Por: Jose e Margarete Daldegan
Quem é pai ou mãe sabe o quanto os filhos são diferentes, por mais que sejam criados da mesma forma e no mesmo ambiente. Os próprios irmãos acabam influenciando uns aos outros – os mais velhos interferem na formação dos mais novos, que, por sua vez, por opção, identificam-se ou se contrapõem a eles. Assim, cada filho requer uma atenção particular, pois todos devem ser amados igualmente na intensidade, mas distintamente, de acordo com suas personalidades.
Além disso, a faixa etária de cada filho exige um cuidado próprio. Na primeira infância, o filho precisa de maior presença e muito carinho. Aos seis anos, coincidindo com a entrada no ensino fundamental, o menino precisa muito da referência do pai, embora comece a manifestar uma afeição especial pela mãe. Já a menina se espelha na mãe, ao mesmo tempo em que começa a se aproximar do pai. Na adolescência, as atenções se voltam muito para os amigos. Nessa fase, o relacionamento com os pais pode se desgastar e, em certos casos, é importante a figura de um adulto amigo da família que faça as vezes do pai ou da mãe, no aconselhamento do garoto ou da garota em relação a algumas de suas escolhas. Se não houver esse adulto por perto, um amigo mais velho ou amiga mais “experiente” poderá exercer esse papel.
Por tudo isso, é muito importante conhecer o mundo de cada um. Cada filho ou filha é um universo de “magia” e beleza, que nos encanta à medida que os entendemos.
Quando o filho ainda é uma criança, como é o caso do nosso de sete anos, ainda está na fase da fantasia, onde tudo é só maravilha, embora tenha que lidar com as obrigações, cada vez mais abrangentes. Sonha em ser cientista, engenheiro e piloto, e ainda há pouco pensava em ser bombeiro e policial. Já compreende que deve comer “quase” de tudo e estudar um pouquinho além do dever de casa – como todo bom cientista, a exemplo do Franjinha e do Jimmy Nêutron. Já consegue arrumar a própria cama e comer sozinho – embora sempre fazendo alguma outra coisa ao mesmo tempo.
Quando chega à pré-adolescência, o filho pode sentir-se meio sufocado pelas responsabilidades que começa a assumir. Se for o filho do meio, podem ocorrer atritos com os irmãos, pois é um tanto singular não ter a “autoridade” do mais velho e nem receber os cuidados do caçula. Por outro lado, pode alcançar maior maturidade por enfrentar mais cedo situações que não viveria caso fosse filho único. É de admirar o quanto nossa filha de 13 anos cuida do caçula e está sempre procurando ajudar a mãe em casa, inclusive nos conselhos ao pai quanto à alimentação ou à escolha das roupas.
Já na adolescência, enfrenta-se um turbilhão de pressões, como passar pelas mudanças do corpo, ser aceito no grupo de amigos, saber lidar com as investidas e os impulsos ao namoro, absorver o conteúdo cada vez mais denso do ensino médio e encarar o fantasma do vestibular. Diante dessa confusão toda, é natural descarregar tudo em todos e ter preguiça com as tarefas de casa – necessárias para adquirir o mínimo de autossuficiência, mesmo contando com a ajuda de alguém encarregado pelos serviços domésticos. Nessas horas, ele pode se tornar indócil, mas, quando há amor, ele se recompõe e retoma o relacionamento.
Além do maravilhoso mundo de nossos filhos, não podemos nos esquecer do mundo de cada um de nós, pai e mãe. As obrigações do trabalho e da família às vezes nos esgotam e nos deixam um pouco exigentes demais com os filhos e até mesmo entre nós. Entretanto, nessas horas de maior fraqueza, lembramos que nada importa mais do que o nosso amor, a nossa família, os nossos filhos. Então damo-nos conta de que somos uma família afortunada, e nos amamos muito. Amamos muito nossos filhos e por eles damos o mundo – os nossos mundos.
http://www.cidadenova.org.br/RevistaCidadeNova/
Quem é pai ou mãe sabe o quanto os filhos são diferentes, por mais que sejam criados da mesma forma e no mesmo ambiente. Os próprios irmãos acabam influenciando uns aos outros – os mais velhos interferem na formação dos mais novos, que, por sua vez, por opção, identificam-se ou se contrapõem a eles. Assim, cada filho requer uma atenção particular, pois todos devem ser amados igualmente na intensidade, mas distintamente, de acordo com suas personalidades.
