sábado, 31 de dezembro de 2011

"O QUE PREOCUPA O PAPA"



O que preocupa deveras o Papa? Com clareza crescente a resposta vem do próprio Bento XVI, que escolheu de novo o essencial no balanço do ano que se conclui. Com uma leitura perfeitamente em sintonia com a realidade e que ao mesmo tempo sabe ir diretamente ao âmago das questões, libertando-as das contingências e confirmando que a primeira preocupação do Papa é a crise da fé, de certa forma representada pela imagem bíblica da esposa de Lot.
Mas a preocupação não equivale a pessimismo, não obstante representações já um pouco gastas e que o fato desmentem dia após dia. Não, Bento XVI não é pessimista nem está cansado e o seu estilo gentil de governo, atento e concreto, radica-se precisamente no essencial, como antecipou no início do pontificado apresentando o seu verdadeiro programa, isto é, o abandono à palavra e à vontade do único Senhor, "para que seja Ele mesmo quem guia a Igreja nesta hora da nossa história", disse na missa inaugural.
No seu conhecimento da realidade o Papa voltou a falar da crise econômica e financeira que oprime a Europa, e repetiu que ela afunda numa crise ética porque muitas vezes falta a força que induza a renúncias e sacrifícios. Então como encontrá-la? Esta é a pergunta à qual deve responder o anúncio do evangelho na sociedade que a esqueceu ou removeu, uma urgência que motivou a instituição de um novo organismo curial e que explica a escolha do tema no centro da próxima assembleia sinodal e a proclamação de um "ano da fé" no cinquentenário do Vaticano II, o maior acontecimento religioso do século passado.
Há uma crise da Igreja na Europa e o seu nó é precisamente a crise da fé, que se resolve num cansaço e até num "tédio do ser cristão". A análise de Bento XVI não termina com este diagnóstico doloroso e, sobretudo, não deixa espaço a pessimismo algum. Precisamente duas das recentes viagens internacionais - à África e à Espanha - mostraram que se encontra na alegria de ser cristão o remédio, aliás, o "grande remédio" contra este cansaço do crer.
O Papa delineou-o com base na experiência da Jornada mundial da juventude em Madrid. Assim, a catolicidade da Igreja permite experimentar a unidade profunda da família humana, enquanto o uso atento do próprio tempo, também na vida quotidiana, é decisivo. E eis a imagem - escolhida por Bento XVI como emblema da crise da fé - da esposa de Lot, que olhou para trás preocupada consigo mesma e transformou-se numa estátua de sal, irremediavelmente vazia.
Ao contrário, é a relação pessoal com o único Deus que se deve salvar uma relação autêntica não motivada pelo desejo de conquistar o céu ou pelo receio do inferno - disse o Papa - mas simplesmente "porque fazer o bem é bom, estar presente para os outros é belo". Com o alimento do que constitui o ápice da fé católica, a adoração de Deus realmente presente na eucaristia: aquele Deus que perdoa e vence a força de gravidade do mal na penitência e ama deveras cada ser humano.
GIOVANNI MARIA VIAN

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

"FELIZ ANO NOVO"

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

PARÁBOLA DE NATAL




A última visitante
Aconteceu em Belém, ao romper o dia. A estrela apenas desaparecera, o último peregrino havia deixado o estábulo, a Virgem ajeitara os paninhos na palha e a criança iria, finalmente, dormir. Mas será que as pessoas dormem na noite de Natal?...

Suavemente, a porta se abriu, dir-se-ia, tocada, por um sopro, e não pela mão de alguém. Na soleira, surgiu uma mulher, coberta de trapos, tão idosa e tão enrugada que, em seu rosto, cor de terra seca, os lábios pareciam uma ruga a mais.
Vendo-a, Maria teve medo. A estranha tinha ares de fada má. Felizmente, Jesus dormia! O asno e o boi mastigavam a palha, tranqüilamente, enquanto observavam aquela que entrava, como se a conhecessem desde sempre. A Virgem, porém, não tirava os olhos dela. E cada passo dado pela mulher parecia arrastado e longo como os séculos.
A anciã continuava a avançar, e eis que se acerca da manjedoura. Graças a Deus, Jesus continuava a dormir. Mas será que alguém consegue dormir na noite de Natal?...
De repente, Jesus menino abriu os olhinhos, e sua mãe ficou impressionada vendo que os olhos da estranha mulher e os da criança eram idênticos e brilhavam com a mesma esperança.
A idosa, então, se debruçou sobre a palha, enquanto a mão buscava, no emaranhado dos próprios andrajos, algo que parecia merecer séculos e mais séculos para ser encontrado. Maria a observava e sempre com a mesma inquietude. Os animais a olhavam, igualmente, mas sem qualquer surpresa, como se já soubessem o que estava para acontecer.
Enfim, após delongado espaço de tempo, a velha senhora conseguiu tirar de dentro dos seus farrapos, um objeto que mantinha escondido na mão e que colocou nas mãos da criança.
Após todos os tesouros dos Reis Magos e os presentes dos pastores, o que seria aquele presente? Maria, de onde estava, não conseguia vê-lo. Só lobrigava as costas envelhecidas, encurvadas pela idade, abaixando-se, cada vez mais, sobre o pretenso bercinho. Porém, o asno e o boi que. de onde estavam, conseguiam vê-la melhor, continuavam tranqüilos.
Esta cena durou muito tempo. Mais tarde, a velha senhora se levantou, como se aliviada do pesado fardo que a mantivera encurvada por tanto tempo. Seus ombros já não estavam arqueados, a cabeça quase tocava o colmo da palhoça e o rosto, milagrosamente, havia recuperado a juventude. Só quando se afastou da manjedoura, em direção à porta, para desaparecer dentro da noite de onde chegara, é que Maria pôde, finalmente, ver o que era o misterioso presente.
Eva (esta era a mulher) havia devolvido à criança uma pequena maçã, a maçã do pecado original (e de tantos outros que dele advieram!) E a maçãzinha vermelha brilhava nas mãos do recém-nascido como o globo do novo mundo que acabava de nascer com ele.




Jêrome e Jean THARAUD, Os contos da Virgem,
Plon, 1940.


Colaboração de D.Bento Albertin, OSB

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

MENSAGEM DE NATAL


Amigas e Amigos.

Somos convocados para celebrar, no Natal, o mistério incompreensível de um Deus que decide tornar-se homem para salvar os homens que d’Ele se tinham afastado (e, melhor ainda, que se haviam de afastar). No entanto, Isaías, o profeta que nos ensinou que o nome do nosso Deus é Emanuel, “o Senhor conosco”, confia-nos um segredo que é, ao mesmo tempo, uma prova de amor e um desafio: Jesus, o filho da Virgem imaculada, é «um filho que nos é dado». O Filho do Pai eterno, o Verbo encarnado, o filho de Maria, é-nos dado como filho.
Somos chamados a amá-lo, cuidar dele, escutá-lo, pegá-lo ao colo, como se ama, cuida, escuta e pega num filho.
Natal é tempo da comemoração deste mistério. Mistério que a liturgia nos propõe que contemplemos, que meditemos ao longo de três semanas, em que as festas se sucedem para que o possamos saborear melhor: a natividade, a celebração da Sagrada Família, a maternidade divina, a manifestação aos pagãos, a apresentação ao povo eleito nas margens do Jordão.
Da alegria dos pastores de Belém à veneração dos magos e à prontidão dos primeiros discípulos, eis tantas outras atitudes que o Natal pode fazer brotar em nós. De qualquer modo, em primeiro lugar, é preciso acolhê-Lo como a um filho…

Seja este Natal tempo de esperança e de paz. E que a luz de Belém ilumine o coração de cada um de nós.

Com muita amizade

Equipe 01-Nossa Senhora da Assunção - Setor Lagos, Região Rio IV, Província Leste

