terça-feira, 31 de março de 2009

REFLEXÃO


RESPONSABILIDADE MORAL


Para iniciar este ano novo, talvez nem as crises e problemas econômicos mundiais, nem os problemas sociais sejam as barreiras e dificuldades maiores a serem enfrentadas. Observadores da situação atual acham que o maior problema que o Brasil enfrenta é o problema da Ética e da Moral. Quer dizer, está faltando mais honestidade, mais verdade. Está tornando-se difícil confiar nas pessoas, pois tantas são as decepções. O que está faltando é mais responsabilidade moral.
Para entender melhor este assunto, façamos duas distinções: existe uma verdade objetiva que nos ensina o que é certo, e existe nossa percepção dessa verdade.
Como homens e mulheres de fé, acreditamos que nosso Deus nos tem revelado seu plano, como devemos agir e nos comportar. Não criamos a verdade. Descobrimos o que é verdade. Entre várias fontes, temos a Bíblia e a Igreja para revelar e iluminar essa verdade.
Uma vez que vivemos num mundo complexo, com diversas situações, Deus deu-nos uma outra fonte para nos guiar: a consciencia. É aquela voz que nos chama a amar e fazer o bem e evitar o mal. Soa nos ouvidos do coração, faz isto, evita aquilo. É uma lei que Deus inscreveu no coração dos homens.
Sendo possível matar a consciência, é necessário cultivar uma responsabilidade moral, quer dizer, desenvolver a capacidade de perceber o que é bom e o que é mal, o que é certo e o que é errado. Quem pratica a responsabilidade moral não dá mau exemplo, nem escandaliza os outros. Não prejudica os outros, nem sempre faz as coisas mais fáceis e convenientes.
A responsabilidade moral atua de quatro maneiras:
Às vezes, devo fazer algo porque é bom, é correto
Outras vezes, preciso impedir que algo mau ou negativo aconteça; devo tomar uma posição contrária
Ou deixo algo como está; não faço nada
Ou ainda, permito que algo aconteça.

ALGUNS CRITERIOS
· Obedecer às leis justas. Calcula-se que uma lei é boa até prova do contrario. Poderia acontecer ser necessário desobedecer a uma lei que injusta.
· Assumir minhas tarefas. Uma pessoa responsável sabe que tem obrigações. Outros dependem dela. Quando eu não cumpro os meus deveres, alguém fica prejudicado.
· Questionar a qualidade e a autenticidade de meus atos faz parte da responsabilidade moral. O que eu fiz, é o que Jesus queria? Foi o melhor possível? A minha intenção está em sintonia com o plano de Deus?
· Agindo moralmente, posso perder amigos quando questiono os atos dos outros, critico, faço objeções. Aqueles de consciência pesada ficam chateados, mas eu não posso ficar silencioso e quieto diante de um mal. Poderia chegar ao ponto de precisar denunciar um abuso às autoridades competentes.
Como se vê, ser responsável não é apenas um privilégio nem somente uma obrigação, mas é necessário para que cada um possa crescer como gente. Agir com responsabilidade moral faz parte da essência do ser humano. Quando não ajo assim, eu me torno menos gente.


Pe. Luis Kischner - C.Ss.R.Redemptor

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