Além disso, a faixa etária de cada filho exige um cuidado próprio. Na primeira infância, o filho precisa de maior presença e muito carinho. Aos seis anos, coincidindo com a entrada no ensino fundamental, o menino precisa muito da referência do pai, embora comece a manifestar uma afeição especial pela mãe. Já a menina se espelha na mãe, ao mesmo tempo em que começa a se aproximar do pai. Na adolescência, as atenções se voltam muito para os amigos. Nessa fase, o relacionamento com os pais pode se desgastar e, em certos casos, é importante a figura de um adulto amigo da família que faça as vezes do pai ou da mãe, no aconselhamento do garoto ou da garota em relação a algumas de suas escolhas. Se não houver esse adulto por perto, um amigo mais velho ou amiga mais “experiente” poderá exercer esse papel.
Por tudo isso, é muito importante conhecer o mundo de cada um. Cada filho ou filha é um universo de “magia” e beleza, que nos encanta à medida que os entendemos.
Quando o filho ainda é uma criança, como é o caso do nosso de sete anos, ainda está na fase da fantasia, onde tudo é só maravilha, embora tenha que lidar com as obrigações, cada vez mais abrangentes. Sonha em ser cientista, engenheiro e piloto, e ainda há pouco pensava em ser bombeiro e policial. Já compreende que deve comer “quase” de tudo e estudar um pouquinho além do dever de casa – como todo bom cientista, a exemplo do Franjinha e do Jimmy Nêutron. Já consegue arrumar a própria cama e comer sozinho – embora sempre fazendo alguma outra coisa ao mesmo tempo.
Quando chega à pré-adolescência, o filho pode sentir-se meio sufocado pelas responsabilidades que começa a assumir. Se for o filho do meio, podem ocorrer atritos com os irmãos, pois é um tanto singular não ter a “autoridade” do mais velho e nem receber os cuidados do caçula. Por outro lado, pode alcançar maior maturidade por enfrentar mais cedo situações que não viveria caso fosse filho único. É de admirar o quanto nossa filha de 13 anos cuida do caçula e está sempre procurando ajudar a mãe em casa, inclusive nos conselhos ao pai quanto à alimentação ou à escolha das roupas.
Já na adolescência, enfrenta-se um turbilhão de pressões, como passar pelas mudanças do corpo, ser aceito no grupo de amigos, saber lidar com as investidas e os impulsos ao namoro, absorver o conteúdo cada vez mais denso do ensino médio e encarar o fantasma do vestibular. Diante dessa confusão toda, é natural descarregar tudo em todos e ter preguiça com as tarefas de casa – necessárias para adquirir o mínimo de autossuficiência, mesmo contando com a ajuda de alguém encarregado pelos serviços domésticos. Nessas horas, ele pode se tornar indócil, mas, quando há amor, ele se recompõe e retoma o relacionamento.
Além do maravilhoso mundo de nossos filhos, não podemos nos esquecer do mundo de cada um de nós, pai e mãe. As obrigações do trabalho e da família às vezes nos esgotam e nos deixam um pouco exigentes demais com os filhos e até mesmo entre nós. Entretanto, nessas horas de maior fraqueza, lembramos que nada importa mais do que o nosso amor, a nossa família, os nossos filhos. Então damo-nos conta de que somos uma família afortunada, e nos amamos muito. Amamos muito nossos filhos e por eles damos o mundo – os nossos mundos.
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