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

ESCLARECIMENTO



ESCLARECIMENTO dos bispos da província eclesiástica de São Paulo aos fiéis da Igreja Católica Apostólica Romana
A Igreja Católica Apostólica Romana, fiel e perseverante na transmissão da fé recebida dos Apóstolos, está unida ao Papa, sucessor do Apóstolo Pedro, e aos bispos em comunhão com ele. Os fiéis católicos apostólicos romanos reúnem-se também em torno dos padres e diáconos, que estão em comunhão com os bispos e foram por eles legitimamente ordenados para os respectivos ministérios.
Atualmente, várias Igrejas e Comunidades Cristãs, não unidas ao Papa e aos bispos em comunhão com ele, apresentam-se como “católicas”, “católicas apostólicas”, “católicas carismáticas”, “católicas renovadas”, “católicas apostólicas ortodoxas”, “católicas apostólicas brasileiras”. Diversas pessoas e iniciativas religiosas são apresentadas como “católicas”, utilizando os mesmos sinais já tradicionais da nossa identidade católica apostólica romana (nomes, títulos, vestes clericais e litúrgicas, símbolos, textos litúrgicos...).
Esta falta de clareza no âmbito das organizações religiosas ditas “católicas” é motivo de perplexidade, confusão e desorientação para os fiéis a nós confiados, podendo causar dano à sua fé. Cumprindo nossa grave responsabilidade de, em nome de Jesus Cristo, Bom Pastor, cuidar das ovelhas do seu rebanho, conduzindo-as pelos caminhos do Evangelho e defendendo-as contra todos os perigos e enganos, vimos esclarecer e chamar a atenção para o que segue:
1. Somente representam legitimamente a Igreja Católica Apostólica Romana os bispos que estão em comunhão com o Papa e os sacerdotes e diáconos em comunhão com esses bispos católicos apostólicos romanos. Dioceses, eparquias, exarcados, paróquias e santuários da Igreja Católica Apostólica Romana são somente aquelas e aqueles que estão sob a responsabilidade de tais bispos, sacerdotes e diáconos;
2. É direito dos fiéis católicos apostólicos romanos e de qualquer outra pessoa, obter informações certas sobre a identidade religiosa das pessoas que representam qualquer religião, igreja ou grupo religioso; o exercício da liberdade religiosa só é possível mediante essa clara identificação;
3. Os fiéis católicos apostólicos romanos, que necessitarem de informações sobre a legitimidade dos seus representantes hierárquicos, podem obtê-las através dos padres e diáconos das paróquias católicas romanas conhecidas, ou através das cúrias das respectivas dioceses.
4. Recomendamos aos nossos sacerdotes e diáconos que tenham sempre consigo o documento de identidade sacerdotal ou diaconal, assinado pelo bispo da própria diocese ou, no caso do clero religioso, pelo seu superior provincial;
5. Esclarecemos aos fiéis católicos apostólicos romanos e a quem interessar possa, que nossa Igreja não realiza, a não ser em casos especiais, batizados, casamentos e crismas
fora das igrejas e espaços normalmente destinados ao culto e às celebrações sagradas, como, por exemplo, chácaras, buffets e outros locais;
6. Desaprovamos toda forma de simulação dos Sacramentos da Igreja Católica Apostólica Romana, bem como a exploração comercial, como fonte de lucro, da religião e da boa fé do povo; afirmamos que, ao nosso entender, isso é um grave desvio da natureza e da finalidade da religião e desrespeita profundamente a Deus e ao próximo;
7. Estimulamos a todos os nossos fiéis a se manterem firmes na fé da Igreja, recebida dos Apóstolos e testemunhada pelos santos e mártires ao longo da história; estejam unidos aos seus legítimos bispos e sacerdotes, colaborando com eles na vida e na missão da Igreja; freqüentem as comunidades de fé e caminhem com elas, nas paróquias e outras organizações da Igreja, e busquem todos conhecer mais profundamente o rico patrimônio da fé e da vida cristã, que a Igreja Católica Apostólica Romana preserva e transmite com fidelidade, de geração em geração.
Assinam os bispos das dioceses católicas apostólicas romanas da província eclesiástica de São Paulo.
Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo
Dom Tomé Ferreira da Silva, bispo auxiliar de São Paulo
Dom Tarcísio Scaramussa, bispo auxiliar de São Paulo
Dom Edmar Peron, bispo auxiliar de São Paulo
Dom Milton Kenan Júnior, bispo auxiliar de São Paulo
Dom Júlio Endi Akamine, bispo auxiliar de São Paulo
Dom Ercílio Turco, bispo de Osasco
Dom Fernando Antônio Figueiredo, bispo de Santo Amaro
Dom Nelson Westrupp, bispo de Santo André
Dom Jacyr Francisco Braido, bispo de Santos
Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, administrador apostólico de Guarulhos
Dom Joaquim Justino Carreira, bispo nomeado de Guarulhos
Dom Luiz Antônio Guedes, bispo de Campo Limpo
Dom Airton José dos Santos, bispo de Mogi das Cruzes
Dom Manuel Parrado Carral, bispo de São Miguel Paulista
Dom Vartan Waldir Boghossian, bispo do exarcado armênio, para os católicos apostólicos romanos de rito armênio residentes no Brasil
Dom Farès Maakaroun, bispo da eparquia Nossa Senhora do Paraíso, dos católicos apostólicos romanos de rito greco-melquita
Dom Edgard Madi, bispo da eparquia Nossa Senhora do Líbano, dos católicos apostólicos romanos de rito maronita.
São Paulo, na festa do Apóstolo Santo André, 30 de novembro de 2011

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

ADVENTO



"Meditando a chegada de Cristo, devemos buscar o arrependimento dos nossos pecados e preparar o nosso coração."
O Ano Litúrgico começa com o Tempo do Advento; um tempo de preparação para a Festa do Natal de Jesus. Este foi o maior acontecimento da História: o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Dignou-se a assumir a nossa humanidade, sem deixar de ser Deus. Esse acontecimento precisa ser preparado e celebrado a cada ano. Nessas quatro semanas de preparação, somos convidados a esperar Jesus que vem no Natal e que vem no final dos tempos.
Nas duas primeiras semanas do Advento, a liturgia nos convida a vigiar e esperar a vinda gloriosa do Salvador. Um dia, o Senhor voltará para colocar um fim na História humana, mas o nosso encontro com Ele também está marcado para logo após a morte.
Nas duas últimas semanas, lembrando a espera dos profetas e de Maria, nós nos preparamos mais especialmente para celebrar o nascimento de Jesus em Belém. Os Profetas anunciaram esse acontecimento com riqueza de detalhes: nascerá da tribo de Judá, em Belém, a cidade de Davi; seu Reino não terá fim... Maria O esperou com zelo materno e O preparou para a missão terrena.
Para nos ajudar nesta preparação usa-se a Coroa do Advento, composta por 4 velas nos seus cantos – presas aos ramos formando um círculo. A cada domingo acende-se uma delas. As velas representam as várias etapas da salvação. Começa-se no 1º Domingo, acendendo apenas uma vela e à medida que vão passando os domingos, vamos acendendo as outras velas, até chegar o 4º Domingo, quando todas devem estar acesas. As velas acesas simbolizam nossa fé, nossa alegria. Elas são acesas em honra do Deus que vem a nós. Deus, a grande Luz, "a Luz que ilumina todo homem que vem a este mundo", está para chegar, então, nós O esperamos com luzes, porque O amamos e também queremos ser, como Ele, Luz.
No lº Domingo, há o perdão oferecido a Adão e Eva. Eles morreram na terra, mas viverão em Deus por Jesus Cristo. Sendo Deus, Jesus fez-se filho de Adão para salvar o seu pai terreno. Meditando a chegada de Cristo, que veio no Natal e que vai voltar no final da História, devemos buscar o arrependimento dos nossos pecados e preparar o nosso coração para o encontro com o Senhor. Para isso, nada melhor que uma boa Confissão, bem feita.
Até quando adiaremos a nossa profunda e sincera conversão para Deus?
No 2º Domingo, meditamos a fé dos Patriarcas. Eles acreditaram no dom da terra prometida. Pela fé, superaram todos os obstáculos e tomaram posse das Promessas de Deus. É uma oportunidade de meditarmos em nossa fé; nossa opção religiosa por Jesus Cristo; nosso amor e compromisso com a Santa Igreja Católica – instituída por Ele para levar a salvação a todos os homens de todos os tempos. Qual tem sido o meu papel e o meu lugar na Igreja? Tenho sido o missionário que Jesus espera de todo batizado para salvar o mundo?
No 3º Domingo, meditamos a alegria do rei Davi. Ele celebrou a aliança e sua perpetuidade. Davi é o rei imagem de Jesus, unificou o povo judeu sob seu reinado, como Cristo unificará o mundo todo sob seu comando. Cristo é Rei e veio para reinar; mas o seu Reino não é deste mundo; não se confunde com o “Reino do homem”; seu Reino começa neste mundo, mas se perpetua na eternidade, para onde devemos ter os olhos fixos, sem tirar os pés da terra.
No 4º Domingo, contemplamos o ensinamento dos Profetas: Eles anunciaram um Reino de paz e de justiça com a vinda do Messias. O Profeta Isaías apresenta o Senhor como o Deus Forte, o Conselheiro Admirável, o Príncipe da Paz. No seu Reino acabarão a guerra e o sofrimento; o boi comerá palha ao lado do leão; a criança de peito poderá colocar a mão na toca da serpente sem mal algum. É o Reino de Deus que o Menino nascido em Belém vem trazer: Reino de Paz, Verdade, Justiça, Liberdade, Amor e Santidade.
A Coroa do Advento é o primeiro anúncio do Natal. Ela é da cor verde, que simboliza a esperança e a vida, enfeitada com uma fita vermelha, simbolizando o amor de Deus que nos envolve e também a manifestação do nosso amor, que espera ansioso o nascimento do Filho de Deus.
O Tempo do Advento deve ser uma boa preparação para o Natal, deve ser marcado pela conversão de vida – algo fundamental para todo cristão. É um processo de vital importância no relacionamento do homem com Deus. O grande inimigo é a soberba, pois quem se julga justo e mais sábio do que Deus nunca se converterá. Quem se acha sem pecado, não é capaz de perdoar ao próximo, nem pede perdão a Deus.
Deus – ensinam os Profetas – não quer a morte do pecador, mas que este se converta e viva. Jesus quer o mesmo: “Eu vim para que todos tenham a vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). Por isso Ele chamou os pecadores à conversão: “Convertei-vos, porque está próximo o Reino dos Céus” (Mt 4,17); “convertei-vos e crede no Evangelho” ( Mc 1,15).
Natal do Senhor, este é o tempo favorável; e
ste é o dia da salvação!

Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias".

Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br

terça-feira, 29 de novembro de 2011

O PRESÉPIO HOJE



São Francisco e a história de uma tradição natalina
Por Antonio Gaspari
Quem inventou o presépio?, Por que o fez? O que tem a ver São Francisco com a história do presépio? Qual é o significado? Por que esta tradição resiste ao longo do tempo?
Para conhecer e aprofundar a história do presépio e a sua atualidade também no mundo moderno de hoje, ZENIT entrevistou o padre Pietro Messa, diretor da Escola Superior de Estudos Medievais e Franciscanos da Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma.
Qual a relação entre São Francisco e o presépio?

Em 1223, exatamente no dia 29 de novembro, o Papa Honório III com a Bula Solet annuere aprovou definitivamente a Regra dos Frades Menores. Nas semanas seguintes Francisco de Assis dirigiu-se para o eremitério de Greccio, onde expressou seu desejo de celebrar o Natal naquele lugar.
Para uma pessoa do local ele disse que queria ver com os "olhos do corpo" como o menino Jesus, na sua escolha de humilhação, foi deitado numa manjedoura. Portanto, determinou que fossem levados para um lugar estabelecido um burro e um boi – que de acordo com a tradição dos Evangelhos apócrifos estavam junto do Menino - e sobre um altar portátil colocado na manjedoura foi celebrada a Eucaristia. Para Francisco, como os apóstolos viram com os olhos corporais a humanidade de Jesus e acreditaram com os olhos do espírito na sua divindade, assim a cada dia quando vemos o pão e o vinho consagrados sobre o altar, acreditamos na presenção do Senhor no meio de nós.
Na véspera de Natal em Greccio não haviam nem estátuas e nem pinturas, mas apenas uma celebração Eucaristica numa manjedoura, entre o boi e o jumento. Só mais tarde é que este evento inspirou a representação do Natal através de imagens, ou seja, por meio do presépio, no sentido moderno.
Por que fez isso?
Francisco era um homem muito concreto e para ele era muito importante a encarnação, ou seja, o fato de que o Senhor fosse tangível por meio de sinais e de gestos, antes de mais nada, pelos sacramentos. A celebração de Greccio se coloca justamente neste contexto.
Como você explica a popularidade e a disseminação dos presépios?
Francisco morreu em 1226 e em 1228 foi canonizado pelo Papa Gregório IX; desde aquele momento a sua história foi contada, evidenciando a novidade e, graças também à obra dos Frades Menores, a devoção à São Francisco de Assis se espalhou sempre mais em um modo capilar. Como conseqüência também o acontecimento de Greccio foi conhecido por muitas pessoas que desejavam retratá-lo e replicá-lo, passando a apresentar e promover o presépio. Desta forma se tornou patrimônio da cultura e da fé popular.
Qual é o significado e por que a Igreja convida os fiéis a representar, construir, ter presépios em casa e em lugares públicos?

A Igreja sempre deu importância aos sinais, especialmente litúrgico sacramentais, tendo sempre o cuidado de que não terminassem numa espécie de superstição. Alguns gestos foram encorajados porque eram considerados adequados para a propagação do Evangelho e entre esses está justamente o presépio que sua simplicidade dirige toda a atenção à Jesus.
Qual é a relação entre o presépio e a arte? Por que tantos artistas o têm pintado, esculpido, narrado, ....?

Devido à sua plasticidade o presépio presta-se às representações na qual o particular pode se tornar o sinal da realidade quotidiana da vida. E justo esses detalhes da vida humana - os vestidos dos pastores, as ovelhas pastando, o menino preso à saia da mãe, etc - foram representados também como indícios ulteriores do realismo cristão que emana da Encarnação.
O que você acha da devoção popular pelo presépio ainda muito difundida entre o povo? Deve ser estimulada ou limitada?
Como São Francisco cada homem e mulher precisa de sinais; alguns já são incompreensíveis enquanto que outros pela sua simplicidade e imediatismo têm ainda uma eficácia. Entre estes podemos colocar o presépio e, portanto seja sempre bem vinda a sua propagação.
Tendo em conta este debate, sexta-feira, 18 novembro, foi realizada uma reunião na Pontifícia Universidade Antonianum (Hall Jacopone da Todi), com Fortunato lozzelli e Alessandra Bartolomei Romagnoli justamente sobre os lugares de Francisco de Assis na região do Lácio, com particular atenção para o santuário franciscano de Greccio.





quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O AMOR AFETIVO E O AMOR CARNAL



O amor é a rainha das paixões e a mais rica, porque abrange a totalidade do ser humano, desde os mais puros cumes da vida espiritual até as tendências mais carnais.
A alma e o corpo estão nele igualmente comprometidos. O amor nobre, o amor plenamente humano, é um amor de todo o homem.
Se bem que deva ser acima de tudo espiritual, feito do contato de duas almas, baseado na estima e no desejo mútuo de uma vida nobre e feliz, os aspectos afetivo e carnal têm, não obstante, nele um grande lugar, um lugar indispensável, como, aliás, em toda a atividade humana.
Entendemos aqui por amor afetivo o que se manifesta através de sentimentos e se nutre ou se exprime com testemunhos de afeição. Estes testemunhos traduzem-se por sinais sensíveis, materiais; e tudo o que é material, neste ponto pode, em sentido lato, ser qualificado de carnal. Porém, quando se fala do amor carnal é em geral para o opor ao amor afetivo e para designar de modo exclusivo o conjunto de atitudes que diretamente se referem ao que se designa também por relações carnais ou sexuais, quer dizer, atos relativos à procriação.
Em si, o amor afetivo e o amor carnal não têm nada de nobre; o homem procura neles a sua própria satisfação; o que enobrece o amor é o caráter espiritual, pelo qual os que se amam aspiram a realizar juntos uma perfeição mais alta e pelo qual aquele que ama pretende o bem do amado. Mas o amor nutre-se, manifesta-se e expande-se no afetivo e no carnal. Um amor puramente espiritual, desligado da carne, é inumano ou sobre-humano. É inumano se não apóia noutras realidades além das humanas. O homem, considerado em si mesmo e nas condições habituais da sua natureza, está feito para um amor de proporções humanas, e estas exigem que a afetividade e o próprio corpo, nos seus instintos mais profundos, estejam comprometidos no amor. Mas a nobreza e a pureza do amor afetivo e carnal dependem do amor espiritual que manifestam. Não é possível separá-los.
O amor afetivo acaba normalmente no amor carnal, quer dizer, no desejo da união simbolicamente total que o amor carnal realiza. Digo simbolicamente total, porque um amor que se limita à carne, como o da simples procura do prazer, nada tem de total; a união só pode ser propriamente humana e humanamente total se o homem se compromete nela inteiramente, tanto de corpo como de espírito. Porém, quando o amor carnal é o termo do amor espiritual e afetivo, ele passa a exprimir o dom total do ser com a supressão de toda a reserva.
O amor carnal é o símbolo da mais completa intimidade, de uma intimidade onde nada há que esconder ou recusar. Não sem razão se lhe dá a designação de posse. Quando se diz que, no amor carnal, os que se amam já nada têm a negar-se, não pode esta expressão, na verdade, ser tomada à letra, porque, mesmo neste extremo da posse, o homem continua submetido a uma regra de moderação e de domínio de si. No entanto, o amor carnal pressupõe uma intimidade sem igual. Esta se exprime, também simbolicamente, pela intimidade de alcova e de tálamo, isto é, do mais íntimo da vida. Partilhar facilmente esta intimidade física, sem intimidade de alma, com seres aos quais não nos liga qualquer intimidade profunda, é um índice de vulgaridade. É o que sucede com os amores fáceis, e por isso figuram estes entre as formas mais baixas de aviltamento.
É verdade, infelizmente, que esta forma de aviltamento é frequente, porque os que se elevam à plena dignidade do ser humano são pouco numerosos. E muito pouco se fala disso pelas razões anteriormente apontadas. Tantos há que não ouviram falar do amor senão através de gracejos e de histórias indecentes!… É preciso aprender a amar. E como se poderá aprender a amar, se nunca se fala do amor ou se unicamente se fala dele de uma maneira mesquinha?
(Jacques Leclercq)

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Encontro da Província Leste-2011


Clique na foto para visualizar o álbum.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

UBUNTU

A jornalista e filósofa Lia Diskin, no Festival Mundial da Paz, em Florianópolis, Santa Catarina, Brasil (2006), nos presenteou com um caso de uma tribo na África chamada Ubuntu.
Ela contou que um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e, quando terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta pra casa. Sobrava muito tempo, mas ele não queria catequizar os membros da tribo; então, propôs uma brincadeira pras crianças, que achou ser inofensiva.
Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, botou tudo num cesto bem bonito com laço de fita e tudo e colocou debaixo de uma árvore. Aí ele chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse "já!", elas deveriam sair correndo até o cesto, e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.
As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse "Já!", instantaneamente todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.
O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou porque elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.
Elas simplesmente responderam: "Ubuntu, tio. Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"
Ele ficou desconcertado! Meses e meses trabalhando nisso, estudando a tribo, e ainda não havia compreendido, de verdade,a essência daquele povo. Ou jamais teria proposto uma competição, certo?
Ubuntu significa: "Sou quem sou, porque somos todos nós!"
Atente para o detalhe: porque SOMOS, não pelo que temos...
UBUNTU PARA VOCÊ!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

