudo de ruim para ele.
Seu pai, um homem simples mas cheio de sabedoria, escuta calmamente o filho que continua a reclamar:
- O Juca me humilhou na frente dos meus amigos. Não aceito, gostaria que ele ficasse doente sem poder ir à escola.
O pai escuta tudo calado enquanto caminha até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o acompanhou, calado. Zeca vê o saco ser aberto e antes mesmo que ele pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe propõe algo:
- Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu amiguinho Juca e cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu, endereçado a ele. Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou.
O menino achou que seria uma brincadeira divertida e passou mãos à obra. O varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo. Uma hora se passou e o menino terminou a tarefa. O pai que espiava tudo de longe, se aproxima do menino e lhe pergunta:
- Filho como está se sentindo agora?
- Estou cansado mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa.
O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhoso lhe fala:
- Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa.
O filho acompanha o pai até o quarto e é colocado na frente de um grande espelho onde pode ver seu corpo todo. Que susto! Zeca só conseguia enxergar seus dentes e os olhinhos. O pai, então lhe diz ternamente:
- Filho, você viu que a camisa quase não se sujou; mas, olhe só para você.
O mal que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a borra, os resíduos, a fuligem ficam sempre em nós mesmos.


Cuidado com seus pensamentos, eles se transformam em palavras;
Cuidado com suas palavras, elas se transformam em ações;
Cuidado com suas ações, elas se transformam em hábitos;
Cuidado com seus hábitos, eles moldam o seu caráter;
Cuidado com seu caráter, ele controla o seu destino.

CONHEÇA A PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO - CABO FRIO, ACESSANDO:
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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

FATOS QUE RONDAM O DIVÓRCIO


Novo relatório examina as tendências
Por Pe. John Flynn, L.C.
(ZENIT.org).- Segundo um relatório realizado no Canadá, todos sabem que o divórcio é um problema frequente e uma tarefa difícil. O Instituto da Família canadense acaba de publicar sua 3 ª edição do informe "Divórcio: Fatos, Causas e Consequências".

Na obra, Anne Marie Ambert, professora de sociologia, analisa a situação matrimonial canadense e a compara com outros países. A constatação de que um em cada dois casamentos termina em divórcio não é tão simples como parece, apesar de comum, observa a docente.

Citando um relatório de 2008 do Statistics Canada, Ambert observa que o risco de divórcio entre recém-casados é hoje de 38% para o país como um todo, mas 48,4% para a província do Quebec. Esta estimativa, nos Estados Unidos, é de 44%. Este número inclui não apenas as pessoas que estão se divorciando pela primeira vez, mas também aquelas cujos casamentos terminam por uma segunda vez ou mais. Em 2005, 16% dos divórcios incluíam os maridos que já tinham sido divorciados pelo menos uma vez. Para as mulheres, a porcentagem era de 15%. Isso significa que os casais que desejam de casar pela primeira vez precisam ter em mente que a taxa de divórcio para os primeiros casamentos é inferior a 38%, provavelmente perto de 33%, de acordo com a professora.
Outras complicações surgem quando os métodos inadequados de medição de divórcios são utilizados. Às vezes, o número de divórcios em um ano é comparado com o número de casamentos que houve no mesmo período. Assim, se o número de casamentos diminui, como aconteceu no Canadá, na última década, a proporção de divórcios parece aumentar automaticamente, mesmo se a quantidade de divórcios permanecer a mesma.
É engano comparar o índice de divórcios com o de casamentos. Se houvesse 2,7 divórcios por 1.000 pessoas na população e 5,4 casamentos por 1.000, então a taxa de divórcio seria de 50%. Utilizar este método é se equivocar e dizer que 50% das pessoas que se casam no ano se divorciam.

