quinta-feira, 18 de agosto de 2011

SEMANA NACIONAL DA FAMÍLIA




Pe. Américo Romito

Comemoramos no domingo próximo passado, o “Dia dos Pais”. As revistas, as colunas de jornais, a mídia em geral ressaltaram a importância da figura do pai na vida do ser humano. Também foi boa ocasião para se discutir sobre a missão paterna e como exercê-la hoje num mundo em vertiginosa mudança. Foram muitas as ideias e as teorias.



Parece estarmos todos de acordo numa coisa: “Ser pai é um dom precioso dado por Deus a um varão que deve exercê-lo por toda a vida”. Nas comemorações em família, ou públicas, pudemos ver pais felizes, sorrindo, tendo nos braços o filho, ainda pequenino; ou, jovens, homens e mulheres já adultos, abraçando carinhosamente seus pais, por vezes já bem envelhecidos. Parecia estarmos vivendo em outro mundo! Quanta alegria! Sem dúvida, a comemoração dos pais fala alto ao coração humano e introduz no nosso mundo grandes esperanças.

Esta comemoração é feita em datas diferentes no mundo. Aqui no Brasil atribui-se a data devido à proximidade da festa de São Joaquim, que por algum tempo, foi celebrada dia 16 de agosto. (Sabemos que hoje ela ocorre no dia 26 de julho). Então, também essa comemoração mesmo com a exploração comercial, aqui no Brasil ela foi inspirada no pai de Maria, São Joaquim, antigamente comemorado no dia de São Joaquim, no dia 16 de agosto., dia seguinte ao da Assunção de Maria.

Nas comunidades católicas, na semana seguinte à festa dos pais, celebramos a semana da família. É, sobretudo, no seio de uma família que o pai encontra seu espaço, seu lugar onde exercer sua missão paterna. A Igreja Católica está consciente que o matrimônio e a família sãos os bens mais preciosos da humanidade. Com a Semana da Família a Igreja quer fazer chegar a sua voz e oferecer a sua ajuda a quem, conhecendo já o valor do matrimônio e da família, procura viver fielmente; a quem incerto e ansioso, anda a procura da verdade; e a quem está impedido de viver livremente o próprio projeto familiar.

A família nos tempos de hoje, tanto e talvez mais que outras instituições, têm sido posta em questão pelas amplas e profundas transformações da sociedade pós-moderna. Constata-se que muitas famílias vivem esta situação e estes desafios na fidelidade àqueles valores que constituem o fundamento da instituição familiar. Outras vão se tornando incertas e perdidas frente a seus deveres, ou ainda mais duvidosas, quase esquecidas do significado último e profundo da verdade da vida familiar. Outras, por fim, estão impedidas, por variadas situações de injustiça, de realizarem os seus direitos fundamentais de terem e viverem numa família digna.

O matrimônio e a família não são instituições culturais, fruto dos tempos: hoje existe e amanhã pode desaparecer. São instituições queridas por Deus, portanto sagradas. Não porque as religiões as tornam sagradas. São sagradas porque têm a vida sob seu cuidado. È pelo matrimônio instável, na família bem constituída que a vida desabrocha e se desenvolve com dignidade e garantia.

É por isso que a grande presença paterna e materna que temos ou trazemos no coração e na alma é exatamente a figura do Criador que na condição de Pai de todos, nos criou um tanto quanto parecidos com ele: “Façamos o homem a nossa imagem e semelhança” (Gn 1,26).

(O autor é missionário claretiano)

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