UMA PARÁBOLA SOBRE A VIDA


No ventre de uma mulher grávida estavam dois bebês. O primeiro pergunta ao outro:
- Você acredita na vida após o nascimento?
- Certamente. Algo tem de haver após o nascimento... Talvez estejamos aqui principalmente porque nós precisamos nos preparar para o que seremos mais tarde.
- Bobagem, não há vida após o nascimento. Como verdadeiramente seria essa vida?
- Eu não sei exatamente, mas certamente haverá mais luz do que aqui. Talvez caminhemos com nossos próprios pés e comeremos com a boca.
- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível. E comer com a boca? É totalmente ridículo! O cordão umbilical nos alimenta. Eu digo somente uma coisa: A vida após o nascimento está excluída – o cordão umbilical é muito curto.
- Na verdade, certamente há algo. Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui.
- Mas ninguém nunca voltou de lá, depois do nascimento. O parto apenas encerra a vida. E afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia prolongada na escuridão.
- Bem, eu não sei exatamente como será depois do nascimento, mas com certeza veremos a mamãe e ela cuidará de nós.
- Mamãe? Você acredita na mamãe? E onde ela supostamente está?
- Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e através dela nós vivemos. Sem ela tudo isso não existiria.
- Eu não acredito! Eu nunca vi nenhuma mamãe, por isso é claro que não existe nenhuma.
- Bem, mas às vezes quando estamos em silêncio, você pode ouvi-la cantando, ou sente, como ela afaga nosso mundo. Saiba, eu penso que só então a vida real nos espera e agora apenas estamos nos preparando para ela…

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

PECADO CAPITAL




Por Marco Lacerda
Justo seria que os banqueiros e financistas de hoje fossem processados e condenados como os ditadores abomináveis que tanta dor e sofrimento espalharam pelo mundo.

Ganância é um sentimento humano negativo que se caracteriza pela vontade de possuir somente para si próprio tudo o que existe. É um egoísmo excessivo direcionado – sobretudo pelo dinheiro – para a riqueza material. Mas é associada também a outras formas de poder, sendo capaz de influenciar as pessoas de tal maneira que suas vítimas chegam ao cúmulo de corromper terceiros e se deixar corromper, manipular e enganar, até o extremo de tirar a vida de seus desafetos. No cristianismo, a ganância corresponde a um dos pecados capitais, a avareza.

Somos educados e preparados para a ganância desde a mais tenra infância, sem que ninguém se lembre que a ambição comete, em relação ao poder, o mesmo erro que a ganância comete em relação à riqueza: começa a acumulá-la como meio de felicidade, e acaba por acumulá-la como objetivo. A ganância humana não dá trégua e desconhece limites. As sociedades consideram o dinheiro um assunto muito mais sério que a vida e a morte, o que transforma em utopia a necessidade que muitas vezes temos de conseguir alguma coisa a troco de nada.

Já dizia no seu tempo o escritor português Almeida Garrett: “Eu pergunto aos economistas políticos, aos moralistas, se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar à miséria, ao trabalho desproporcionado, à desmoralização, à infâmia, à ignorância crapulosa, à desgraça invencível, à penúria absoluta, para produzir um rico”?

Os bilhões que são roubados a cada ano dos países mais pobres seguem sempre o mesmo caminho que os leva aos maiores bancos das democracias ocidentais. É um crime contra a humanidade. Silencioso, sem violência aparente. Uma espantosa máquina de pilhagem dos povos levada a cabo com a cumplicidade do sistema bancário mundial. As fortunas dos ditadores estão dormindo nos bancos ocidentais enquanto dezenas de milhares de pessoas morrem de fome ou não têm condições de pagar um tratamento de saúde.

Sabemos hoje que a crise financeira internacional – e a ira que despertou na juventude de todo o mundo – é fruto da ganância desenfreada de banqueiros e financistas inescrupulosos, com a conivência explícita de governantes incompetentes que agora tentam resgatar um sistema capitalista falido, com medidas que visam salvar apenas os bancos, não as pessoas.

Justo seria que os responsáveis por esses crimes contra a humanidade – que outro nome se poderia dar ao caos econômico em que o planeta chafurda? – fossem processados como o foram Pinochet, Videla e outros tantos ditadores infames que tanta dor e sofrimento espalharam pelo mundo. Leia os artigos e reportagens do ESPECIAL que o DomTotal publica esta semana e tire as suas próprias conclusões.

Marco Lacerda é jornalista, escritor e Editor Especial do DomTotal
http://www.domtotal.com/


Enviado por Dom Bento Albertin, OSB

sábado, 29 de outubro de 2011

EVENTO DO SETOR LAGOS



sexta-feira, 21 de outubro de 2011

OS AMIGOS DO PE. CAFFAREL



Associação conforme a lei 1901 para a promoção da causa da Canonização do Padre Henri Caffarel
49, rue de la Glacière - (7° andar) - F 75013 PARIS
Tél. : + 33 1 43 31 96 21 - Fax.: + 33 1 45 35 47 12
e-mail : association-amis@henri-caffarel.org
Site Internet : www.henri-caffarel.org


Carta aos correspondentes : Outubro 2011
Atas do Colóquio no Colégio dos Bernardinos
Descoberta do Padre Caffarel


Caros amigos,
Muitos pensavam conhecer o Padre Caffarel : fundador das Equipes de Nossa Senhora, extraordinário animador da Casa de Troussures, onde tantas pessoas estiveram para aprender a oração interior. Geralmente é só isso que se sabe a respeito dele. O colóquio de dezembro de 2010 sobre o Padre Caffarel revelou a muitos uma personalidade que ignoravam. Sem dúvida, o livro insubstituível de Jean Allemand, “Henri Caffarel, um homem arrebatado por Deus”, publicado pelas Equipes de Nossa Senhora, assegurou-lhe uma boa notoriedade. Contudo, nova pesquisa era necessária para melhor revelar a personalidade e a obra do padre Caffarel.
O livro contendo as Atas do colóquio dirigido por Agnès Walch, historiadora da vida conjugal, nos mostra um Padre Caffarel presente a tudo o que surgiu em sua época : ele lançou os Centros de Preparação ao Casamento, participou do nascimento do Movimento Carismático na França, foi o iniciador, com Marie-Françoise de Boucheman, da Fraternidade Nossa Senhora da Ressureição para as viúvas (a contribuição de Odile Macchi constituiu uma revelação para muitos). O padre Caffarel desenvolveu uma magnífica espiritualidade conjugal e uma espiritualidade da viuvez, até então desconhecidas... Mostrou a profundidade da oração interior... Toda a sua obra, como se vê pelas Atas, não resulta de estudos de gabinete, mas é o fruto da escuta daqueles e daquelas que vinham pedir a sua ajuda. “Ele é um teólogo e um pedagogo » (Xavier Lacroix). A célebre fórmula «procuremos juntos» resume bem o seu método, a sua humildade, a sua inteligência pragmática. O Padre Caffarel, « profeta para o nosso tempo », segundo a expressão do Cardeal Lustiger, é portanto o homem que procurou decifrar a vontade de Deus para a sua época.

OS AMIGOS DO PADRE CAFFAREL

Essas Atas desenham um retrato do Padre Caffarel na sua história. A apresentação de sua família, uma família cheia de dinamismo, de generosidade, animada pela preocupação social, uma família que produziu mais de vinte sacerdotes, dá uma densidade humana a esse sacerdote tão discreto a respeito dele próprio. Por outro lado, a enumeração dos seus conhecimentos literários mostra-nos, sem dúvida, um homem culto, mas também um apóstolo que queria compreender a procura profunda dos seus contemporâneos. Ele se revela um conhecedor sutil da alma humana, delicado e cheio de ternura.
Essas Atas nos revelam também como foi a sua formação sacerdotal, devida em parte a Mons. Vladimir Ghika, príncipe romeno, ortodoxo, que se tornou católico em 1902... Vocês sabiam que o Padre Caffarel animou a JOC (Juventude Operária Cristã) antes de se interessar pelos casais? Que ele fundou uma revista de Cinema?

Este livro é apaixonante ! Ele nos ajuda a descobrir a extraordinária personalidade do Padre Caffarel. As contribuições dos melhores teólogos do matrimônio (Philippe Bordeyne, Xavier Lacroix, Alain Mattheeuws), desenvolvem aos nossos olhos com precisão o pensamento do Padre Caffarel.