Método
O método mais comum utilizado é a taxa anual bruta para cada 1.000 ou 100.000 casais que se casam. Em 2005, esta taxa foi de 2,2 no Canadá, contra 2,9, em 1990.
Segundo Ambert, a maneira mais exata para o cálculo é utilizar o número total de divórcios. O correto é olhar para as pessoas que se casam e determinar a proporção esperada de divórcio quando elas completarem o 30° aniversário de casamento. Contudo, este método também tem suas limitações, pois é uma previsão com base em padrões do divórcio atual em comparação com um passado recente.
Também são realizadas algumas comparações internacionais difíceis, tendo em vista que tais previsões exigem um registro cuidadoso de manutenção e cálculos que poucos países possuem de forma adequada.
As tendências também estão mudando. Houve um grande aumento de divórcios no Canadá depois da queda de uma lei, em 1968, que tornou mais fácil obter a separação. Por isso houve um aumento de cinco vezes nas separações nos anos seguintes. Mais tarde, durante a década de 1990, as taxas de divórcio no Canadá e nos EUA caíram.
Outra variável é o aumento da coabitação antes do casamento. Os casais que vivem juntos e aqueles que são filhos de pais divorciados têm um maior risco de se divorciar, então há uma chance de que as taxas de divórcio aumentem nos próximos anos.
Em outro ponto do relatório, Ambert analisou os fatores que contribuem para o divórcio no Canadá. Em termos de influências culturais, ela sustenta que a secularização do matrimonio avança e dá-se mais espaço para o individualismo.
"Para muitos, o casamento tornou-se e escolha individual em vez de um pacto diante de Deus e essa mudança contribui para a aceitação da sua natureza temporal", explica a professora.
Individualismo
As leis de divórcio foram se normalizando e com isso este se tornou mais aceitável. Há ainda uma forte tendência para o individualismo, afiram Ambert.
A cultura de hoje incentiva as pessoas a serem felizes e satisfeitas. O casamento está sendo menos visto como uma instituição centrada na responsabilidade mútua e não mais tido como a busca da felicidade e do companheirismo.
Como consequência dessas tendências, os canadenses e os ocidentais têm desenvolvido um limiar de tolerância quando seu casamento não cumpre com as expectativas de realização pessoal, afirma a professora.
Ela também analisou a tendência para o “morar junto” dos últimos tempos. Ambert comentou que viver junto antes do casamento permitiria que as pessoas evitassem de se casar com a pessoa errada e facilitaria na prática a relação a dois.
Coabitação representa, especialmente entre os homens, um menor compromisso com o casamento e à fidelidade sexual. Não há razão para trabalhar na manutenção de um relacionamento que pode nunca ter sido visto como um compromisso sério e de longa duração.
Portanto, Ambert acrescenta, esta relação não pode ser tida necessariamente como uma espécie de teste do casamento.
A experiência de um relacionamento menos seguro, e da coabitação menos fiel, molda comportamentos conjugais que levam os casais a continuar a ver a união através da perspectiva da insegurança e do baixo comprometimento de sua coabitação prévia, comentou Ambert, citando alguns estudos.
Outro fator apontado é que os casais que vivem juntos em geral são menos religiosos do que aqueles que se casam sem coabitação prévia. Existe uma correlação entre a religiosidade e a felicidade conjugal, tal como a estabilidade, diz Ambert.
Consequências
A pobreza aumenta o risco de divórcio e o divórcio, por sua vez, aumenta o risco de pobreza, de acordo com o relatório. Depois do estudo citado, Ambert mostrou que cerca de 2 anos depois de uma separação ou divórcio, 43% das mulheres experimentaram uma diminuição na renda familiar, em comparação com 15% dos homens. Até 3 anos após do divórcio, a renda das mulheres se mantém baixa, em relação à que antecedia o término da relação.
O divórcio é também um forte fator de risco para problemas de desenvolvimento entre as crianças. As crianças cujos pais são divorciados são mais propensas a sofrerem de problemas psicológicos e irem pior na escola.
Os filhos mais velhos de pais divorciados tendem a sair de casa mais cedo do que outros. Como consequência, torna-se muito caro para eles continuarem a sua formação. Isso leva a menor capacitação e restringe as possibilidades de emprego.
Enquanto a pobreza é um fator importante para o impacto negativo do divórcio nas crianças, Ambert explica que mesmo havendo a redução da possibilidade de pobreza infantil, as consequências do divórcio para as crianças não seriam eliminadas.
A dissolução de casamentos não só representa um fardo para as crianças, como também é um custo significativo para a sociedade como um todo, conclui a professora.
"A Igreja não pode ficar indiferente diante da separação dos cônjuges e do divórcio, diante da ruína dos lares e das consequências criadas pelo divórcio nos filhos”, disse Bento XVI a um grupo de bispos brasileiros, dia 25 de setembro.
“É firme convicção da Igreja que os problemas atuais, que encontram os casais e debilitam a sua união, têm a sua verdadeira solução num regresso à solidez da família cristã, lugar de confiança mútua, de dom recíproco, de respeito da liberdade e de educação para a vida social”, afirmou.
O Papa indicou aos bispos brasileiros que apoiem e incentivem os casais à constituição da vida familiar, para que muitos problemas sociais sejam solucionados. Uma tarefa difícil, tendo em vista as circunstancias atuais. Porém, uma ação fundamental.





sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

PRATICANTES E ALIENADOS




Padre Flavio Cavalca (Ex-Sacerdote Conselheiro Espiritual da SR Brasil)

Ainda é bastante comum falar de dois tipos de cristãos: o não praticante e o alienado. O cristão não praticante deixa-se influenciar mais ou menos pelos ideais cristãos sem manter, porém, qualquer contato mais estreito com a comunidade em sua vida sacramental. O cristão alienado participa até intensamente da vida sacramental da comunidade e pertence a associações religiosas, é praticante, sem porém se sentir obrigado a participar das preocupações sociais, políticas e econômicas do mundo que o rodeia.
O cristão não praticante nunca foi muito bem aceito, e grande parte das pregações tem por objetivo levá-lo a uma participação razoável na vida comunitária. Já o cristão alienado, é bem menos incomodado empurrado para assumir suas responsabilidades fora da comunidade.
Cada vez fica mais claro que, como dizia uma Campanha da Fraternidade alguns anos atrás: “SER CRISTÃO É PARTICIPAR”. Palavras que poderiam ter muitas variações: ser cristão é viver, é conviver, é engajar-se, é comprometer-se, é influenciar etc.
A participação exigida do cristão na vida de Igreja, enquanto comunidade de culto e de fraternidade, é evidente. Mas talvez ainda seja oportuno ver qual está sendo nossa participação cristã nas preocupações do mundo que nos rodeia. Ser cristão é participar. Qual está sendo, por exemplo, nossa atitude diante dos movimentos em favor dos direitos humanos, do aprimoramento das instituições sociais, políticas e econômicas, da conservação do meio ambiente, da promoção da mulher, do atendimento aos menores abandonados, da paz mundial, da violência, da ética na política e nos negócios etc.? Conhecemos os problemas, procuramos ter uma posição coerente com nosso cristianismo, participamos da busca de soluções, participamos das iniciativas de ação concreta?
Ser cristão é participar. É sair da sacristia, é ser praticante e atuante. Tudo por tudo, talvez haja mais desculpas e perdão para o cristão não praticante do que para o cristão não atuante. É mais compreensível o cristão camuflado do que o cristão alienado. Ser cristão, porém, pura e simplesmente é participar.
Fonte de Consulta:
C.Ss.Redemptor
www.redemptor.com.br

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

"A VOCAÇÃO AO MATRIMÔNIO" (Formação)


1. Que significado tem o matrimônio cristão?
O matrimônio expressa o amor de Deus por seu povo, que é a Igreja. Assim como Cristo se entregou em sacrifício por amor à Igreja e permanece eternamente fiel a ela, do mesmo modo os esposos se entregam um ao outro totalmente, imitando o amor de Cristo.


2. É um bem receber o sacramento do matrimônio?
É um grande bem receber o sacramento do matrimônio no caso dos batizados, porque é o único modo de santificar o amor humano entre o homem e a mulher.


3. Que bens comunica o matrimônio aos esposos?

O senhor infunde sua graça nos corações dos esposos para que cumpram os deveres próprios de seu estado: a fidelidade às suas promessas, a procriação, e educação dos seus filhos, o sustento mútuo em meio às alegrias e dificuldades da sua vida.


4. Existe algo de especial no matrimônio entre batizados?

O matrimônio entre os batizados é um dos sete sacramentos que Jesus Cristo instituiu. Isto quer dizer que é um caminho de santidade: Deus chama aos esposos a que ganhem o Céu santificando-se em seu matrimônio e na sua vida familiar. Saber que o matrimônio é uma vocação divina nos ajuda a defendê-lo e a valorizá-lo adequadamente respondendo com generosidade à vontade de Deus.