Frei Paul-Dominique Marcovits, o.p.
Postulador

Para a sua informação :
« Le père Caffarel. Des Équipes Notre-Dame à la Maison de prière, 1903-1996 »,
Edições Collège des Bernardins / Lethielleux, 2011, 281 páginas, 19€.
À venda na Livraria das Equipes de Nossa Senhora : www.boutique.equipes-notre-dame.fr

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

DOMINGO DE FORMAÇÃO



Neste domingo, dia 16/10/2011, nós, casais das Equipes de Nossa Senhora do Setor Lagos, em meio ao já habitual clima de confraternização, estivemos reunidos para mais um dia de formação, cujo tema foi “Vida de Equipe”, no qual tivemos como palestrantes o casal responsável pela Região Rio IV, Tereza e Reizinho, da Equipe 1 de Nossa Senhora da Assunção, do Setor Lagos, que apresentou o tema “Reunião de Equipe”, o casal responsável pela Província Leste, Graça e Juarez, da Equipe 1 de Nossa Senhora Aparecida, do Setor “B” de São Gonçalo, que apresentou o tema “Partilha e co-participação”, e na oportunidade ambos os casais contribuíram com valiosas informações para as nossas equipes.
Dando prosseguimento ao nosso dia de formação, o querido Sacerdote Conselheiro da Região Rio IV, o Padre João Luiz, como já é do seu costume, nos presenteou com uma maravilhosa palestra sobre o tema “Oração”, que iniciou com uma citação de Santo Afonso de Ligório, que dizia: “Quem ora se salva. Quem não ora condena-se.”
Em seguida o Padre João Luiz lembrou que a nossa vocação batismal é estar com Jesus, e ressaltando a grande importância que Jesus dava à oração, citou como exemplo a passagem do Evangelho de São Marcos (3, 13-15), quando Jesus subiu ao monte, passou a noite inteira em oração e só então chamou os discípulos e escolheu os 12 a quem chamou Apóstolos, para ficarem em sua companhia, e somente depois Ele os enviaria a pregar.
O Padre João ressaltou que toda a eficácia da nossa vida espiritual depende de exercitarmos o AMOR INCONDICIONAL através dos três modos de estarmos com Jesus, que são os seguintes:
1º - A FÉ, cuja definição constante na Carta aos Hebreus é “caminhar vendo o invisível”.
2º - A ORAÇÃO, que é querer estar com Deus (Contemplação).
3º - TESTEMUNHO DE CARIDADE, que é saber ver Cristo no outro. E citou o Evangelho de São Mateus (25,40): “Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes”.
Disse ainda o Padre João Luiz, que a falta de amor acaba com a nossa vida de oração. E neste momento, nos exortou a refletirmos sobre a parábola do filho pródigo: “Imaginemos se o filho pródigo fosse recebido na entrada da propriedade pelo filho mais velho e não pelo seu pai. Ele ouviria: Volte! Você foi estúpido e irresponsável ao gastar toda a herança do nosso pai. E se o pai não tivesse a coragem de amar sem limites, diria ao filho pródigo: Não seria justo com o seu irmão, e poderia magoá-lo se o recebesse de volta.” E para ilustrar, nos surpreendeu com a assertiva de que o filho mais velho, além de não ter amor, mentiu ao seu pai quando disse que ele jamais lhe dera um cabrito para festejar com os seus amigos, porque quando o seu irmão pediu a sua parte na herança, o pai dividiu entre eles os seus haveres (São Lucas, 15,29).
Demonstrando com grande carisma que ainda tinha muito mais a nos oferecer, o Padre João Luiz, então, nos fez refletir sobre um adjetivo terrível para o cristão, uma atitude que enfraquece o espírito e destrói a oração, uma doença chamada TIBIEZA, que também é conhecida como a doença dos bons. A tibieza é uma armadilha do diabo que mina o nosso esforço e nos afasta do combate da vida cristã, e o que é pior, atinge a todos, sejam leigos, sacerdotes ou bispos. Exemplificou que a tibieza pode se manifestar num cristão que é até cumpridor de seus deveres, que vai à missa aos domingos e em dias de preceito, ou também num equipista que vai às reuniões, responde aos temas de estudo e cumpre regularmente os PCE’s, mas não o faz com amor. De nada adianta caminharmos com Jesus e não sermos capazes de amar o nosso irmão e não darmos testemunho de caridade. Na parábola do filho pródigo, por exemplo, a tibieza atingiu o filho mais velho.
Durante a Santa Ceia, quando o diabo já havia colocado no coração de Judas a intenção de trair Jesus por 30 moedas de prata, o preço de um escravo barato, que não servia para nada, ordinário, que só serviria para limpar as latrinas e lavar os pés de seu patrão, Jesus tirou a toalha da mesa e passou a lavar os pés dos apóstolos, atitude que na concepção de Pedro, Jesus não poderia ter porque era muito humilhante, e acabou sendo severamente repreendido por sua tibieza, afirmando Jesus que em pouco tempo ele o negaria três vezes.
Quando Jesus, em sua Paixão, amargurado, chamou os Apóstolos para subirem com Ele o monte para orarem, enquanto Jesus rezava, eles caíram no sono, em mais uma demonstração de tibieza.
Certamente nós rezaremos melhor se colocarmos o coração na oração e tivermos testemunho de caridade. Se nós rezamos mecanicamente e não meditamos com amor na oração, nós também praticamos a tibieza.
O Padre João Luiz para corroborar tudo o que vinha dizendo acerca da tibieza, sugeriu-nos para meditação a Carta à Comunidade (tíbia) da Laodicéia (Ap. 3.14,22):“Ao anjo da igreja de Laodicéia, escreve: Eis o que diz o Amém, a Testemunha fiel e verdadeira, o Princípio da criação de Deus.
Conheço as tuas obras: não és nem frio nem quente. Oxalá fosses frio ou quente!
Mas, como és morno, nem frio nem quente, vou vomitar-te.
Pois dizes: Sou rico, faço bons negócios, de nada necessito - e não sabes que és infeliz, miserável, pobre, cego e nu.
Aconselho-te que compres de mim ouro provado ao fogo, para ficares rico; roupas alvas para te vestires, a fim de que não apareça a vergonha de tua nudez; e um colírio para ungir os olhos, de modo que possas ver claro.
Pois dizes: Sou rico, faço bons negócios, de nada necessito - e não sabes que és infeliz, miserável, pobre, cego e nu.
Aconselho-te que compres de mim ouro provado ao fogo, para ficares rico; roupas alvas para te vestires, a fim de que não apareça a vergonha de tua nudez; e um colírio para ungir os olhos, de modo que possas ver claro.
Eu repreendo e castigo aqueles que amo. Reanima, pois, o teu zelo e arrepende-te.
Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e me abrir a porta, entrarei em sua casa e cearemos, eu com ele e ele comigo.
Ao vencedor concederei assentar-se comigo no meu trono, assim como eu venci e me assentei com meu Pai no seu trono.
Quem tiver ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”.
Quase ao final de sua maravilhosa palestra, em que nos manteve motivados todo o tempo com a sua simpatia, segurança e conhecimento teológico, o Padre João Luiz fez a seguinte exortação: “Volta ao fervor, recobra o teu primeiro amor!”, e depois nos advertiu que oração fervorosa não é sentimentalismo. Lembrou-nos, ainda, à respeito da oração, que Santa Tereza D’Ávila viveu por 30 anos em verdadeira aridez espiritual, porque não conseguia sentir a presença de Deus, até que tivesse um encontro com Deus em sua oração. Já num clima de bate papo, antes do encerramento, o Padre João Luiz mencionou como exemplo de fé e de amor, a passagem em que Jesus se prontificou a ir à casa do Centurião para ver o seu filho, e o Centurião disse que ele não era digno de recebê-lo em sua casa, mas que acreditava em seu poder de curar o seu filho mesmo que a distância. Aconselhou-nos a oferecermos a Deus, com amor, o nosso dia, porque esta já é uma boa maneira de rezarmos.
O Padre João Luiz concluiu a sua palestra com seguinte reflexão, para que jamais nos esqueçamos da importância da oração: “Ao vencedor, ao que permanecer fiel ao amor até o fim, na fé, na ORAÇÃO, vai se sentar comigo na Glória.”


Matéria compartilhada por Rubens José (Eq. 12) e Eduardo (Eq. 11).
Reproduzido do blog da EQUIPE12 - NOSSA SENHORA DO CARMO (Setor Lagos - Região Rio IV - Província Leste - Super Região Brasil) http://equipe12ens.blogspot.com






Abaixo, fotos do evento.










quarta-feira, 12 de outubro de 2011

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

DÁ-NOS HOJE O NOSSO PÃO DE CADA DIA



Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia» (Mt 6,11)
Devemos considerar como e para que rezamos. Quando o homem se quer entregar à oração, deve antes de mais trazer o seu coração para dentro de si, afastá-lo das errâncias e das devassidões onde se perdia e cair com grande humildade aos pés de Deus, pedir-Lhe generosa-mente esmola, bater à porta do coração do Pai e mendigar o Seu pão, ou seja, a caridade. [...] Seguidamente, devemos pedir que Deus nos conceda e nos ensine a pedir aquilo que mais Lhe agrada na nossa oração e o que nos será mais útil. [...]
Nem todos os homens sabem rezar em espírito, alguns têm de recorrer à oração vocal. Neste caso, dirigir-te-ás a Nosso Senhor com as palavras mais amáveis, mais amigáveis e mais afectuosas que possas imaginar, e isso estimulará também a tua caridade e o teu coração. Pede ao Pai celeste que, através do Seu único Filho, Ele mesmo Se dê a ti, da forma mais agradável, como objecto da tua oração. E quando tiveres encontrado uma forma de oração que, mais que qualquer outra, te agrade e estimule a tua devoção [...], preser-va essa forma de rezar e dá-lhe a tua preferência. [...] É necessário bater à porta com diligente perseverança, porque «aquele que se mantiver firme até ao fim será salvo» (cf. Mt 10,22; 2Tm 2,5). [...] «Se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo àqueles que Lho pedem!»
Jean Tauler (c. 1300-1361) dominicano em Estrasburgo

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

INDIVIDUALISMO E SOLIDÃO



Mais do que procurarem compreender-se um ao outro, punham-se de acordo. Era tão simples. Bastava deixar que os problemas se resolvessem por si. Desde o dia do casamento — já lá iam cinco anos — um princípio fundamental tinha ficado assente: não discutiriam nunca. Assim — pensavam eles — a paz no lar estaria garantida. E com a paz viria a alegria e o êxito matrimonial. Além disso, a ausência de qualquer tipo de controvérsias evitaria pela raiz a difícil tarefa de perdoar e de pedir perdão.
Com esta filosofia de vida, pouco a pouco e sem darem por isso, foram-se distanciando um do outro. Habituaram-se a uma desunião que não reconheciam como tal. Consideravam que nunca “incomodar” o outro era um sinal de verdadeiro amor. Pensavam que, pelo simples fato de viverem debaixo do mesmo teto, existiria sempre uma intensa união entre eles.
No entanto, de um dia para o outro e sem se saber por que, ela começou a ter manifestações de tristeza. Eram desânimos impregnados de uma sensação difusa de solidão. Não conseguia perceber a causa. “Não era a sua vida um mar de rosas?” — perguntava-se. “Não estava ela isenta de discussões? Então, por que esta sensação tão estranha?”. Não ficou surpreendida com que o seu marido — sempre tão ocupado com as suas coisas — ficasse imperturbado diante desta situação. Há muito tempo que ela se acostumara a que ele não se metesse nos seus domínios privados. Era esse um dos segredos da “felicidade” do casal.
Este relato ajuda-nos a pensar sobre a atitude individualista, tão presente na nossa sociedade. Esta atitude é muitas vezes apresentada como a grande panacéia para evitar todo o tipo de conflitos. “Vive e deixa viver”. “Não te rales com nada”. “Sê tolerante com tudo, desde que não te incomodem”.
O problema é que o individualismo — verdadeiro cancro do relacionamento humano — termina sempre por isolar as pessoas umas das outras. É verdade que não é ideal que um casal esteja constantemente a discutir. E menos ainda que o faça de um modo veemente e diante dos filhos. No entanto, também é verdade que a ausência completa de pequenos desentendimentos não manifesta saúde matrimonial. Muito pelo contrário. Manifesta, isso sim, uma certa atitude de indiferença. E a indiferença — “prima” do individualismo — acaba por gelar o amor humano.
É ingênuo pensar que marido e mulher nunca terão de pedir desculpas um ao outro. Isso é impossível. Cada um de nós, por muito que se esforce, acaba sempre por ofender de algum modo aqueles que são mais próximos. E não existem pessoas mais próximas uma da outra do que aquelas que estão casadas. Por isso, a capacidade de perdoar e de pedir perdão — unida, evidentemente, ao esforço real por não ofender o outro — é de capital importância para a união de um casal. Perdoar é uma demonstração de verdadeiro amor.
Como dizia Paul Johnson: «Os casamentos que duram constroem-se sobre estratos arqueológicos de discussões esquecidas. Os segredos de um casamento bem edificado são a paciência, a tolerância, o domínio de si, a disposição para perdoar e — quando tudo isto falta — uma boa “má memória”. Também ajuda, obviamente, que o marido esteja disposto a carregar com a culpa, como deve ser».

(Rodrigo Lynce de Faria)
http://familia.aaldeia.net/

sábado, 24 de setembro de 2011

A REUNIÃO DE EQUIPE


A Reunião Mensal "constitui, com efeito, o tempo forte da vida comunitária das equipes de Nossa Senhora. Por ser o ponto mais alto da vida de uma equipe e um meio poderoso para que cada um aprofunde a sua vida cristã, deve ser continuamente aperfeiçoada, com a revalorização de cada uma das suas partes". Esta orientação é encontrada no livro disponibilizado na Internet "Reunião de Equipe" que visa a suscitar nos casais o entendimento do seu real sentido: a procura de Jesus Cristo, a partir do seu apelo: "vem e segue-me". Uma obra preciosa que encoraja "os casais das Equipes de Nossa Senhora a voltar à fonte para que a água da sabedoria os leve à renovação das suas vidas".
Um livro sobre a reunião de Equipe? E precisa? O que terá de útil ou de novidade a oferecer? Ao contrário do que parece, este livro pode, sim, surpreender e muito, não por ser revolucionário, mas por aprofundar ou especificar de maneira clara e inequívoca, as partes que compõem a nossa reunião de Equipe. Ele nos lembra, por exemplo, que "Cristo só pode agir plenamente se estivermos reunidos antes de tudo por Ele, que está no centro do nosso encontro. É imprescindível tomar consciência dessa condição antes da Reunião". Diz mais: "A fé na presença de Cristo é fundamental para que tenhamos profundo respeito pela reunião e entendamos que fomos reunidos por Ele".
Por que nos reunimos? Porque o “amor se realiza na comunidade (...) e a prova experimental de que o Cristo existe é fornecida, em definitivo, por uma comunidade de cristãos que, apesar das quedas e tropeços, procuram viver juntos o que cristo ensinou". Só por isso já não seria um bom motivo lê-lo? E ele nos brinda com muito mais ao nos lembrar, em outro momento, que "a Equipe é apenas um meio, não um objetivo" e que devemos estar atentos pra que não se torne "um gueto, fechada em si mesma, em vez de ser fermento levedando a massa".
Aquele que almeja o crescimento espiritual nunca deve dar-se por satisfeito supondo-se perfeito conhecedor dos mistérios de Deus. A mística que envolve e nutre o Movimento é inesgotável. O livro serve de guia para o equipista refletir sobre como se insere nas reuniões. Mesmo as REFEIÇÕES, dentro da pedagogia do Movimento, tem o que a torna distinta, diferenciada do simples sentar-se à mesa com amigos queridos: "A refeição em equipe deve ser vivida na simplicidade e na comunhão... deve ter o mesmo sentido das refeições que Jesus tomava com seus apóstolos". É este o espírito que nos envolve à mesa? Ou damos a refeição como um item apartado da reunião?
Muitos aspectos importantes são levantados no livro, como "a ORAÇÃO EM EQUIPE é uma oportunidade de conhecer profundamente uns aos outros, na sua relação com Deus". Ou que, após a ESCUTA DA PALAVRA, "não se trata de fazer um comentário ao texto, mas sim de uma resposta pessoal ao que Deus disse". A PARTILHA também merece destaque, já que não se destina a "informar se temos feito ou não o que é pedido, mas de partilhar as mudanças de atitude na nossa vida espiritual". E o termômetro para medir se estamos vivendo a Partilha corretamente, é sairmos dela "renovados, reabastecidos, com o firme propósito de animar a nossa vida com um Espírito novo; sair, ao mesmo tempo, conscientes das nossas fragilidades, mas também muito confiantes (...)". O livro nos orienta que, enquanto "a oração leva à comunhão com Deus, a COPARTICIPAÇÃO leva à comunhão com os membros da equipe reunida em nome de Cristo". Bem compreendida, é um "instrumento essencial para a construção humana da equipe". "Tendes fome de luz? Se o TEMA DE ESTUDO, depois de alguns meses ou anos, não levar ao hábito do estudo religioso, então nossas equipes não têm razão de ser".
Este livro, como todo o material que o Movimento disponibiliza, tem uma meta clara: levar o equipista a compreender que "O homem foi criado para conhecer, amar e servir a Deus. Se não O conhecer com um conhecimento vivo e incessante mantido, não tenha ilusões: não O amará e nem O servirá verdadeiramente".
Deborah e Fajardo - Equipe 12, N.S.Desatadora dos Nós - Setor Niterói A, Região Rio IV

domingo, 18 de setembro de 2011

RETIRO ANUAL DO SETOR LAGOS (clique no título para visualizar o álbum)


EQUIPE 01 - NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO


Vejam as fotos do "Retiro Anual do Setor Lagos - 2011, realizado nos dias 17 e 18 de setembro, tendo como pregador o Padre Alan, Sacerdote Conselheiro Espiritual do Setor Niterói A.
(para visualizar o álbum, clique no título da postagem, acima)