5. Estão casados um homem e uma mulher batizados, que vivem juntos e não receberam o sacramento do matrimônio?

Pode ser que estejam casados perante um juiz pelo matrimônio civil, mas não estão perante Deus.


6. Que devem fazer as pessoas que estejam nesta situação?

Um homem e uma mulher que sendo católicos estejam vivendos juntos e queiram seguir vivendo assim para sempre, deveriam falar com o paróco ou sacerdote católico mais próximo, expor sua situação e procurar santificar seu lar com o sacramento do matrimônio.Se quiserem celebrá-lo, não devem temer o pequeno desembolso econômico que suponha a celebração; nem preocupar-se por mais que já levem anos vivendo assim, inclusive tendo filhos maiores, ou de outras uniões anteriores não sacramentais: o importante é que seu lar e seu amor fique santificado e eles tenham a conciência de ter cumprido a vontade amorosa de Deus.


7. Há algum mérito que um homem e uma mulher, embora não tenham recebido o sacramento do matrimônio vivam juntos e guardem fidelidade um ao outro?

Esta conduta tem valor exemplar. A fidelidade é um grande valor humano e uma grande virtude que torna possível o desenvolvimento autêntico da personalidade e a felicidade familiar. Entretanto, se este homem e esta mulher que vivem juntos são católicos, sua fé e seu amor a Deus devem levá-los, sempre que seja possível, a santificar seu lar com o sacramento do matrimônio.


8. Por que algumas pessoas têm medo de receber o sacramento do matrimônio?

Alguns casais que guardam fidelidade temem que recebendo o sacramento do matrimônio, o cônjuge vai sentir-se seguro de possuir ao outro e que isso pode ser o começo dos problemas no matrimônio. Entretanto, devem saber que este temor não tem fundamento quando existe verdadero amor já que o amor dos esposos e o Sacramento que santifica seu lar é o princípio da bênção de Deus para sua família.


9. Como se pode ajudar a estas pessoas a sair do equívoco?

Estas pessoas devem saber que o sacramento do matrimônio abençoa o amor já existente entre os esposos, lhes dá forças para vivê-lo, e recebem a ajuda divina e a bênção de Deus para santificar-se em sua vida matrimonial.


Catecismo da família e do matrimônioPadres Fernando Castro e Jaime Molina






segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA - 8 DE DEZEMBRO


A Imaculada Conceição

Reza o dogma católico que a Bem-aventurada Virgem Maria, desde o primeiro instante de sua conceição, foi preservada da nódoa do pecado original, por privilégio único de Deus e aplicação dos merecimentos de seu divino Filho.

O dogma abrange dois pontos importantes:

a) O primeiro é ter sido a Santíssima Virgem preservada da mancha original desde o princípio de sua conceição. Deus abrogou para ela a lei de propagação do pecado original na raça de Adão; ou por outra, Maria foi cumulada, ainda no começo da vida, com os dons da graça santificante.

b) No segundo, vê-se que tal privilégio não era devido por direito. Foi concedido na previsão dos merecimentos de Jesus Cristo. O que valeu a Maria este favor peculiar foram os benefícios da Redenção, na previsão dos méritos de Jesus Cristo, que já existiam nos eternos desígnios de Deus.

Provas na Sagrada Escritura:

Depois da queda do pecado original, Deus falou ao demônio, oculto sob a forma de serpente: "Ei de por inimizade entre ti e a mulher, entre sua raça (semente) e a tua; ela te esmagará a cabeça" (Gen 3, 15). Basta um pouco de boa-vontade para compreender de que "mulher" o texto fala. A única mulher "cheia de graça", "bendita entre todas", na qual a "semente" ou (raça) foi Nosso Senhor Jesus Cristo (e os cristãos), é a Santíssima Virgem, a nova Eva, mãe do Novo Adão. Conforme esse texto, há uma luta entre dois antagonistas: de um lado, está uma mulher com o filho; do outro, o demônio. Quem há de ganhar a vitória são aqueles e não estes. Ora, se Nossa Senhora não fosse imaculada, essa inimizade não seria inteira e a vitória não seria total, pois Maria Santíssima teria sido, pelo menos em parte, sujeita ao poder do demônio através do Pecado Original. Em outras palavras, a inimizade entre a mulher (e sua posteridade) e a serpente, implica, necessariamente, que Nosso Senhor e Nossa Senhora não poderiam ter sido manchados pelo pecado original.