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

DIVÓRCIO


O divórcio foi considerado durante muito tempo como o último recurso para a extinção do casamento, entendido como vínculo – união ou comunidade conjugal – em vida de ambos os cônjuges. Atualmente as coisas estão em mudança e o divórcio deixou de ser o “último” recurso, para passar a ser visto como um direito individual sem oposição, considerando sem valor os compromissos assumidos e onde imperam os caprichos e desejos dos pais, mesmo sobre as necessidades dos filhos.
São as crianças, os filhos, quem mais sofre com o flagelo do divórcio e mais de um milhão estão nessas circunstâncias.
Ora muitos dos que entre os anos 70/90 sofreram os traumas da separação dos pais estão agora em idade de constituir família e não querem que os seus filhos venham a sofrer o que eles sofreram. Barbara Whitehead, no seu livro The Divorce Culture, não se opõe ao divórcio, como tal, mas sim ao divórcio procurado como uma solução egoísta para os problemas pessoais. No livro, a autora mais que recuperar os “valores familiares”, ultrapassando qualquer crença religiosa, apela ao bom senso, focando as consequências negativas que acarreta para os filhos, numa altura em que tanto se fala dos “Direitos das Crianças”.
O divórcio tem dominado a visão que temos da família, do casamento e até da sociedade. Após os anos 60, defender a estabilidade do matrimônio é considerado como culpar os que se divorciam, é defender a submissão da mulher ou impor convicções religiosas. O divórcio passou de solução extrema, para “direito consagrado”. E não só. À volta do divórcio cresce uma indústria muito rentável: a dos advogados, dos psicólogos, dos consultores matrimoniais e, ultimamente, das videntes.
A busca da felicidade a qualquer preço – questão por demais eminentemente subjetiva – leva a considerar o matrimônio como fonte de problemas e o divórcio como “solução salutar” para resolvê-los ou acabar com eles. Nada nem ninguém pode afirmar que aquilo que não resultou à primeira vai resultar à segunda. Excluímos aqueles que vivem à custa do negócio de (mal) aconselhar os que passam por crises no seu casamento e que consideram o divórcio como uma “libertação”, quando não uma “batalha”.
Nestes últimos anos os americanos têm tentado explicar às crianças a razão da separação dos pais, mas mais não conseguem do que elas aceitem o fato. E se o divórcio é litigioso e os filhos são chamados a depor em tribunal, isso é para eles um trauma que os anos não apagam, além de colocá-los ou contra a mãe ou contra o pai.
Os americanos estão a acordar, e os casais sentem-se animados a lutar pela manutenção do seu matrimônio, crentes de que as crises se podem, na maioria dos casos superar e, sobretudo, que no fim isso vale à pena. É lamentável que contra esta tendência proliferem as tentativas de impor leis que favorecem o divórcio apresentando-o como algo de “progressista!”.
Nós, sempre atrasados, falamos em “divórcios bem conseguidos”, coisa que ninguém, de bom senso, sabe explicar o que é. Será o divórcio por mútuo acordo? Então para os filhos basta que os pais se entendam por via burocrática acerca das suas vidas, como dois sócios de uma firma comercial acerca da melhor estratégia nos negócios. Não. É muito pouco. Os filhos não são mercadorias que devem ser rentabilizadas em termos de educação; são seres humanos muito sensíveis que amam e desejam ser amados e queridos.
(Maria Fernanda Barroca)

sábado, 10 de setembro de 2011

SALMO 138


Vós, Senhor, me perscruta e me conheceis,
Sabeis quando em sento e quando me levanto.
De longe penetrais os meus pensamentos;
Quando ando e quando me deito, Vós o vedes,
E todos os meus caminhos Vos são familiares.
Ainda que não chegou a língua uma palavra,
E já, Senhor, a conheceis toda.
Por trás e pela frente, Vós me envolveis,
E sobre mim colocais a vossa mão.
Ciência maravilhosa, não me é acessível;
Muito elevada: não chego a alcançá-la.
Para onde irei, longe de vosso espírito?
Para onde fugirei, fora de vossa face?
Se subo aos céus, ali estais;
Se me vou deitar no scheol, lá Vos encontro;
Se tomo as asas da aurora,
Se me fixo nos confins dos mares,
Ainda lá me conduzirá vossa mão,
E me colherá vossa destra.
Se eu disser: “Ao menos as trevas hão de envolver.”
As próprias trevas pra Vós não são escuras,
E a noite brilha como o dia,
E a escuridão, como a claridade.
Vós formastes os meus rins,
Vos me tecestes no seio da minha mãe.
Eu Vos louvo, porque tão maravilhosamente me plasmastes,
Porque tão admiráveis são as vossas obras!
Conheceis, à perfeição, a minha alma...
Viram os vossos olhos as minhas ações,
E no livro todas elas estão escritas;
Foram prefixados os meus dias,
Antes que um só deles existisse.
Com são difíceis de compreender, ó Deus, os Vossos desígnios.
Quão grande é o seu número!
Se chego ao fim, ainda estou Convosco.
Perscrutai-me, ó Deus e conhecei o meu coração;
Provai-me e conhecei os meus pensamentos,
Vede se ando por um caminho errado.
E conduzi-me pela vida eterna.


(Salmo, 138)
(Trad. Do Pe. Leonel Franca S.J.)

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

LANÇAI AS REDES - SEMINÁRIO SÃO JOSÉ (ARQUIDIOCESE DE NITERÓI)


Muito louvor e a oportunidade de fazer um lanche diferente com os amigos,
num local bonito e agradável.
Anime-se e à toda família e amigos.

PARTICIPE!!!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

SESSÃO DE FORMAÇÃO NÍVEL III (fotos)


Vejam as fotos da "Sessão de Formação Nível III", realizada nos dias 3 e 4 de setembro de 2011, com a participação de casais das Regiões Rio I, II, III, IV, V e Espírito Santo, Província Leste.(clique no link abaixo)


https://picasaweb.google.com/reizinhocf/SessaoDeFormacaoNivelIII3E4Set2011?thuser=0&authkey=Gv1sRgCNrij8TCzcPxuwE&feat=directlink

VENDE-SE TUDO


Vende-se Tudo – texto de Martha Medeiros


No mural do colégio da minha filha encontrei um cartaz escrito por uma mãe, avisando que estava vendendo tudo o que ela tinha em casa, pois a família voltaria a morar nos Estados Unidos. O cartaz dava o endereço do bazar e o horário de atendimento. Uma outra mãe, ao meu lado, comentou:
- Que coisa triste ter que vender tudo que se tem.
- Não é não, respondi, já passei por isso e é uma lição de vida.
Morei uma época no Chile e, na hora de voltar ao Brasil, trouxe comigo apenas umas poucas gravuras, uns livros e uns tapetes. O resto vendi tudo, e por tudo entenda-se: fogão, camas, louça, liquidificador, sala de jantar, aparelho de som, tudo o que compõe uma casa.
Como eu não conhecia muita gente na cidade, meu marido anunciou o bazar no seu local de trabalho e esperamos sentados que alguém aparecesse. Sentados no chão. O sofá foi o primeiro que se foi. Às vezes o interfone tocava às 11 da noite e era alguém que tinha ouvido comentar que ali estava se vendendo uma estante. Eu convidava pra subir e em dez minutos negociávamos um belo desconto. Além disso, eu sempre dava um abridor de vinho ou um saleiro de brinde, e lá se iam meus móveis e minhas bugigangas.
Um troço maluco: estranhos entravam na minha casa e desfalcavam o meu lar, que a cada dia ficava mais nu. No penúltimo dia, ficamos só com o colchão no chão, a geladeira e a tevê. No último, só com o colchão, que o zelador comprou e, compreensivo, topou esperar a gente ir embora antes de buscar. Ganhou de brinde os travesseiros.
Guardo esses últimos dias no Chile como o momento da minha vida em que aprendi a irrelevância de quase tudo o que é material.
Nunca mais me apeguei a nada que não tivesse valor afetivo.
Deixei de lado o zelo excessivo por coisas que foram feitas apenas para se usar, e não para se amar. Hoje me desfaço com facilidade de objetos, enquanto que torna-se cada vez mais difícil me afastar de pessoas que são ou foram importantes, não importa o tempo que estiveram presentes na minha vida.
Desejo para essa mulher que está vendendo suas coisas para voltar aos Estados Unidos a mesma emoção que tive na minha última noite no Chile.
Dormimos no mesmo colchão, eu, meu marido e minha filha, que na época tinha 2 anos de idade. As roupas já estavam guardadas nas malas. Fazia muito frio. Ao acordarmos, uma vizinha simpática nos ofereceu o café da manhã, já que não tínhamos nem uma xícara em casa.
Fomos embora carregando apenas o que havíamos vivido, levando as emoções todas: nenhuma recordação foi vendida ou entregue como brinde.
Não pagamos excesso de bagagem e chegamos aqui com outro tipo de leveza:

"só possuímos na vida o que dela pudermos levar ao partir,"é melhor refletir e começar a trabalhar o DESAPEGO JÁ!

Não são as coisas que possuímos ou compramos que representam riqueza, plenitudee felicidade. São os momentos especiais que não tem preço, as pessoas que estão próximas da gente e que nos amam, a saúde, os amigos que escolhemos, a nossa paz de espírito.



Felicidade não é o destino e sim a viagem

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

CASAR-SE OU JUNTAR-SE



Perguntei-lhes se alguma vez tinham pensado em casar-se. Olharam para mim admirados. Então ele, com um sorriso de quem perdoa uma pergunta tão ingênua, tomou a iniciativa de responder. “Casar-se? Para quê? Já nos amamos e isso é o importante. Que sentido tem uma cerimônia exterior que não acrescentará nada ao nosso amor? Queremos um amor genuíno! Queremos um amor livre! Queremos um amor sem nenhum tipo de coação! Este modo de atuar parece-nos muito mais sincero. Não necessitamos de nenhum tipo de ataduras. Ataduras que cortariam as asas da nossa liberdade“. Ela concordava com a cabeça. Todo o raciocínio do namorado parecia lógico. Estava de acordo com ele. Não havia fissuras na sua argumentação.


À primeira vista, parece que o casamento significa uma perda de liberdade. Se uma pessoa decide casar-se, perde a capacidade de voltar a fazê-lo no futuro. Se a liberdade se entende somente como capacidade de escolha, sem dúvida que o casamento significa a perda dessa capacidade. Mas será que a liberdade é somente isso?


Hoje em dia, o casamento é muitas vezes visto como uma realidade oficial, formal e sem muito valor. Um convencionalismo antiquado. Uma instituição que “acorrenta” com elementos objetivos e escravizantes uma relação subjetiva e livre. A liberdade fica “atada”. A liberdade fica “obrigada” no futuro. Não parece sensato introduzir elementos “coativos” numa relação livre. Introduzir elementos objetivos numa relação subjetiva.


É uma visão simplista. Assim como a noz não é somente a sua casca, o casamento não é somente a sua cerimônia exterior. O casamento é um vínculo que se cria a partir da livre vontade daqueles que se casam. O “sim” que pronunciam transforma-os. É um “sim” que compromete. A partir desse “sim”, o futuro fica determinado pelo “tu”. Quem ama de verdade não deseja ser nem viver sem aquele que ama. Não deseja um futuro sem o outro. Seria um futuro sem sentido. Sem sentido também para a liberdade do “eu”.


Quem ama de verdade deseja a fusão. Deseja um “nós” em lugar do “eu” e do “tu”. Deseja o compromisso que é o que dá origem ao “nós”. Um compromisso que não somente não tira a liberdade, mas liberta. Liberta o “nós” dos perigos do egoísmo e do orgulho. A eternidade no amor não pode vir da mera atração mútua. Nem do simples enamoramento afetivo. Nem dos sentimentos românticos, por muito sinceros que eles sejam. A eternidade no amor só pode vir da liberdade que não teme comprometer-se sem condições.


Por isso, “juntar-se” não é a mesma coisa que casar-se. “Juntar-se” não muda o “eu”. Só muda as circunstâncias em que o “eu” vive. Pelo contrário, casar-se (comprometer-se de verdade), transforma o “eu”. Surge o “nós”. Um “nós” que será capaz de gerar vida e que cuidará dessa vida. Um “nós” que resistirá às intempéries, porque está protegido pela liberdade responsável daqueles que se amam de verdade.
(Rodrigo Lynce de Faria)

domingo, 28 de agosto de 2011

1- Oração a Nossa Senhora Aparecida pelo XI Encontro Internacional das ENS




Ó incomparável Senhora da Conceição Aparecida, Mãe de meu Deus, Rainha dos Anjos, Advogada dos pecadores, Refúgio e Consolação dos aflitos e atribulados.
Ó Virgem Santíssima, cheia de poder e bondade, lançai sobre nós um olhar favorável, para que sejamos socorridos em todas as necessidades.
Lembrai-vos, clementíssima Mãe Aparecida, que não consta que de todos os que têm a vós recorrido, invocado vosso santíssimo nome e implorado vossa singular proteção, fosse por vós algum abandonado. Animado por essa confiança a vós recorro: tomo-vos de hoje para sempre por minha mãe, minha consolação e guia, minha esperança e minha luz na hora da morte.
Assim, pois, Senhora, livrai-me de tudo o que possa ofender-vos e a vosso Filho, meu Redentor e Senhor Jesus Cristo. Virgem bendita, preservai este vosso indigno servo, sua casa e seus habitantes, da doença, fome, guerra, raios, tempestades e outros perigos e males que nos possam flagelar.
Soberana Senhora, dignai-vos dirigir-nos em todos os negócios espirituais e temporais; livrai-nos da tentação do demônio, para que, trilhando o caminho da virtude, pelos merecimentos da vossa puríssima Virgindade e do preciosíssimo Sangue de vosso Filho, vos possamos ver, amar e gozar na eterna glória, por todos os séculos dos séculos. Amém!

Nossa Senhora Aparecida intercedei pelo XI Encontro Internacional das ENS, em Brasília.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

NOSSA SENHORA DE NAZARÉ



A imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré visita a Região dos Lagos


No dia 1º de setembro, quinta-feira, a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré visitará os municípios de Saquarema, Araruama e Cabo Frio.
Diversas atividades marcarão o evento católico: carreata, orações e Santas Missas com o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, e com o Arcebispo de Niterói, Dom Frei Alano Maria Pena.



Programação:



1º de setembro – quinta-feira
Às 17h - Chegada da Imagem de Nossa Senhora de Nazaré ao Espaço de Eventos, de onde seguirá em carreata para a Igreja Matriz Auxiliar de Nossa Senhora da Assunção
Às 18h - Oração do Terço na Matriz
Às 19h - Santa Missa presidida por Dom Alano Maria Pena, OP.
A imagem permanecerá em vigília até o dia 2 de Setembro, às 5h30min



Percurso da Carreata :



De Bacaxá, a imagem segue pela RJ106, entra na Avenida Getúlio Vargas, beirando a lagoa de Araruama. Segue pela Estrada de São Pedro da Aldeia rumo a Cabo Frio, passa pela RJ 140, atravessa a ponte Wilson Mendes, chegando ao Espaço de Eventos, no bairro Praia do Siqueira, que servirá de ponto de apoio, passando a imagem para um carro aberto. Dali, a carreata seguirá rumo ao centro da cidade pela Av. América Central, contornando o trevo de São Cristovão; entra pela Avenida Teixeira e Souza e depois seguindo pela Avenida Júlia Kubitsheck e entrando na Rua 13 de novembro, acessando a Igreja Matriz Auxiliar de Nossa Senhora da Assunção.



2 de setembro – sexta-feira

Às 5h30min - Celebrativo de Despedida da Imagem
Às 6h - Deslocamento da imagem até o Aeroporto de Cabo Frio



Sobre a devoção:


A devoção à Nossa Senhora de Nazaré teve início em Portugal e espalhou-se pelas colônias portuguesas.
No Brasil, essa devoção nasceu na Região dos Lagos, em Saquarema, há 381 anos. A festa na cidade é considerada o terceiro maior evento religioso do país, a mais antiga devoção a Nossa Senhora no Brasil e o segundo maior Círio de Nazaré, sendo o de Belém (Pará) o que reúne maior número de fieis - cerca de dois milhões de pessoas por ano – tornando-se uma das maiores procissões católicas do mundo.
Atualmente o dia de Nossa Senhora de Nazaré, 8 de setembro, transformou-se em um grande evento que desde a antiguidade tem seu lugar na história do povo brasileiro e segue somando aos devotos de Nossa Senhora, cada vez mais, um número incontável de fieis.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Colegiado Nacional-ENS-2011


O Colegiado da Super-Região Brasil, foi realizado nos dias 19, 20 e 21 de agosto, em Itaici - São Paulo, e contou com a presença do Casal Responsável pela SRBrasil e Casais Apoio, Casais Provinciais, Casais Regionais e Sacerdotes Conselheiros Espirituais.
Veja ao lado o álbum de fotos (para visualizar melhor, clique em cima das fotos).

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O SIGNIFICADO DA LOGOMARCA DO ENCONTRO INTERNACIONAL DAS EQUIPES DE NOSSA SENHORA




A criação do logotipo do XI Encontro Internacional das Equipes de Nossa Senhora inspirou-se na pesca milagrosa no rio Paraíba, quando os pescadores recolheram em sua rede a estátua de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do Brasil. Uma pesca na origem da devoção à Virgem de Aparecida.

A rede de pesca com a imagem de Nossa Senhora Aparecida no alto de Brasília 2012, o local do Encontro, invoca a intercessão da Virgem Aparecida em favor de todos os participantes do Encontro.

A cruz sobre a proa do barco destaca o sinal de Cristo à frente do Movimento das Equipes de Nossa Senhora.

O casal de mãos dadas dentro do barco simboliza a experiência e a vivência da espiritualidade conjugal, uma espiritualidade encarnada na vida quotidiana que conduz os cônjuges a caminhar juntos sustentando-se reciprocamente nas alegrias, nas esperanças e nas dificuldades da vida.

O barco quer dar um outro sentido: os cônjuges que “navegam juntos” na vida, que trabalham juntos na busca da espiritualidade, na missão e no serviço à Igreja e ao mundo. Nós estamos acostumados a pensar no caminho de um casal e então nós retomamos frequentemente um casal em marcha, na montanha. Mas também o barco é rico de símbolos. Ele desliza sobre um mar calmo, que faz ondas ou se agita, ele é um ponto de apoio ao qual se agarrar. O barco, assim como a vida, movimenta-se num mar que acolhe, que lança à frente, no qual é preciso se empenhar para flutuar num mar rico de variadas experiências, de adversidade, de dificuldade, de tentações, mas também de fartura, de abundante colheita de dons e de frutos.

A rede de pesca quer representar o mundo inteiro, onde nós todos somos chamados a viver partilhando as necessidades, as urgências, os projetos de uns e de outros, sem nenhuma diferença, pelo único fato de pertencer à humanidade, amada e salva por Deus.

O zero de 2012 é formado pelo entrelaçamento de duas alianças para simbolizar o sacramento do matrimônio, a união do casal que se funda no amor de Deus.

As cores verde, amarela e branca que formam a rede são uma referência às cores do Brasil, país que acolherá o XI Encontro Internacional das ENS.

Enfim, a parte inferior apresenta o logotipo oficial das ENS, no formato de um peixe; ele representa a “internacionalidade do Movimento que se reúne como comunidade ao redor do Cristo.