Na saudação angélica, quando S. Gabriel diz: "Ave, cheia de graça. O Senhor é convosco". Ora, não se exprimiria desta maneira o anjo e nem haveria plenitude de graça, se Nossa Senhora tivesse o pecado original, visto o homem ter perdido a graça após o pecado.

A maneira da saudação angélica transparece a grandeza de Nossa Senhora, pois o Anjo a saúda com a "Ave, Cheia de Graça". Ele troca o nome "Maria" pela qualidade "Cheia de Graça", como Deus desejou chamá-la.

Ao mesmo tempo, a afirmação "o Senhor é convosco" abrange uma verdade luminosa. Se Nosso Senhor é (está) com Nossa Senhora antes da encarnação ("é convosco"). Sendo palavras anteriores à encarnação do verbo no seio da Virgem Maria, forçoso é reconhecer que onde está Deus não está o pecado. Ou seja, Nossa Senhora não tinha o "pecado original".

Prossegue o arcanjo: Não temas, Maria, pois "achaste graça diante de Deus". Aqui termina a revelação da Imaculada Conceição para começar a da maternidade divina: "Eis que conceberás no teu ventre e darás à luz um filho, e por-lhe-ás o nome de Jesus". (Lc 1, 28).

Pela simples leitura percebe-se a conexão estreita entre duas verdades: "Maria será a mãe de Jesus, porque achou graça diante de Deus".

Mas, que graça Nossa Senhora achou diante de Deus para poder ser escolhida como a Mãe Dele? Ora, a única graça que não existia - ou que estava "perdida" - era a "graça original". Falar, pois, que: "Maria achou graça" é dizer que achou a "graça original". Ora, a "graça original" é a "Imaculada Conceição"!

Os evangelhos sinóticos deixam claro que a palavra "Cheia de Graça", em grego: "Kecharitoménê", particípio passado de "charitóô", de "Cháris", é empregado na Sagrada Escritura para designar a graça em seu sentido pleno, e não no sentido corrente. A tradução literal seria: "omnino Plena Caelesti gratia" ou "Ominino gratiosa reddita": "Cheia de graça".

Ou seja, a tradução do latim: "gratia plena" é mais perfeita do que a palavra portuguesa: "cheia de graça". Nossa Senhora não apenas "encontrou graça", mas estava "plena" de Graça. Corroborando o que disse o Arcanjo logo em seguida: "O Senhor é contigo".

Falando à Santíssima Virgem que Ela "achara graça", o Arcanjo diz: Maria, sois imaculada, e, por isto, sereis a Mãe de Jesus Cristo.

Também é pela própria razão que se pode concluir a Imaculada Conceição. É claro que o argumento racional não é definitivo, mas corroborou com muita conveniência - e completa harmonia - para com ele. Se Maria Santíssima fosse manchada do pecado original, essa mancha redundaria em menor glória para seu filho, que ficou nove meses no ventre de uma mulher que teria sido concebida na vergonha daquele pecado. Se qualquer mácula houvesse na formação de Maria Santíssima, teria havido igualmente na formação de Jesus, pois o filho é formado do sangue materno.

S. Paulo assim se expressa sobre o ventre de onde nasceu o menino-Deus: "Cristo, porém, apareceu como um pontífice dos bens futuros. Entrou no tabernáculo mais excelente e perfeito, não construído por mãos humanas, nem mesmo deste mundo" (Hebr 9, 12).

Que tabernáculo é esse, "não construído por mãos humanas", por onde "entrou" Nosso Senhor Jesus Cristo? Fica claro o milagre operado em Nossa Senhora na previsão dos méritos de seu divino Filho. Negar que Deus pudesse realizar tal milagre (Imaculada Conceição) seria duvidar de sua onipotência. Negar que Ele desejaria fazer tal milagre seria menosprezar seu amor filial, pois, como afirma S. Paulo: Deus construiu o seu "tabernáculo" que não foi "construído por mãos humanas".

Ora, este tabernáculo, feito imediatamente por Deus e para Deus, devia revestir-se de toda a beleza e pureza que o próprio Deus teria podido outorgar a uma criatura.

E esta pureza perfeita e ideal se denomina: a Imaculada Conceição.

Agora examinemos a Tradição, desde os primeiros séculos:

S. Tiago Menor, o qual realizou o esquema da liturgia da Santa Missa, prescreve a seguinte leitura, após ler uns passos do antigo e do novo testamento, e de umas orações: "Fazemos memória de nossa Santíssima, Imaculada, e gloriosíssima Senhora Maria, Mãe de Deus e sempre Virgem".

O santo Apóstolo não se limita a isso, mas torna a sua fé mais expressiva ainda. Após a consagração e umas preces, ele faz dizer ao Celebrante: "Prestemos homenagem, principalmente, a Nossa Senhora, a Santíssima, Imaculada, abençoada acima de todas as criaturas, a gloriosíssima Mãe de Deus, sempre Virgem Maria. E os cantores respondem: É verdadeiramente digno que nós vos proclamemos bem-aventurada e em toda linha irrepreensível, Mãe de Nosso Deus, mais digna que os querubins, mais digna de glória que os serafins; a vós que destes à luz o Verbo divino, sem perder a vossa integridade perfeita, nós glorificamos como Mãe de Deus" (S. jacob in Liturgia sua).

O evangelista S. Marcos, na Liturgia que deixou às igrejas do Egito, serve-se de expressões semelhantes: "Lembremo-nos, sobretudo, da Santíssima, intemerata e bendita Senhora Nossa, a Mãe de Deus e sempre Virgem Maria".

Na Liturgia dos etíopes, de autor desconhecido, mas cuja composição data do primeiro século, encontramos diversas menções explícitas da Imaculada Conceição. Umas das suas orações começa nestes termos: Alegrai-vos, Rainha, verdadeiramente Imaculada, alegrai-vos, glória de nossos pais. Mais adiante, é pela intercessão da Imaculada Virgem Maria que o Sacerdote invoca a Deus em favor dos fiéis: "Pelas preces e a intercessão que faz em nosso favor Nossa Senhora, a Santa e Imaculada Virgem Maria.".

Terminamos o primeiro século com as palavras de Santo André, apóstolo, expondo a doutrina cristã ao procônsul Egeu, passagem que figura nas atas do martírio do mesmo santo, e data do primeiro século: "Tendo sido o primeiro homem formado de uma terra imaculada, era necessário que o homem perfeito nascesse de uma Virgem igualmente imaculada, para que o Filho de Deus, que antes formara o homem, reparasse a vida eterna que os homens tinham perdido" (Cartas dos Padres de Acaia).

A doutrina da Imaculada Conceição era, pois, conhecida no primeiro século e por todos admitida. A esse respeito, nenhuma contradição se levantou na primitiva Igreja.

No século segundo, os escritos dos Santos Padres falam da Imaculada Conceição como um fato indiscutível. Entre os escritores e oradores deste século, contamos: S. Jusitino, apologista e mártir; Tertuliano e Santo Irineu.

No terceiro século, existem também textos claros em defesa da Imaculada Conceição. mas em menor quantidade.

Santo Hipólito, bispo de Porto e mártir, escreveu em 220: "O Cristo foi concebido e tomou o seu crescimento de Maria, a Mãe de Deus toda pura". Mais além ele diz: "Como o Salvador do mundo tinha decretado salvar o gênero humano, nasceu da Imaculada Virgem Maria".

Orígenes, que viveu em 226 e pareceu resumir a doutrina e as tradições de sua época, escreveu: "Maria, a Virgem-Mãe do Filho único de Deus, é proclamada a digna Mãe deste digno Filho, a Mãe Imaculada do Santo e Imaculado, sendo ela única, como único é o seu próprio Filho."

Em um dos seus sermões sobre S. José, Orígenes faz o mensageiro celeste dizer ao santo: "Este menino não precisa de Pai na terra, porque tem um pai incorruptível no céu; não precisa de Mãe no Céu, porque tem uma Mãe Imaculada e casta na terra, a Virgem Bem-aventurada, Maria".

No século quarto, aparecem inúmeros escritos sobre a Imaculada Conceição, cada vez mais explícitos e em maior número. Temos diante de nós as figuras incomparáveis de Santo Atanásio, de Santo Efrem, de S. Basílio Magno, de Santo Epifânio, e muitos outros, que constituem a plêiade gloriosa dos grandes Apóstolos do culto da Virgem Santíssima e, de modo particular, de sua Imaculada Conceição.

Um trecho de Lutero, para mostrar que nem ele se atreveu a contestar a Imaculada Conceição: "Era justo e conveniente, diz ele, fosse a pessoa de Maria preservada do pecado original, visto o filho de Deus tomar dela a carne que devia vencer todo pecado". (Lut. in postil. maj.).

http://www.lepanto.com.br/dados/ApMariaIC.html

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

"TEMPO DE DESEJO"



Iniciamos um novo Ano Litúrgico com o Advento, que já foi cognominado Quaresma do Natal, mas que é tempo de alegre expectativa, esperança, serenidade, reflexão, oração e purificação, preparando-nos para aquele que vem. No Evangelho de Lucas, 21, 25-28, Jesus nos fala primeiramente do fim do mundo. Já o Antigo Testamento - na chamada literatura apocalíptica, como em algumas passagens do Livro de Daniel - mencionava a crise do final dos tempos. A linguagem do Evangelho que, a primeira vista nos assusta, põe em evidência acontecimentos da História que nos dão ocasião de ler, nos sinais dos tempos, um perene convite à conversão e colocamos nossa confiança em Deus.
A este relato, Jesus insere um elemento totalmente novo: O mundo novo que está para nascer será antes de tudo, Ele mesmo: "Então se verá o Filho do Homem, vindo numa nuvem com grande poder e glória." Diante disto, há duas maneiras de reagir ao seu anúncio: primeiro, com temor para aquele que vive na iniquidade, praticando a injustiça e longe de Deus; segundo, vivendo a alegre expectativa de quem, já neste mundo, vive na presença d'Aquele que vem, Ao longo da História, muitos são os que alardearam o fim do mundo para esta ou aquela data. Quem de nós nunca ouviu falar de profecias, tão em voga, muitas vezes utilizadas pela mídia para vender revistas, livros, divulgar filmes, ou de certas denominações religiosas desejosas de atrair fiéis desavisados, aterrorizando-os pelo medo?
Cristãos que somos, poderíamos desejar algo melhor do que Jesus como conclusão e cumprimento de nossa vida e do próprio universo? Como poderíamos deixar-nos escravisar pelo medo, se Ele mesmo promete vir ao nosso encontro? Jesus nos confia o segredo de vencer o medo: vigiar e orar. Nessas horas, Jesus toma-nos pela mão. Face a face com Jesus, Ele nos dirá, como outrora aos amedrontados discípulos: "Coragem, não temais, sou Eu!"
Por isso mesmo, o Advento é o tempo litúrgico que infunde em nós o ansioso desejo. Desejamos a chegada do amigo: "Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz" (Antoine de Saint Exupéry). O trabalhador espera ardentemente o décimo terceiro salário. As crianças desejam o presente que virá no Natal. Quantos não aguardam ansiosamente pessoas amadas que se encontram nessas datas. E mesmo aqueles que, nestes dias, sentem tão forte a ausência dos entes queridos, experimentam, sem o perceber, na saudade, o profundo desejo do reencontro um dia no céu, fruto da esperança cristã da vida eterna. Ao mesmo tempo, não somos somente nós que vivemos no Advento a dimensão do desejo. De certo modo, toda a nossa vida é tempo de paciência, da espera e do desejo de Deus que, dando-nos a vida, espera que nos desacomodemos, que caminhemos e que nos decidamos por Ele!

Colaboração de Marizeth e Chico ( Equipe - 01)





quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

ATENÇÃO


“Não estou certo de que os equipistas tenham bem compreendido o que significa a espiritualidade conjugal. Há grande preocupação de vida es­piritual entre marido e mulher individualmente. Mas a espiritualidade conjugal é mais do que duas espiritualidades individuais vividas lado a lado. Há um misté­rio do casal que é preciso aprofundar. É fonte de graças.”
( Padre Henri Caffarel)